O CONHECER OS CONCEITOS DE AUTOPSIEIS E DE ENAÇÃO PROPOSTOS POR MATURA NA E VARELA

Justificativa

É interessante conhecer outras teorias da aprendizagem além do que propõem os interacionistas: Vygotsky, Wallon e Piaget, como por exemplo a da Maturana e Varela que apresentam a teoria de que não há criança de um lado e sua realidade de outro, o que existe é a relação entre eles, uma vinculação entre ambos para o processo de aprendizagem.

Introdução

Este trabalho apresenta as idéias centrais do trabalho de Maturama e Varela sobre a questão da cognição. Juntos, esses biólogos contraíram conceitos como autopoesis e enação para descrever como o processo de aprendizagem ocorre, através da interação do sujeito com o meio, dentro de uma analise do organismo como ambiente de vida e o organismo constituído pela história de seus acoplamentos com meios específicos.

O objetivo específico é analisar os conceitos autopoiesis e de enação, compreendendo o conhecimento como encarnado no corpo e não só como representação mental.

A metodologia desse trabalho foi bibliográfica, baseada em texto sobre: o desenvolvimento da cognição encarnada no corpo: as contribuições de Maturana e Varela

Desenvolvimento

Maturana e Varela, apesar de terem sua formação na área de ciências biológicas dedicaram seus estudos a questão da cognição. Juntos criaram os termos autopoiesis e enação. Para eles não há sujeito ou objeto separadamente para depois interagirem, não há a criança de um lado e a sua realidade do outro.

O que Maturana e Varela propõem é que da relação, ou seja, a vinculação do sujeito com o meio, faz surgir o meio e a própria criança.O principio dessa aprendizagem ocorre através da relação, ou seja, sujeito e meio são efeitos de uma rede processual, constituindo-se reciprocamente.

O processo da relação ocorreria a partir do ser que responde aos estímulos que provoca, sendo os estímulos respondidos de acordo com relações internas do ser perante esse estímulo externo. Ou seja, o estímulo parte de fora, mas a reação parte de relações internas do ser.

Contrapondo aos interacionistas (Piaget, Vygotsky e Wallon) tidos como o tradicional na teoria da aprendizagem, em que é o estímulo externo da experiência que define o processo de aprendizado, Maturana afirma que os estímulos externos surgem a todo momento, então o ser está sempre respondendo a esses estímulos de acordo com suas relações internas e frequentemente se renovando e sofrendo mudanças, ao histórico dessas mudanças chama-se ontogenia.

A autopoiese, ou biologia da cognição ou biologia do conhecer, é definida pelos autores como: na relação entre sujeito e ambiente, ambos estão em constante mudança. A capacidade do organismo produzir a si mesmo sem destruir sua unidade é denominada autopoesis.

Sobre enação Maturana e Varela explicam que ela e a cognição corporificada, isto é, o fruto da ação do sujeito no mundo, possibilitada pelo corpo.É a ação guiada por processos sensoriais.

Analisando o texto percebemos que para Maturana e Varela, a aprendizagem envolve a vinculação do corpo e mente e não apenas a representação mental do mundo. Assim a aprendizagem não seria apenas uma repetição mecânica, mas uma atividade criadora envolvendo o organismo