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Refutação Aos Cinco Pontos Do Calvinismo

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Por:   •  1/10/2013  •  1.980 Palavras (8 Páginas)  •  3.557 Visualizações

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Refutando os Cinco Pontos do Calvinismo

1- Depravação Total.

Segundo esta doutrina, o homem não regenerado é absolutamente escravo do pecado. Em virtude disto, ele é totalmente incapaz de exercer sua vontade livremente. Este modo de ver indica que não há livre-arbítrio no homem após a queda.

REFUTAÇÃO:

Não podemos achar que o livre-arbítrio perdeu-se com o pecado, pois é inerente ao ser racional. O que o homem perdeu foi o contato direto com seu Criador, sua inocência e entendimento espiritual, porque na condição de pecador estava submetido ao domínio das trevas, e estas lhe cegaram o entendimento (2 co 4. 1-6). A partir do momento em que a verdade é exposta, todos chegam ao conhecimento dela, pois a Verdade é luz e dissipa as trevas. Tendo conhecimento da verdade, alguns a rejeitam e outros a abraçam, e tomam atitude (Ez 18. 30-32). Por causa disso é que haverá um julgamento final. Não será um julgamento pelos atos pecaminosos apenas, mas uma leitura de sentença. Quando a Bíblia diz que, no ímpio, seu espírito está morto, não significa aniquilado, mas impotente, sem força, que é dominado pela carne. Do mesmo modo, quando somos vivificados temos o espírito vivificado conseguimos abater a carne (Gl 5.16), mas ela continua pronta pra entrar em ação. O ser humano, em qualquer hipótese tem corpo, alma e espírito, embora sob o “domínio” (e não exclusividade) da carne ou do espírito. Quando o homem conhece a verdade é o seu espírito que discerne o encontro com o seu Vivificador. Ao decidir-se por Cristo, o homem utiliza-se da oportunidade jurídica que lhe é dada (Dt 30.19), como um preso que, sem força alguma, consegue um habeas corpus para acatar ou não com a proposta que lhe é oferecida. Em suma, todo homem, no momento da genuína mensagem, tem suas correntes desarmadas, seu entendimento clareado (Jo 16.8), e sua liberdade de expressão para escolher um novo senhorio proposto.

2- Eleição Incondicional.

Segundo esta doutrina, ao criar o mundo Deus escolheu algumas pessoas para a Salvação, sem levar em conta qualquer merecimento ou atitude por parte das pessoas.

REFUTAÇÃO:

A soberania de Deus não será mais bem exaltada ao dizermos apenas que “Ele faz o que quer”. É melhor dizermos que Ele faz como bem lhe aprouver, pois nisso estamos dignificando seu caráter e dignidade. Existe uma aprovação, uma razão, um entendimento em tudo o que Deus faz. E lhe aprouve ser dado a conhecer, como José a seus irmãos, para que aprendêssemos a sua justiça. A declaração de seus feitos será o motivo de todo joelho se dobrar. Se louvarmos, não é por imposição, (embora assim Ele pudesse agir), mas por causa daquilo que vimos e ouvimos como é sua vontade. “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Os 6.3), por quê? Porque Ele nos revela seus mistérios (Rm 16. 25-27). Quanto ao mérito humano, é claro que isso não induziria ninguém a ser salvo, mas o mérito total de Cristo alcançou a Salvação, o que não significa dizer que esta vai ser imposta indiscriminadamente a alguém, não importando se poucos, muitos ou todos. Se Deus não faz acepção de pessoas, entendemos que a separação entre justos e injustos decorre da própria atitude humana. Ao dizer que temos que fazer nossa parte, digo a respeito de três coisas: receber a Salvação, preservá-la e anunciá-la. Ela já se encontra pronta. É uma realidade em Cristo, completa e sublime, alcançada com seus méritos, e como Senhor, pode exigir de todos algo, não mais para alcançá-la, mas para estar nela. Por isso existe um caminho, por isso existe uma porta. Cristo não precisa trilhar caminho e entrar pela porta; nós é que precisamos. Um dos grandes problemas dos calvinistas é o medo de dizer sobre algo relacionado a mérito. Não o temos concernente a garantir a Salvação, mas temos no que tange a oportunidade que Ele mesmo nos deu de fazermos a nossa parte (“Correis de modo que alcanceis”). Ele quis não apenas nos presentear (salvação, herança, dons...), mas aprouve-lhe também premiar (coroas, galardões, etc.). Na Salvação o mérito é dele, mas Ele chama (vinde!), convoca, comissiona, apela, interroga, etc. E Paulo diz: “Combati... acabei... guardei a fé”. Temos um passo a ser dado. O pedido é para que corramos de modo que alcancemos. Ele nos ensina a caminhar. Se Ele fizesse tudo por nós não haveria sentido tanta preocupação de Paulo. Para os calvinistas Ele caminha por nós, como se para engrandecer o poder de Deus precisássemos anular o ser humano. “Como escaparemos nós se não atentarmos para tão grande salvação” (Hb 2.3). Seria cabível substituir isso por “Como escaparemos nós se não estivermos em sua lista de escolhidos”? Ele nos elegeu (Igreja) em Cristo. Precisamos estar nele para fazer parte disso.

3- Expiação Limitada

É uma doutrina que diz que Cristo morreu por pessoas determinadas, que lhe foram dadas pelo Pai desde toda a Eternidade. De acordo, portanto, com essa doutrina, sua morte foi totalmente eficaz porque alcançou a todos pelos quais morreu.

REFUTAÇÃO:

Cristo morreu por todos. A morte de Cristo na cruz não se torna ineficaz por causa daqueles que não forem salvos, tendo Cristo morrido por todos (Tt 2.11). O que foi conquistado na cruz foi a garantia da Salvação, pois o preço foi pago. Cristo tem em mãos a garantia do livramento da condenação porque Ele pagou o preço do perdão, e Deus em sua sabedoria e justiça pede a todos os homens que reconheçam sua condição de pecador e se arrependam para ter direito a Salvação. O que torna a sua morte na cruz eficaz é justamente essa abrangência de poder alcançar a todos (I Co 5.19), mesmo o mais vil pecador, e não necessariamente de trazer a todos. Uma morte na cruz por pessoas determinadas induz à ineficácia do ato, e defende a eficácia do propósito, mas um propósito restrito. Mas o propósito de Deus não é determinista, mas de oportunidades, subsídios comprobatórios para juízo (I Pe 1.17). Porque se o pecado alcançou a todos (foi abundante), muito mais deverá ser o alcance da Graça (superabundou), pois como pela ofensa de um veio o juízo sobre todos, assim também pela justiça de um veio a graça sobre todos (Rm 5.18). O que Paulo quis dizer com todos? Que a Salvação tem esse poder. O rasgar do véu não empurra as pessoas para dentro, mas mesmo que apenas um entrasse, o seu rasgar se daria de alto abaixo indicando que é nisso que consiste a eficácia e a grandeza do ato: ser suficiente

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