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Romantismo - Poemas

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Por:   •  17/11/2014  •  465 Palavras (2 Páginas)  •  187 Visualizações

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Não me deixes!

Debruçada nas águas dum regato

A flor dizia em vão

À corrente, onde bela se mirava:

"Ai, não me deixes, não!

"Comigo fica ou leva-me contigo

"Dos mares à amplidão;

"Límpido ou turvo, te amarei constante;

"Mas não me deixes, não!"

E a corrente passava; novas águas

Após as outras vão;

E a flor sempre a dizer curva na fonte:

"Ai, não me deixes, não!"

E das águas que fogem incessantes

À eterna sucessão

Dizia sempre a flor, e sempre embalde:

"Ai, não me deixes, não!"

Por fim desfalecida e a cor murchada,

Quase a lamber o chão,

Buscava inda a corrente por dizer-lhe

Que a não deixasse, não.

A corrente impiedosa a flor enleia,

Leva-a do seu torrão;

A afundar-se dizia a pobrezinha:

"Não me deixaste, não!"

Gonçalves Dias

Pálida à luz

Pálida à luz da lâmpada sombria,

Sobre o leito de flores reclinada,

Como a lua por noite embalsamada,

Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria

Pela maré das águas embalada!

Era um anjo entre nuvens dalvorada

Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! o seio palpitando

Negros olhos as pálpebras abrindo

Formas nuas no leito resvalando

Não te rias de mim, meu anjo lindo!

Por ti — as noites eu velei chorando,

Por ti — nos sonhos morrerei sorrindo!

Alvares de Azevedo

Beijo eterno

Quero um beijo sem fim,

Que dure a vida

...

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