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Por:   •  2/12/2013  •  2.071 Palavras (9 Páginas)  •  6.643 Visualizações

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2º SEMESTRE/2013

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

Trabalho apresentado à disciplina de PORTUGUÊS, Curso de Direito da Faculdade Doctum – Carangola Minas Gerais.

Professora: TANIA

Carangola – Minas Gerais

2013

CURSO DE DIREITO – 2º PERÍODO B

2º SEMESTRE/2013

ALUNO:

MARCONDES SCOLARICK NASCIMENTO

ANÁLISE TEXTUAL

LÍNGUA E SOCIEDADE

O caráter social de uma língua é visivelmente inegável. Entendida como um sistema de signos convencionais que faculta aos membros de uma comunidade a possibilidade de comunicação, acredita-se, hoje, que seu papel seja cada vez mais importante nas relações humanas, razão pela qual seu estudo já envolve modernos processos científicos de pesquisa, interligados às mais novas ciências e técnicas, como, por exemplo, a própria Cibernética.

Entre sociedade e língua, de fato, não há uma relação de mera casualidade. Desde que nascemos um mundo de signos linguísticos nos cerca e suas inúmeras possibilidades comunicativas começam a tornarem-se reais a partir do momento em que, pela limitação e associação, começamos a formular nossas mensagens. E toda a nossa vida em sociedade supõe um problema de intercâmbio e comunicação que se realiza fundamentalmente pela língua, o meio mais comum de que dispomos para tal.

Sons, gestos, imagens, diversos e imprevistos, cercam a vida do homem moderno, compondo mensagens de toda ordem (Henri Lefèbvre diria poeticamente que “niágaras de mensagens caem sobre pessoas mais ou menos interessadas e contagiadas”), transmitidas pelos mais diferentes canais, como a televisão, o cinema, a imprensa, o rádio, o telefone, o telégrafo, os cartazes de propaganda, os desenhos, a música e tantos outros. Em todos a língua desempenha um papel preponderante, seja em sua forma oral, seja através de seu código substitutivo escrito. E, através dela, o contato com o mundo que nos cerca é permanentemente atualizado.

Nas grandes civilizações, a língua é o suporte de uma dinâmica social, que compreende não só as relações diárias entre os membros da comunidade, como também uma atividade intelectual, que vai desde o fluxo informativo dos meios de comunicação de massa até a vida cultural, científica ou literária.

(PRETTI, Dino. Sociolinguística: os níveis de fala. São Paulo, Editora Nacional, 1974,p.7)

1) Aponte, no primeiro parágrafo, uma definição de língua.

A língua como um sistema de signos convencionais que faculta aos membros de uma comunidade a possibilidade de comunicação.

2) Por que a relação entre sociedade e língua não é de mera casualidade?

Porque desde que nascemos, ainda que de uma forma limitada, tentamos nos expressar mediante uma infinidade de signos linguísticos, pois, viver em sociedade é viver sempre necessitando falar, dialogar, expressar opiniões e sentimentos. Quase todo esse intercâmbio revela-se, na maioria das vezes, por um único meio: a língua.

3) Reescreva a frase de Henri Lefèbvre, utilizando suas próprias palavras.

Rios de mensagens desabam sobre pessoas relativamente empenhadas e contagiadas.

4) Releia atentamente o terceiro parágrafo e responda: qual a importância da língua no esquema do ato de comunicação?

A língua (linguagem) é o meio pelo qual o nosso cérebro associa aquilo que lhe é transmitido. Não importa qual a forma: sinais, desenhos, figuras, oral ou mesmo escrito; a língua como manifestação das nossas necessidades de intercambiar ideias, culturas, pensamentos e opiniões torna-se essencial para a “atualização” do indivíduo na sociedade.

5) O que abrange a dinâmica social de que a língua é suporte?

As relações entre os membros da comunidade, atividades intelectuais, informativos dos meios de comunicação em massa, além da expressão cultural, científica e intelectual.

6) Releia atentamente o texto e procure identificar em cada parágrafo uma ideia principal. Monte depois um pequeno esquema em que se possa perceber a sequência seguida pelo autor para desenvolver suas colocações.

