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A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO

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Por:   •  23/8/2014  •  923 Palavras (4 Páginas)  •  640 Visualizações

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Etapa - 2

Passo - 3

No filme "A classe operária vai ao paraíso", de Elio Petri (Itália, 1971), Lulu Massa é um operário adorado por seus superiores por ser trabalhador dedicado e odiado por seus colegas de trabalho, Lulu vive entregue aos sonhos de consumo da classe média, alienado em meio aos movimentos de protesto de sua classe.

Consumido pelo capital e cujo trabalho estranhado consome sua vida. A fábrica adota sistema de quotas (metas) que intensifica a produção. Lulu é o operário-padrão da fábrica, sendo hostilizado pelos outros companheiros de chão de fábrica. Até queum acontecimento põe em xeque suas opiniões.

Após perder um dedo na máquina, Lulu adota uma atitude critica ao modelo de exploração, confrontando a gerencia. Os operários (estudantes e oposição sindical) contestam as cotas. Após uma greve, Lulu é demitido.

Depois de negociações, ele consegue ser readmitido na fábrica, voltando à linha de produção e reintegrando-se ao coletivo de trabalho. Por conta da mobilização operária, o sistema de cotas é revisto pela direção da fábrica.

Enfim, ao tratar de um operário alienado posteriormente tentar enfrentar o sistema e buscar a “queda do muro” ou o fim do aprisionamento ao trabalho, o filme consegue fazer um retrato adequado dos esquemas de manipulação dos operários na época, dos movimentos de repressão aos movimentos grevistas e das táticas de vigilância e punição, apelando principalmente ao estado psicológico para o qual o operário era levado.

Deste modo, podemos caracterizar a estrutura lógico-explicativa da analise critica do filme de Elio Petri a partir de dois importantes eixos:

- Primeiro, produção de mais-valia relativa (inovação técnico-organizacional do capital), desvalorização da força de trabalho como mercadoria, degradação do trabalho vivo (saúde do trabalhador) e resistência contingente e necessária do *proletariado (*camada social formada de indivíduos que se caracterizam por sua qualidade permanente de assalariados e por seus modos de vida, atitudes e reações decorrentes de tal situação).

- Segundo, o capital consome o trabalho vivo e o trabalho estranhado consome vida. Os dois eixos explicativos da estrutura narrativa do filme constituem os traços essenciais do que seria a precarização (e precariedade) do trabalho no capitalismo global.

Passo 4

Entende-se por interação social o processo através do qual as pessoas se relacionam umas com as outras, num determinado contexto social.

Em nossa sociedade urbana sabemos que desde criança, cada indivíduo é direcionado, motivado e influenciado em seu desenvolvimento tendo em vista, de alguma forma, as características do mercado de trabalho e as estruturas do consumo próprias da nossa sociedade. Por exemplo, a escolha da formação escolar, as opções de aquisição de conhecimentos, a valorização e a carga simbólica emprestada a determinadas atividades, instituições, profissões e marcas de produtos e serviços, tudo isso está inserido numa enorme engrenagem que mantém em funcionamento o sistema político-econômico capitalista neoliberal globalizado que nos envolve. Além disso, esses direcionamentos aparentemente inofensivos apresentam, em algum grau, um incentivo mais ou menos explícito à manutenção do jogo da concorrência empresarial, da competitividade dos espaços de trabalho, da elevação dos padrões e da quantidade de consumo, entre outras coisas. Trabalho e consumo, na nossa sociedade, possuem características interdependentes.

Quando falamosdo trabalho e do consumo envolvidos no funcionamento

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