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Parnasianismo E Simbolismo

Trabalho Universitário: Parnasianismo E Simbolismo. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  3/9/2014  •  1.206 Palavras (5 Páginas)  •  564 Visualizações

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Parnasianismo e simbolismo

Nas últimas décadas do século XIX, a literatura brasileira trilhou novos caminhos, abandonando o exagerado sentimentalismo dos românticos.

Enquanto na prosa, houve o desenvolvimento do Realismo e do Naturalismo, na poesia presenciamos o surgimento de dois novos movimentos: O Parnasianismo e o Simbolismo.

Como muitos dos movimentos culturais, o Parnasianismo teve sua inspiração na França, de uma antologia poética intitulada O Parnaso contemporâneo, publicada em 1866.Parnaso era o nome de um monte, na Grécia, consagrado a Apolo (deus da luz e das artes) e às musas (entidades mitológicas ligadas às artes).

No Brasil, em 1878, em jornais cariocas, um ataque à poesia do Romantismo gerou uma polêmica em versos que ficou conhecida como a Batalha do Parnaso. Entretanto, considera-se como marco inicial do Parnasianismo no país o livro de poesias Fanfarras, de Teófilo Dias, publicado em 1882. O Parnasianismo prolongou-se até a Semana de Arte Moderna, em 1922.

O Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo foram movimentos literários contemporâneos: Realismo e Naturalismo na prosa, e Parnasianismo na poesia. Enquanto a prosa realista representou uma reação contra a literatura sentimental dos românticos, a poesia parnasiana pregou a rejeição do “excesso de lágrimas” e da linguagem coloquial e declamatória do Romantismo, valorizando o cuidado formal e a expressão mais contida dos sentimentos, com um vocabulário elaborado (às vezes, incompreensível por ser tão culto), racionalista e temática voltada para assuntos universais.

(????????) CARACTERISTICAS PARNASIANISMO-

Formas poéticas tradicionais: com esquema métrico rígido, rima, soneto.

- Purismo e preciosismo vocabular, com predomínios de termos eruditos, raros, visando à máxima precisão, e de construções sintáticas refinadas. Escolha de palavras no dicionário para escrever o poema com palavras difíceis.

- Tendência descritivista1, buscando o máximo de objetividade na elaboração do poema, assim separando o sujeito criador do objeto criado.

- Postura antirromântica, baseada no binômio objetividade temática/culto da forma.

- Destaque ao erotismo e à sensualidade feminina.

- Referências à mitologia greco-latina.

- O esteticismo, a depuração formal, o ideal da “arte pela arte”. O tema não é importante, o que importa é o jeito de escrever, a forma.

- A visão da obra como resultado do trabalho, do esforço do artista, que se coloca como um ourives que talha e lapida a joia.

- Transpiração no lugar da inspiração romântica. O escritor precisa trabalhar muito, “suar a camisa”, para fazer uma boa obra. O poeta é comparado a um ourives.

(???????????) (Falar sobre a biografia de OLAVO BILAC)

(???????) COMENTANDO A POESIA QUE SERÁ LIDA, DE OLAVO BILAC

Desde o princípio, Bilac buscava, em sua poesia, a perfeição formal. Escrevia versos decassílabos e alexandrinos (12 sílabas poéticas) e concluía-os com “chave de ouro” (versos de grande efeito ao final de cada estrofe). No poema “A um poeta”, Bilac descreve a arte de escrever um poema.

O soneto, forma mais cultuada entre os poetas parnasianos, composto por versos formados por dez sílabas métricas, mostra a necessidade de o poeta trabalhar, somente, isolado da multidão. Assim, o poeta, quando está escrevendo seus versos, deve encontrar um lugar tão sossegado e silencioso como um mosteiro, pois o turbilhão da rua impede o ato de criação. O último verso, da primeira estrofe, mostra que, para alcançar a forma perfeita, faz-se necessário trabalhar bem com o objeto da poesia, isto é, a palavra. A repetição da conjunção “e” reitera o esforço do poeta para encontrar a palavra perfeita para sua obra.

Na segunda estrofe, o eu lírico adverte que o resultado final, isto é, a conclusão do poema, deve ocultar o esforço que o poeta empregou na construção dos versos. Dessa forma, o eu lírico compara a forma perfeita a de um templo grego, fazendo a ligação com os clássicos, que aparece tanto na estrutura do texto (a forma de soneto), como em um de seus versos. A forma é tudo; o edifício não pode conter marcas do andaime: a forma perfeita deve ser leve, natural, as dificuldades de sua construção não podem ser vistas.

Nos três versos finais, a “chave de ouro”: o belo é sinônimo de verdade; logo a forma perfeita é a única maneira de construir uma poesia bela e verdadeira. O último verso sintetiza o ideal parnasiano do culto à forma, da “arte pela arte”.

(????????) SIMBOLISMO:

O Simbolismo é um movimento que aprofunda e radicaliza os ideais românticos, estendendo suas raízes à literatura, aos palcos teatrais, às artes plásticas. Ele nasceu na França, no final do século XIX, em contraposição ao Realismo e ao Naturalismo. No intenso contato com a cultura, a mentalidade,

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