A língua exerce papel essencial nas relações humanas, proporcionando aos membros de uma comunidade, a capacidade de comunicação;

a relação entre a língua e a sociedade começa no nascimento, através da tentativa de imitação e associação dos signos linguísticos, propiciando o intercâmbio e a interatividade social;

a língua, oral ou escrita, está presente em todos os veículos de comunicação, atualizando o contato do homem com o mundo que o cerca;

a língua é o suporte da dinâmica social, seja das relações humanas, da informação, da expressão cultural, científica e literária.

7) Segundo o texto, língua e sociedade têm vínculos profundos e indissolúveis. Reflita sobre sua experiência social e linguística e dê sua opinião sobre as ideias colocadas no texto. (Mínimo: 10 linhas)

A língua é o principal suporte das relações sociais, sendo por isso, o código mais completo e mais usado no processo de comunicação. Dessa forma, podemos dizer que a língua é um patrimônio social, uma vez que sem ela, não haveria comunicação e nem mesmo vida, pois, desde o nosso nascimento manifestamo-nos através da linguagem, principalmente através do choro, sendo este o principal meio para a certificação de que nascemos “com vida”. Além disso, este instrumento foi utilizado por nós, enquanto crianças, para expressar um estado de necessidade, que seja fome, dores, cólicas ou mesmo o incômodo de permanecer por muito tempo sob uma posição enquanto bebês. A partir do convívio no meio social, percebe-se uma evolução do indivíduo, sendo este fato o que caracteriza a relação indissolúvel entre língua e sociedade. Não há evolução onde há isolamento, pois, se não vivemos em sociedade, então não temos como referenciar uma evolução ou de outra forma, não existem termos para comparação. Viver em sociedade exige certas habilidades que indiscutivelmente incluem a língua, e, se conseguimos nos expressar bem, diga-se bem como maneira apropriada, conseguimos nos destacar em relação aos outros indivíduos componentes dessa mesma sociedade. Daí a necessidade de um convívio social para a percepção da evolução, pois, o supracitado “termos de comparação” não ocorre entre coisas distintas ou objetos dissemelhantes. Assim sendo, a sociedade sem uma linguagem não teria razão de ser e a língua sem uma sociedade para usá-la, não teria sequer a sua existência, logo, língua e sociedade são conceitos intrínsecos à existência do outro.

COMUNICAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO

Lembre-se o leitor como se fez gente: sua casa, seu bairro, sua escola, sua patota. A comunicação foi o canal pelo qual os padrões de vida de sua cultura foram-lhe transmitidos, pelo qual aprendeu a ser “membro” de sua sociedade – de sua família, de seu grupo de amigos, de sua vizinhança, de sua nação. Foi assim que adotou a sua “cultura”, isto é, os modos de pensamento e de ação, suas crenças e valores, seus hábitos e tabus. Isso não ocorreu por “instrução”, pelo menos antes de ir para a escola: ninguém lhe ensinou propositadamente como está organizada a sociedade e que pensa e sente a sua cultura. Isso aconteceu indiretamente, pela experiência acumulada de numerosos pequenos eventos, insignificantes em si mesmos, através dos quais travou relações com diversas pessoas e aprendeu naturalmente a orientar seu comportamento para o que “convinha”. Tudo isso foi possível graças à comunicação. Não foram os professores na escola que lhe ensinaram sua cultura: foi a comunicação diária com pais, irmãos, amigos, na casa, na rua, nas lojas, no ônibus, no jogo, no botequim, na igreja, que lhe transmitiu, menino, as qualidades essenciais da sociedade e a natureza do ser social.

Contrariamente, então, ao que alguns pensam, a comunicação é muito mais que os meios de comunicação social. Esses meios são tão poderosos e importantes na nossa vida atual, que às vezes esquecemos que representam apenas uma mínima parte de nossa comunicação total.

