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Introdução à Linguística

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Por:   •  11/10/2013  •  656 Palavras (3 Páginas)  •  227 Visualizações

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A Lingüística a ciência que estuda, de modo geral, a linguagem e suas muitas facetas. Trata-se de uma área de estudo relativamente nova, se o critério for metodológico: foi o suíço Ferdinande de Saussure, no final do século XIX, quem inaugurou os princípios metodológicos da área. Seus alunos compilaram o grande volume de anotações sobre a série de seminários que proferiu sobre o tema, transformando-o no conhecido “Curso de Lingüística Geral” (Cours de Linguistique Générale).

Este livro teve uma grande influência no nascimento da área no meio acadêmico, já que definiu com clareza o objeto de estudo e o conjunto metodológico da Lingüística, condições essenciais para que uma área de estudo seja considerada ciência. Essa clareza de delimitação possibilita que o método científico seja aplicado a uma determinada área, tornando possível mensurar a qualidade de uma pesquisa e de seus resultados.

O objeto da Lingüística, segundo Saussure, é a língua, já que trata-se de um sistema de valores que se opõem entre si, é homogênea e é depositada como produto social na mente dos falantes de uma comunidade. A fala, que está em oposição à língua, é o ato individual em que a língua é colocada em uso, e por isso não é o objeto definível da Lingüística (devido à sua variabilidade e influências não-lingüísticas).

Distingüir língua e linguagem é crucial: enquanto a linguagem está associada à capacidade comunicativa, a língua, por outro lado, é um sistema mental composto por léxico (palavras), regras (por exemplo, como juntar palavras e transformá-las em sentenças) e restrições (quais combinações de sons ou de palavras são proibidas em uma sentença).

É necessário, ainda, fazer uma distinção importante quanto ao termo “gramática”. No sentido usado na ciência lingüística, ‘gramática’ não se refere ao uso desejável ou “correto” de uma língua, mas ao conjunto de léxico e regras mentais internalizadas pelo falante. Esse processo de internalização, conhecido como ‘aquisição de linguagem’, ocorre nos primeiros anos de vida.

A aquisição de linguagem, embora estudada amplamente, tem seus mecanismos ainda pouco compreendidos. Mencionar sua complexidade é desnecessário, já que o modo como ocorre afeta a própria definição de linguagem.

O que se conhece sobre o assunto é que o cérebro humano já nasce com uma predisposição para adquirir linguagem. Neste sentido, cientistas como Chomsky (2) defendem que a mente humana não é uma tabula rasa, mas que há uma espécie de “dispositivo” mental que coleta dados lingüísticos durante os primeiros anos da infância e os transformam em um sistema lingüístico completo (a gramática internalizada), que irá se desenvolver aproximadamente até a puberdade.

Após desenvolvida a gramática internalizada, a capacidade de adquirir sistemas lingüísticos do mesmo modo que se adquire a língua materna fica bastante limitada. Aprender línguas estrangeiras é possível, evidentemente, mas com o mesmo nível de dificuldade com que se adquirem outras habilidades não-lingüísticas.

De modo geral, os estudos em Lingüística podem ser dividos em “formais” e “não-formais”. Essa classificação não se refere à variação no rigor analítico, mas à diferença entre metodologias de análise. Por exemplo, áreas como a fonética,

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