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Disgrafia

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Por:   •  7/10/2014  •  Trabalho acadêmico  •  2.300 Palavras (10 Páginas)  •  513 Visualizações

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*por Licilange Gomes Alves

Márcio Vasconcelos Diogo

Maria Meiriane Freire Aguiar

Palavras-chave: Disgrafia. Escrita. Problemas. Dificuldades. Nosso objetivo é discutir sobre disgrafia e as dificuldades enfrentadas pelas crianças para adquirir habilidades relacionadas à escrita. Muitas vezes, nas escolas, os alunos apresentam um baixo rendimento nas produções escritas e atribuímos a causa à vários outros fatores sem imaginarmos que o problema possui uma natureza bem mais complexa, a qual desconhecemos. Objetivamos não apenas falar da disgrafia mas contextualizá-la na área em que ela se manifesta, tentando ao mesmo tempo, descrever todos os elementos ou fatores que a constituem. As disgrafias são caracterizadas por falhas na organização da mensagem, sendo que a pessoa disgráfica sente dificuldade em planejar ideias para construir seus escritos. E a outra característica é a apresentação de problemas relativos à construção da estrutura sintática que ocorre quando a pessoa elabora frases sem nexo, incoerentes. É necessário que o professor identifique o problema para buscar uma solução, já que a comunicação escrita é uma ferramenta de grande importância atualmente. Com base nisso é necessário que os profissionais da educação, mais precisamente os professores da área de Língua Portuguesa, busquem tomar conhecimento a respeito de dificuldades gráficas para que possam detectá-las em seus alunos e encontrar estratégias adequadas para solucionar tais problemas.

INTRODUÇÃO

A escrita vem acompanhando o homem em seu processo de evolução desde quando este percebeu pela primeira vez que poderia gravar, transformar em figuras tudo que encontrava. O homem passou a desenhar nas paredes seus hábitos, objetos, animais...Enfim, percebeu que suas idéias poderiam ser transformadas em símbolos. Cada figura que ali estava não era um simples conjunto de traços criados pelos seus dedos; aquilo, na verdade, carregava em si significados variados que para ele era de inquestionável importância. " Esses desenhos, as pinturas rupestres, são relativamente complexos; as informações são numerosas e muitas vezes não unívocas; sua decodificação precisa contar com uma referência à cultura do escritor". (HOUT & ESTIENE, 2001, p. 28). Depois de um longo processo de evolução, a escrita chega ao que conhecemos hoje, onde ela cumpre a função de representar graficamente o que é produzido fonologicamente. Nessa etapa, a escrita assume um papel de grande importância, onde o homem vai encontrar nela caminhos de acesso e transmissão de sua cultura e de outros povos. Será ela o veículo condutor de conhecimento e todos que a conhecem se utilizarão de seus serviços tanto como emissor, como receptor de muitos conteúdos, mas a discussão que será tratada nas páginas posteriores deste trabalho não irá preocupar-se com esse aspecto evolutivo e utilitário da escrita. Este breve comentário seria, para nós, uma forma bem interessante de situar em que campo tão extenso e rico nosso estudo será desenvolvido. O que foi exposto no parágrafo anterior tenta na verdade , resumir a dimensão do universo variado e complexo de onde nossa discussão captura algo agregado a ele e tenta debater um pouco a seu respeito, pois somente fazendo esses prévios comentários é que evidenciaremos o valor do tema que abordará nossa discussão.

É esperado por nós que certamente o leitor, talvez até já irritado, já perguntou: "E o que seria?" Esta seria a pergunta que queríamos implantar na cabeça do leitor, queríamos, de certa forma, gerar uma espécie de incômodo no pensamento do indivíduo para, enfim, anunciar do que queremos tratar e, assim, dizer numa simples palavra: disgrafia. "Disgrafia?!" Poderia alguém dizer. E nós responderíamos: "Isso mesmo, não conhece? Na verdade é provável que muitos desconheçam do que se trata; até mesmo pessoas que obrigatoriamente deveriam ter noções sobre o assunto não têm a menor idéia do que seria isto! Mas, por enquanto, limitemo-nos à conceitualização da disgrafia. Mais adiante falaremos um pouco sobre essa falta de informação à respeito da mesma.

A disgrafia é um problema que dificulta o processo de aprendizado da escrita; a pessoa que a apresenta sente dificuldades enormes para realizar qualquer tarefa que exija de si habilidades básicas de escrita. Porém esta afirmação não explica claramente o problema e poderia levar a uma possível confusão na tentativa de identificar o problema. Ora, todos sabemos que nossas escolas estão abarrotadas de crianças portadoras de dificuldades na escrita; a escrita, para muitos, ainda é uma tarefa de difícil domínio. É comum observarmos em alunos de séries iniciais uma imensa variedade de incorreções na escrita; escrever é, muitas vezes, um de seus melhores pontos fracos. E, com isso, perguntamos: Todos eles apresentam disgrafia? Bem...se seguíssemos a definição proposta anteriormente, certamente todos seriam chamados de disgráficos. Mas acontece que a disgrafia, em sua essência possui características próprias que a diferencia de qualquer outra dificuldade na escrita. Na verdade as principais características que diferenciam a disgrafia de uma simples dificuldade de escrita são os fatores que ocasionam cada uma.

Segundo Garcia (1998), a disgrafia é uma dificuldade no desenvolvimento da escrita, mas só se classifica como tal quando, por exemplo, a qualidade da produção escrita mostra-se muito inferior ao nível intelectual de quem a produz. Quanto às outras dificuldades a escrita ruim vem associada a um baixo nível intelectual. Além disso, o mesmo autor também afirma que a disgrafia geralmente apresenta-se com outras alterações superpostas como os transtornos do desenvolvimento na leitura, transtornos no desenvolvimento da linguagem, transtornos do desenvolvimento matemático, transtornos de habilidades motoras e transtornos de conduta de tipo desorganizado.

No entanto, sejamos francos, mesmo contendo elementos que a diferencia de outras dificuldades, a disgrafia não é algo que se perceba com facilidade dentro do ambiente escolar. Uma pessoa que não esteja previamente preparada e qualificada dificilmente será capaz de perceber a disgrafia. Aí voltamos a alguns parágrafos para retomarmos àquela discussão: há pessoas hoje atuando na área educacional que desconhecem ou sabem pouco sobre disgrafia. Mesmo trabalhando vários anos no ensino infantil, vários de nossos atuais educadores nem sequer ouviram falar dessa denominação. O que vemos é que há uma maior atenção em relação à disgrafia em cursos universitários de formação de educadores. Mesmo assim, esses estudos, quando são tratados,

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