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INTERMEDIAÇÃO DE TREINAMENTO DO JOGADOR

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Por:   •  3/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  4.533 Palavras (19 Páginas)  •  194 Visualizações

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A MEDIAÇÃO NA FORMAÇÃO DO LEITOR

Ana Paula Peres RAIMUNDO (PG-UEM)

ISBN: 978-85-99680-05-6

REFERÊNCIA:

RAIMUNDO, Ana Paula Peres. A mediação na

formação do leitor. In: CELLI – COLÓQUIO DE

ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS. 3,

2007, Maringá. Anais... Maringá, 2009, p. 107-117.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho foi pensado a partir das inquietações dos docentes sobre como

desenvolver com eficácia sua função de educador e conseguir despertar nos alunos a

consciência do que eles podem fazer de melhor por si e pela sociedade. Essa abordagem

desencadeou questionamentos quanto ao papel de mediador do professor no sentido de

melhor contribuir para essa conscientização. Estes pensamentos ampliados por pesquisa

bibliográfica, algumas informações e profundas reflexões apontaram como enfoque para

a realização deste trabalho, a valorização da prática da leitura como elemento básico

para promover o conhecimento, o saber, através de elementos de mediação. A escola

deveria ser um espaço de leitura em que, com a mediação do professor, os alunos

fizessem leituras diversas de textos científicos, jornalísticos, de propaganda, de ficção e

não-ficção, de poesia, e só assim poderia desenvolver uma leitura competente.

Quando questionamos o papel do educador que é também cidadão, vê-se que

facilitar o processo de leitura é uma questão pública. Todos têm o direito de ler e

principalmente entender o que se está lendo. Portanto é dever do Estado propiciar a

todos os cidadãos esta habilidade, favorecendo a informação, a comunicação e a

educação da sociedade brasileira. E quando se fala em facilitar o processo de leitura,

pensa-se em aplicar nas aulas de leitura uma metodologia capaz de despertar no aluno o

gosto pela leitura, o prazer de ler.

Esta pesquisa será basicamente uma revisão de literatura, buscando reunir neste

artigo aspectos importantes desse assunto, que se torna a cada dia tão atual e importante,

porque, como educadores, é preciso auxiliar na formação do indivíduo, o que acontece

principalmente através da sua interação com a sociedade. E a leitura será um dos

principais instrumentos que fará com que ele se torne apto a decifrar os signos do

mundo em que vive integrando-se ativa e harmoniosamente nesse universo.

Por outro lado, além da preocupação de mediar na formação de cidadãos leitores,

este trabalho acrescenta como objetivo o desenvolvimento do senso crítico que leva o

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aluno a refletir sobre o que lê, a penetrar a profundidade do texto, a utilizar seu

conhecimento de mundo e, principalmente, a tirar suas próprias conclusões para a

construção do seu conhecimento.

2. LEITURA: CONCEPÇÃO E IMPORTÂNCIA

Para iniciar a abordagem desse tema torna-se necessário realizar um estudo sobre

as concepções de leitura que permeiam o processo de fabricação de um leitor

consciente. Durante muito tempo a leitura esteve associada a uma concepção

estruturalista, em que era vista como mera decodificação de fonemas, ao mesmo tempo

em que a escrita era apenas a transcrição dos símbolos gráficos dos mesmos fonemas.

Por isso o que se escrevia deveria ter apenas um sentido, o que queria dizer o autor. Não

havia espaço para o dialogismo, um processo de interação, como proposto por Bakhtin

(1997)

Com o inicio dos estudos dialéticos, a leitura passa a ser vista como um suporte

propício para o dialogismo entre autor e leitor, revelando uma nova visão extremamente

rica, abrindo espaço para a subjetividade para a expansão da criatividade, incentivando a

leitura coletiva e, consequentemente, a interação entre os homens.

A escrita tem importância para a sociedade ao ser representante esquemático da

língua, mas ela não carrega tantos significados como a leitura, que é

preponderantemente um trabalho de ressignificação e não um trabalho de pura

decodificação. Ao escrever pensa-se em um significado já definido de acordo com o que

se quer com o texto; diferentemente ao ler, o sujeito leitor traz para este ato sua própria

existência e dá significados novos ao que foi lido. Quanto mais experiências viver o

leitor e quanto mais gêneros lingüísticos ele conhecer, mais poderá usufruir da leitura.

Está correta Lajolo, quando diz:

Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um

texto. É a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significação,

conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada

um, reconhecer nele o tipo de leitura que o autor pretendia e, dono da

própria vontade, entregar-se

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