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CASO CONCRETO 1

Artigo: CASO CONCRETO 1. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/3/2015  •  1.245 Palavras (5 Páginas)  •  231 Visualizações

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O Direito caracteriza-se por ser um conjunto de regras que visam à organização da vida

social e pacificação dos conflitos de interesse eventualmente existentes. Portanto, na área

jurídica, fato social e norma são elementos indissociáveis.

É relevante que um advogado, ao produzir suas peças processuais, considere a

necessidade de convencer seu auditório[1] da tese que pretende sustentar. Para tanto, esse

profissional tem à sua disposição dois métodos por meio dos quais poderá desenvolver

seu raciocínio e, assim, persuadir seu interlocutor. São eles o método dedutivo e o

indutivo.

A dedução, própria do silogismo, é uma inferência que parte do universal para o

particular. Considera-se que um raciocínio é dedutivo quando, a partir de determinadas

afirmações (premissas) aceitas como verdadeiras, o advogado chega a uma conclusão

lógica sobre uma dada questão discutida no processo.

Dito em outras palavras, a dedução parte de uma verdade geral (premissa maior),

previamente aceita, para afirmações particulares (premissas menores). A aceitação da

conclusão depende das premissas: se elas forem consideradas verdadeiras, a conclusão

será também aceita. Por isso, toda informação da conclusão deve estar contida, pelo

menos implicitamente, nas premissas.

Assim, considere o caso de uma mulher cujos dois filhos, gêmeos, recém-nascidos,

morreram em uma maternidade, no Pará, por infecção hospitalar, onde, em apenas uma

semana, mais 17 crianças faleceram pelo mesmo motivo. Qual o raciocínio que essa mãe

ou o advogado que a representa - deveria seguir para chegar à conclusão de que faz jus à

indenização por danos morais?

Tabela 1:

PREMISSA MAIOR

(norma)

PREMISSA MENOR

(fato)

CONCLUSÃO

(junção das premissas)

O Código de Defesa do Consumidor estabelece, em seu art. 14, que o fornecedor de

serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danoscausados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços?

Os dois filhos da autora e mais 17 crianças morreram em decorrência de infecção

hospitalar.

A clínica tem o dever de indenizar a autora, mesmo que não tenha agido com culpa,

porque houve defeito na prestação de seus serviços.

Você deve ter percebido que houve, no gráfico anterior, a subsunção do fato à norma, ou

seja, buscaram-se os fatos que se "encaixassem" à norma "adequada" para defender a tese

escolhida. Esse procedimento é dedutivo. Mas será que esse método é sempre o mais

apropriado para redigir parágrafos argumentativos? Veremos que não.

Suponha que um advogado pretendesse sustentar, em juízo, no ano de 2002, que seu

cliente - com 75 anos de idade e com grau de escolaridade elevado - foi ludibriado ao

assinar um contrato de concessão de crédito em um banco que faz propagandas na

televisão, oferecendo altas taxas de juros, com facilidade de crédito para os aposentados.

O advogado pretende conseguir a anulação do contrato, sem o pagamento dos juros

pactuados no momento de sua assinatura.

Por que deve o negócio jurídico ser desfeito? Que tipo de vício foi observado? A

proposta argumentativa do advogado é sustentar que, em decorrência da idade do

contratante, ele era mais vulnerável que outra pessoa mais jovem. Lembre que o Estatuto

do idoso[2] somente foi sancionado pelo Presidente da República em outubro de 2003[3].

A argumentação seguiria o seguinte raciocínio:

Tabela 2:

O Estado protege de maneira peculiar as mulheres nas relações de trabalho[4] porque há

situações específicas em que ela está em desvantagem em relação aos homens.

O Estado protege, com maiores garantias, as crianças e os adolescentes[5] porque são

mais fracos que os adultos.

Então...

É papel do Estado proteger os mais fracos, tal como é o caso dos idosos.

O Estado protege os consumidores[6]nas relações de consumo porque há situações

específicas em que eles estão em desvantagem relativamente às empresas.

QUESTÃO

Agora que você já compreendeu o que caracteriza a dedução e a indução, leia o caso

concreto que se segue e produza um texto argumentativo por indução, de cerca de

quinze linhas, que se posicione sobre se houve ou não publicidade enganosa.caso concreto

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou ação civil pública em face de

Bebidas S/A, com objetivo de impedir a comercialização dos seguintes produtos, sem a

adequação das informações em seus rótulos:

1) Cerveja com a mensagem "Sem Álcool",

...

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