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Gramatica

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Por:   •  10/3/2014  •  Resenha  •  485 Palavras (2 Páginas)  •  168 Visualizações

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A aula teve início com a leitura da ata da aula anterior e foi recomendada a leitura dos textos “Problemas da sociologia da linguagem”, publicado por Benjamin, em 1935, e “O mito do esclarecimento”, de Adorno e Horkheimer, enfatizando-se que Benjamin tem um lado místico que os difere dos outros autores. Ele vinha na contramão do momento que estava vivendo, pois o lado espiritual era negado no mundo moderno.

A discussão começou com considerações acerca da linguagem adâmica. O homem define pela linguagem o que a natureza quer expressar. Ao querer conhecê-la, ele é expulso do paraíso e, entre outras coisas, passa a ter de trabalhar. Com isso, passou a ter de nomear as coisas e a natureza, por sua vez, ficou muda. Deus fez as coisas reconhecíveis pelo seu nome. O homem, por sua vez, passou a nomeá-las por seu reconhecimento, ou seja, ele fez uma tradução.

Foi levantada a questão do princípio do verbo, Deus, o entregou ao homem, o que lhe deu a possibilidade de nomear e, com isso, criar, aproximando Seu poder ao poder do homem. Com isso veio à tona a questão da Torre de Babel, que levou a um não entendimento, em função das diferentes possibilidades de criação humanas.

Benjamin, neste texto, traz outras vozes. Ele aborda a questão do “médium-espiritual”, aquele que incorpora o outro, que se manifesta através dele. A linguagem é a manifestação das coisas do outro. Comentou-se que Benjamim parece colocar a linguagem acima das coisas em si. A natureza é parcialmente comunicável. A mediação é a linguagem, não a coisa. O que é comunicável é a essência espiritual.

Estas discussões remeteram à obra de Magritte, “isto não é um cachimbo”, que inicia o Surrealismo. O que comunica é aquilo que se tornou linguagem, se tornou essência, porque se tornou linguagem. O essencial é o possível de ser comunicado.

Com relação ao imediatismo (aqui e agora), Benjamin se aproxima do que Bakhtin vai chamar de acontecimento, sendo que o primeiro é mais filósofo e menos sociólogo que o segundo. Para Benjamin, o tempo é saturado de agoras. Ao mesmo tempo é histórico, pois passado, presente e futuro se entrecruzam. Quando o imediato, o agora, é atualizado, tem-se um momento criativo, inédito. Neste texto, Benjamin traz a saturação do agora. Para ele, “a verdade é sempre passageira”. A verdade é um lampejo que clareia e entra novamente na escuridão. É possível ver a realidade por um breve instante. Benjamin joga com as palavras: na parte se pode ver o todo, por isso o fragmento também traz uma totalidade.

Benjamin não separa nome e palavra. Nomear é designar. Em um dado momento, o designar se perde, passa a ser comunicação dentro de uma circulação social empobrecida. As crianças, como os artistas, conservam o poder nomeador. Foi citado como exemplo disso um dos livros de Daniel Munduruku sobre a designação dos nomes nas tribos indígenas. Quando se designa algo que se cria, se nomeia.

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