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Ambiente Economico

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Por:   •  1/12/2014  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  223 Visualizações

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OS DESAFIOS DA GLOBALIZAÇÃO

A visão que temos da economia internacional neste fim de século é a de um mundo submetido a uma espécie de imperativo tecnológico: o processo histórico já não é monitorado pelo poder exercido por "grandes potências", mas pela inovação técnica, a qual parece orientada para a desestruturação dos sistemas sociais que moldaram nossa civilização. As tendências dominantes da dinâmica social contemporânea são: a) o aumento do desemprego, que já não é apenas cíclico, mas assume a forma de exclusão, criando barreiras crescentes à mobilidade e à ascensão social; e b) a concentração do patrimônio e da renda, que se traduz no aprofundamento do fosso entre uma minoria de menos de um décimo da cidadania e a massa da população.

Não existe teoria suficientemente abrangente para explicar o processo de desarticulação social em curso, mas nada nos impede de especular sobre os fatores que estão em sua origem. Se observamos a Revolução Industrial em seus inícios, vemos que também ela foi marcada por ampla desarticulação social; tanto o emprego agrícola como o artesanal, que correspondiam à quase totalidade da população ativa, iniciaram um longo período de declínio, ao mesmo tempo que despontava um forte processo de urbanização. A oferta de mão-de-obra nas zonas urbanas era por demais abundante, mas foi a criação de empregos no incipiente setor industrial que passou a comandar a dinâmica social. Importa assinalar que, com a industrialização e a urbanização, emergiram novas forças sociais, abrindo-se o processo histórico de lutas de classes que conduziu à elevação dos salários reais e modelou a distribuição da renda social.

Graças à interação dessas forças, o crescimento do mercado interno emergiu como o principal fator de dinamismo das economias capitalistas. Certo, esse crescimento somente se sustentava se a produtividade do trabalho estivesse em elevação. Assim, duas forças estão na base do dinamismo das economias industriais: a introdução de novas técnicas e a expansão do poder de compra da população. As novas técnicas aumentam a produtividade do trabalho e, em geral, reduzem a demanda de mão-de-obra. Por outro lado, a massa trabalhadora se organiza e luta pela elevação dos salários reais, o que amplia o mercado e abre novos horizontes aos investimentos. O equilíbrio dessas forças é alcançado graças à arbitragem realizada pelo Estado, mediante a política econômica. Se predominam as forças que comandam a introdução de novas técnicas, a tendência será para a recessão; se prevalecem as forças que pressionam no sentido de elevação dos salários, a tendência será para a inflação.

O processo de globalização modifica esse quadro em benefício dos agentes que controlam a tecnologia e em detrimento das organizações sindicais. As empresas transnacionais escapam ao controle dos Estados, na medida em que estão capacitadas para transferir atividades produtivas de um país para outro. Essa a razão pela qual nas economias industrializadas, nos últimos tempos, têm prevalecido um quadro recessivo e um notório debilitamento da ação sindical. Na economia que se globaliza, a fonte principal de impulso dinâmico decorre da capacidade de inserção internacional e só subsidiariamente de iniciativas geradas pelo mercado interno.

Se uma economia perde

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