A Ditadura Militar Atualmente no Brasil

Governo: autoridade governante de uma nação ou unidade política, que tem como finalidade regrar e organizar a sociedade. Esse governo é eleito pelo o povo, para visar o bem nação, de todos, mas hoje temos uma infeliz realidade.

O ano foi 2017, Jair Messias Bolsonaro se candidata a presidência, junto ao seu vice General Mourão. E para a sorte de todos, eles hoje estão no poder, mas não se engane, é para a sorte dos empresários, racistas, xenófobos, dos homens brancos e com dinheiro.

Aquele governo citado acima, que deveria “organizar a sociedade”, foi o que teve a coragem de dizer: “daria o golpe no mesmo dia” em que assumisse a Presidência, fechando o Congresso Nacional e eliminando, portanto, a função de contrapeso exercida pelo Poder Legislativo; “através do voto você não vai mudar nada nesse país”; o país só mudará “no dia em que partir para uma guerra civil”, “fazendo o trabalho que o regime militar não fez”, “matando uns 30 mil, começando pelo FHC”. Assim, nos aproximando desses 21 anos de ditadura militar, no qual centenas foram sequestrados, torturados e mortos por apenas expressar o que pensavam ou por terem a face da oposição.

Esse futuro presidente, que hoje é o atual se elegeu ao lado do General Mourão, esse país que sofreu com a ditadura militar e deveria ter resistência à volta de um general no comando da nação, se fez igual a eles. Defensores do retorno a ditadura militar formavam grupos, esses grupos eram sempre apontados nos movimentos da “nova direita”.

Ao comparar nossa democracia com os tipos de governo do passado, infelizmente, chegamos muito próximos da ditadura. Parte da sociedade clama pela ditadura de volta nas ruas, e elegeram um presidente que só nos aproximou desse passado, o triste, é que muitas pessoas votaram nele por simples ódio, ou por acharem que porte de armas em uma nação como a nossa, sem educação, sem direitos e sem a visibilidade da maioria de nós, pobres e negros, iria ser usada apenas para proteção. Mas existiram pessoas que votaram por dinheiro, aquelas que até hoje falam “Na época dos militares era melhor”, mas deixo o questionamento, melhor para quem?

Em 1973, uma marca recorde do Produto Interno Bruto (PIB), aumentou 14%, o avanço veio acompanhado também de uma forte queda de inflação. A taxa, medida na época pelo Índice Geral de Preço (IGP), caiu de 25,5% para 15,6% no período. É verdade, o país cresceu exponencialmente com a ditadura, mas o que não falam daquela época é o fato de o crescimento ter sido muito bom para empresários, e ruim para os trabalhadores. Para que o plano de crescimento funcionasse, os militares resolveram conter os salários, mudando a fórmula que previa o reajuste da remuneração pela inflação, o que levou a perdas reais para os trabalhadores. A adoção de uma medida tão impopular só foi possível através repressão do regime sobre os sindicatos, que diminui o poder dos movimentos e de negociação dos trabalhadores.

Essa recordação nos traz para a atualidade, que enquanto escrevo este trabalho, está sendo votada a reforma da previdência no senado. Essa reforma nos levara economicamente para 1973, onde os trabalhadores eram “escravos” dos empresários. Com a reforma, vamos trabalhar mais e ganhar menos; a viúva dependente do trabalhador que falecer só recebera 100% de pensão se tiver quatro filhos inferiores há 21 anos e assim que eles atingirem a maior idade, a viúva passa a receber 50%; a aposentadoria por invalidez muda de nome e passa a se chamar aposentadoria por incapacidade permanente, restringindo o número de pessoas com direito a este benefício. Esses são apenas algumas coisas que irão mudar, a reforma da previdência ainda não foi totalmente aprovada, ainda nos resta tempo para lutar pelos nossos direitos.

Outros aspectos econômicos que podemos comparar desses dois períodos políticos, é a fauna e flora brasileira. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) do Brasil registrou um recorde de 72.843 incêndios este ano, um aumento de 80% em relação

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