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Fagundes Varela

Artigo: Fagundes Varela. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/10/2014  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  264 Visualizações

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Fagundes Varela (1841-1875) foi um poeta brasileiro. Fez parte da terceira geração de poetas românticos do Brasil. Sua poesia além de apresentar temas sociais e políticos, desenvolveu também temas sobre a natureza e temas que falam de angústia, solidão, melancolia e desengano. É patrono da cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras.

Características:

Sua poesia marca a transição entre a geração ultrarromântica de Álvares de Azevedo e a geração condoreira de Castro Alves, passando por vários temas comuns do Romantismo vigente. A ingenuidade, e a paixão incontida, que o aproxima da poesia de Casimiro de Abreu, está sempre presente nos seus versos dedicados ao amor, à musa idealizada e perfeita. A sua religiosidade também é sempre forte e visível. Seus versos melosos, muitas vezes superficiais e de linguagem simples, convivem com obras-primas do mais puro e sincero sentimento humano, como é o caso de "O Cântico do Calvário", dedicado ao filho que perdeu.

Fagundes Varela foi um dos mais fervorosos poetas a cantar a natureza e suas belezas, que servem de alívio à sua debilitada vida errante. A exaltação à pátria também é marcante, onde o poeta canta as grandezas da nação e seu povo, bem como a figura ilustre de D. Pedro II. Essa exaltação muitas vezes entra em conflito com o inconformismo e a inadequação à sociedade, o que o leva a escrever sobre os problemas sociais, aproximando-o da poesia condoreira da terceira e última geração romântica.

Principais Obras:

Noturnas (1861);

Cântico do Calvário (1863);

O Estandarte Auriverde (1863);

Vozes da América (1864);

Cantos e Fantasias (1865);

Cantos Meridionais (1869);

Cantos do Ermo e da Cidade (1869);

Anchieta ou Evangelho na Selva (1875);

Cantos religiosos (1878);

Diário de Lázaro (1880);

A Flor do Maracujá;

Névoas;

Névoas

Nas horas tardias que a noite desmaia

Que rolam na praia mil vagas azuis,

E a lua cercada de pálida chama

Nos mares derrama seu pranto de luz,

Eu vi entre os flocos de névoas imensas,

Que em grutas extensas se elevam no ar,

Um corpo de fada sereno, dormindo,

Tranquila sorrindo num brando sonhar.

Na forma de neve puríssima e nua

Um raio da lua de manso batia,

E assim reclinada no túrbido leito

Seu pálido peito de amores tremia.

Oh! Filha das névoas! Das veigas viçosas,

Das verdes, cheirosas roseiras do céu,

Acaso rolaste tão bela dormindo,

E dormes, sorrindo, das nuvens no véu?

O orvalho das noites congela-te a fronte,

As orlas do monte se escondem nas brumas,

E queda repousas num mar de neblina,

Qual pérola fina no leito de espumas!

Nas nuas espáduas, dos astros dormentes

Tão frio não sentes o pranto filtrar?

E as asas, de prata do

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