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Origem Da língua Portuguesa

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Por:   •  28/7/2013  •  2.295 Palavras (10 Páginas)  •  450 Visualizações

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1 RESUMO

A língua portuguesa tem uma das histórias mais fascinantes entre as línguas de origem europeia. Em razão das navegações portuguesas nos séculos XV e XVI, tornou-se um dos poucos idiomas presentes na África, América, Ásia e Europa, sendo falado por mais de 200 milhões de pessoas.

Neste trabalho, orientado pelo professor Claudio Santos, analisaram-se aspectos da formação da Língua Portuguesa, com a finalidade de possibilitar a compreensão dos fatos sociais, históricos e linguísticos. Os fatos históricos apresentados servem para averiguar as influências na sincronia e contribuíram para a constatação dos mecanismos de política linguística que explicam como se originou a Língua Portuguesa.

2 HISTÓRIA

Os mais variados estudos linguísticos sustentam que grande parte das línguas da Europa e da Ásia possui um radical comum, o indo-europeu. A este tronco comum pertenceu o ramo itálico que originou o Latim, que, por sua vez, originou todas as línguas românicas (como o francês, português, italiano, castelhano, etc.).

A língua latina existiu desde a fundação de Roma até a queda do Império Romano, período que vai do século VII a. C. ao século V d. C. Nascida na região central da Itália, o Latium, entre os homens da terra, absorveu os demais falares da região ao ponto de tornar-se a língua oficial de todo o Império Romano.

Havia duas modalidades diferentes da língua latina: o Latim Clássico – sempre escrito e utilizado com rigor nas escolas e Academias, subordinado às regras gramaticais – e o Latim Vulgar – língua falada do povo, informalmente, sem se ater às regras gramaticais. A linguagem “culta” e a “popular”.

No século III a. C., os Romanos invadiram a Península Ibérica com o intuito de barrar a expansão de Cartago (hoje Túnis) – cidade situada ao norte da África que disputava com Roma o controle do Mar Mediterrâneo. Após vencer Cartago, em 197 a. C., os Romanos dominaram toda a Península Ibérica – dominação que demorara dois séculos para completar-se – não apenas politicamente, mas também, e com força, a sua cultura, o que veio a calhar na implantação, concretizada no século V d. C., por parte de Roma, do idioma oficial do Império na Península: o Latim. Ainda que o Latim adotado na região fosse o Latim Vulgar, este se tornou a língua das escolas, do comércio, do serviço militar, do serviço de correio e, por fim, do povo, suplantando as demais línguas faladas anteriormente na região.

2.1 INVASÕES BÁRBARAS

Por volta do ano de 409, quando se deu a completa romanização da Península Ibérica – com esta tornando-se politicamente pertencente ao Império Romano –, os bárbaros germanos (alanos, suevos, vândalos e visigodos), após serem expulsos de suas terras pelos hunos e obrigados a se alocarem em outras terras, invadiram e conquistaram a Península Ibérica. Os vencedores incorporaram a civilização e a língua latina, mas esse episódio acarretou em uma dissolução da unidade política do Império que, entre outras coisas, fez enfraquecer os elementos unificadores do idioma, acarretando na não uniformidade do falar entre a população e, por sua vez, na dialetação da língua. Com isso, o Latim Vulgar modificou-se e a língua falada na região recebeu a denominação de Romance – uma variante entre o Latim Vulgar e as línguas latinas modernas, tendo permanecido na Península Ibérica aproximadamente entre os anos de 600 a 1000 de nossa época.

As invasões dos bárbaros germanos são responsáveis por um enorme intercâmbio cultural que modificou intensamente as atividades políticas, religiosas, culturais e sociais de toda a Europa ocidental.

2.2 INVASÃO DOS MOUROS

Em 711 os mouros atravessaram o hoje denominado estreito de Gibraltar e iniciaram a invasão à Península Ibérica – consequência da crise local. Apenas três anos depois eles já dominavam a maior parte territorial da península e precisaram de menos de uma década para tomarem-na por completo. Ao fim da invasão, o árabe é estipulado como língua oficial das regiões conquistadas, mas os peninsulares foram resistentes a esta imposição e permaneceram a utilizar o Romance para comunicar-se. Esta não aceitação por parte dos conquistados deve-se principalmente a diferenças de raça e religião onde a influência árabe maior se sucedeu.

A invasão moura durou mais de sete séculos, sendo iniciada a reconquista por parte dos povos que foram obrigados a deixar o sul da península, em geral cristãos, na primeira metade de século XI, no ano de 1045. Em 1263, quando se dá a tomada do Algarve, completando o território português tal como é hoje, os árabes são expulsos em definitivo do território português.

A permanência árabe na Península, ainda que longa e de elevado grau de civilização, pouca influência exerceu sobre a língua, deixando como herança apenas o conteúdo léxico – no português moderno existem cerca de mil vocábulos de proveniência árabe.

2.3 O GALEGO-PORTUGUÊS

O período de dominação moura e a reconquista são determinantes para a formação das três línguas peninsulares: o galego-português, a oeste; o castelhano, no centro; e o catalão, a leste. Todas essas línguas surgiram ao norte do território e foram levadas ao sul através da reconquista.

O galego-português, idioma do qual originou-se a língua portuguesa, surgiu entre os séculos IX e XII e seus primeiros registros escritos datam do século XIII. Foi a língua utilizada em todo o território português desde a sua consolidação, no começo do século XII, quando se isolou do reino de Leão, a leste, e da Galícia, ao norte, até meados do século XIV.

As fronteiras linguísticas destas línguas foram impostas, sobretudo, pela evolução que culminou na ditongação de algumas vogais no centro da Península, atingindo apenas o castelhano, não o galego-português.

2.4 DO GALEGO-PORTUGUÊS AO PORTUGUÊS

A independência de Portugal e as mudanças culturais, sociais e econômicas ocorridas devido a ela fizeram com que o galego-português fosse gradativamente enfraquecendo-se, cedendo espaço para a aparição definitiva do português, que fortificou a unidade da nação.

Devido à instabilidade inicial de Portugal, até conseguir estabelecer-se como uma nação independente, a Corte e a

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