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A Cartomante

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Por:   •  11/9/2014  •  692 Palavras (3 Páginas)  •  410 Visualizações

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A cartomante – Machado de Assis

A primeira cena se passa em uma sexta-feira de novembro de 1869. Rita e Camilo se encontram no lugar de sempre, uma casa pertencente a uma conterrânea dela. Em uma conversa Rita lhe confessa que foi consultar uma cartomante para saber algo sobre o destino dos dois. (O nome da cartomante em nenhum momento é revelado. Pela descrição do texto nota-se que ela é de origem italiana, aparentando seus quarenta anos de idade, morena, magra, com grandes olhos sonsos e agudos. Era uma mulher misteriosa e cheia de falsas predições). Camilo diante da confidência da amante ri de sua ingenuidade: uma pessoa como ela, acreditar nessas crendices soa ridículo. Ele lhe faz um carinho e pede que ela esqueça essas bobagens. Uma das grandes ironias que se desvelam aqui, é que Camilo na mais tenra idade era cheio de medos e crendices mas com o passar do tempo torna-se um homem extremamente cético e descrente.

Camilo e Vilela (marido de Rita), eram amigos de longa data. Depois de muito tempo sem se ver, são unidos pelo destino: Vilela seguiu a carreira de magistrado e Camilo tornou-se um simples funcionário público. Diante da tragédia da morte do pai de Camilo os amigos se reaproximam. No início de 1869 Vilela volta da província, casado com uma bela dama (Rita); abandonara a magistratura e resolveu montar um escritório de advocacia. Camilo logo arranjou-lhes um domicílio, fez questão de recebê-los no porto, e assim se deu o encontro.

Nesse meio tempo a convivência dos três tornou-se frequente, trazendo em si uma certa intimidade. Camilo sozinho e triste encontrou boa companhia na figura de Rita, passaram a ficar mais tempo juntos: iam a passeios, liam os mesmos livros, frequentavam o teatro, trocavam confidências. Ele encontrou em Rita uma amiga, era também dona de uma grande beleza e maturidade (ela era mais velha que ambos, tinha uns trinta anos, mas Vilela, devido ao ar grave aparentava ter mais idade). Camilo era mais jovial e divertido, o que acabou despertando o interesse da mulher do amigo. Um certo dia, Rita não se contendo, insinuou-se para o jovem que diante de muita relutância sucumbiu aos seus encantos. E assim tornaram-se amantes. O ponto de encontro – como já foi dito – era em uma casa de uma amiga dela.

Os dias se passam e Camilo recebe uma carta anônima, onde o autor, em tons de ameaça passa a coagi-lo. Diante da possibilidade da descoberta de seu romance, Camilo passa a frequentar cada vez menos a casa do amigo, alegando ter se afastado por causa de um romance que havia concebido por uma jovem anônima.

Até que um dia ele recebe um bilhete do amigo Vilela querendo uma entrevista. Camilo se apavora, imaginando mil coisas – todos os seus fantasmas vieram à tona nesse momento. Depois de muita tensão ele decide ir ao encontro do amigo, e no caminho decide ir ver a cartomante. Tamanho era o seu desespero que acaba, por fim decidindo ir contra os seus princípios e procurar a mulher misteriosa de que tanto falavam. Lá chegando, a mulher coloca as cartas, e lhe afirma que seus temores são infundados, que ele pode seguir tranquilo que nada lhe acontecerá. Assim Camilo parte tranquilo e feliz com destino a casa do amigo, lá chegando é recebido friamente por este. Ao adentrar a casa ele vê Rita morta no canapé. O horror se instala por completo, o desespero lhe invade a alma e o corpo. Logo

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