Alguém fez, uma vez, uma lista dos atos de comunicação que um homem qualquer realiza desde que se levanta pela manhã até a hora de deitar-se, no fim do dia. A quantidade de atos de comunicação é simplesmente creditável, desde o “bom-dia” à sua mulher, acompanhado ou não por um beijo, passando pela leitura do jornal, a decodificação de número e cores do ônibus que o leva ao trabalho, o pagamento ao cobrador, a conversa com o companheiro de banco, os cumprimentos aos colegas no escritório, o trabalho com documentos, recibos, relatórios, as reuniões e entrevistas, a visita ao banco e as conversas com seu chefe, os inúmeros telefonemas, o papo durante o almoço, a escolha do prato no menu, a conversa com os filhos no jantar, o programinha de televisão, o diálogo amoroso com sua mulher antes de dormir, e o ato final de comunicação num dia cheio dela: “boa noite”.

A comunicação confunde-se, assim, com a própria vida. Temos tanta consciência de que comunicamos como de que respiramos ou andamos. Somente percebemos a sua essencial importância quando, por um acidente ou uma doença, perdemos a capacidade de nos comunicar. Pessoas que foram impedidas de se comunicar durante longos períodos enlouqueceram ou ficaram perto da loucura.

A comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social.

(DÍAZ BORDENAVE, Juan E. O que é comunicação. São Paulo, Nova Cultural/Brasiliense, 1986. pp. 17-9).

SOBRE O TEXTO:

1) Releia atentamente o primeiro parágrafo e responda: qual a relação entre comunicação e cultura?

Adquirimos a cultura mediante a comunicação, ou seja, por meio da convivência em sociedade. A cultura se expressa por intermédio da comunicação, se aperfeiçoando esta através daquela.

2) O segundo parágrafo nos fala em “meios de comunicação social”. O que você sabe sobre eles?

Os meios de comunicação social são aqueles utilizados em massa, por exemplo: televisão, rádio, internet, jornais, revistas e etc.

3) O que pensa o autor sobre os meios de comunicação social?

“[...] a comunicação é muito mais que os meios de comunicação social.” Esses representam apenas uma pequena parte de nossa vida.

4) O terceiro parágrafo é construído por enumeração: uma longa série de atos de comunicação cotidianos nos é apresentada pelo autor. Como podemos relacionar esses atos com os meios de comunicação social do parágrafo anterior?

Essa enumeração destaca tudo o que foi declarado no parágrafo anterior. Na extensa lista, quase todos os atos de comunicação escapa do âmbito dos meios de comunicação de massa, pois se dá nos níveis mais pessoais do cotidiano.

5) O quarto parágrafo nos coloca uma conclusão sobre o assunto levantado e discutido pelo texto. Qual a frase ou passagem que sintetiza essa conclusão?

“A comunicação confunde-se, assim, com a própria vida”. O trecho reitera tudo o que foi dito no texto dando um “tom” de conclusão.

6) Relendo cuidadosamente as questões anteriores, é possível detectar o percurso seguido pelo autor para atingir sua conclusão no quarto parágrafo. Comente esse percurso.

O autor inicia o texto relacionando cultura e comunicação; faz menção aos meios de comunicação social; mostra que a comunicação vai muito além desses meios, sendo parte de simples atos cotidianos, e se conduz assim para a conclusão de que a comunicação se confunde com a própria vida, pois é uma necessidade básica do ser humano.

7) O último parágrafo sintetiza todo o conteúdo do texto. Reflita sobre o que ele diz e responda: sua experiência de vida comprova essa afirmação? Por quê?

Certamente “a comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social”. Essa afirmação é indiscutível por sua patente evidência, pois, desde o nascimento até a sua morte, o ser humano se comunica com os seus semelhantes. A experiência de vida de qualquer ser humano pode ser exemplificada para a comprovação dessa frase. Ao nascer choramos emitindo um sinal de que estamos vivos, e, consequentemente, ao morrer o nosso coração deixa de “bater”, ou seja, deixamos de emitir o sinal de vida, sendo essa a expressão da morte. Daí, até na hora de nossa morte emitirmos um sinal de que não mais vivemos, pois, o silêncio tão como as palavras, podem nos dizer muitas coisas.

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