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A Guerra Fria

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Por:   •  17/4/2014  •  Tese  •  1.108 Palavras (5 Páginas)  •  343 Visualizações

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Guerra Fria

Introdução

Nos anos que se seguiram à queda do Muro de Berlim e à desagregação do mundo soviético, muito vislumbravam uma nova era de paz e prosperidade sob a liderança dos EUA. Essa tese de matriz conservadora era defendida, pois se acreditava que com o fim da URSS, o capitalismo iria se desenvolver como nunca antes, pois os pesados gastos com armamentos não seriam mais necessários e esses capitais iriam ser revertidos em ganhos sociais. Como é possível observar, isso não passou de mera construção ideológica que tinha por objetivo expandir as áreas de influências dos EUA nessa nova ordem mundial. É possível observar que no transcorrer dos presidentes dos EUA, foram eleitos novos inimigos, que passaram a ocupar o papel antes desempenhado pelo comunismo. O que justificava a atuação militar e os gastos militares dos EUA em sua política intervencionista. (Ex. Bush e o Eixo do Mal).Desde os anos 90 os EUA tem trabalhado com a teoria do Choque de Civilizações de Samuel Huntington. A decadência do poder econômico e demográfico Ocidental estaria ocorrendo em paralelo com o crescimento da resistência de outras civilizações, o que ocasionaria, no futuro, um inevitável confronto. Era necessário, então, ampliar as fronteiras para que este confronto ocorra o mais distante possível. O 11 de Setembro reforçou estas teses nos setores conservadores dos EUA.

As Origens do conflito

A expressão Guerra Fria foi empregada pela primeira vez em 1947, para denominar a existência de uma guerra não-declarada envolvendo EUA e URSS.Os conflitos ocorridos durante o período da Guerra Fria estavam inseridos em uma complexa teia em que se entremeavam os interesses geopolíticos das potências mundiais e dos seus respectivos blocos. As disputas entre parceiros menores revelavam uma busca por consolidação de hegemonias regionais.Havia diferentes expectativas em relação ao reordenamento do mundo que emergia dos escombros da guerra, o que somado às desconfianças mútuas, constituía um solo fértil para a eclosão de conflitos.Durante a IIGM, os aliados esperaram o resultado do conflito entre Alemanha e URSS para então abrir uma segunda frente de combate ao exército alemão.

Essa estratégia permitia às nações do Ocidente de livrar-se de dois inimigos comuns, nazistas e comunistas. Porém, o Exército Vermelho ocupou a maior parte do Centro Leste europeu após a IIGM. Quanto da Conferencia de Ialta (fevereiro de 1945) a supremacia soviética nessas áreas era incontestável.

Durante a Guerra Fria, EUA e URSS, rivalizavam pela consolidação de seus projetos políticos levando o conflito de interesses a uma escala planetária. Por outro lado, após a exacerbação inicial, houve estabilidade. Do lado de cada nação posicionaram-se seus aliados, estes, porém, não agiam de forma homogênea.

Tanto nos EUA quanto na URSS alimentavam um forte sentimento de insegurança, essa insegurança presente nas populações de ambas as nações atendia às políticas intervencionistas destes países, pois alegavam garantias de segurança nacional.

A Conferência de Ialta, entre Inglaterra, EUA e URSS, demonstrou o crescimento da importância da URSS como potência mundial.

A IIGM havia terminado na Europa quando os EUA testaram à primeira bomba atômica, sem conhecimento da URSS. Com os bombardeios em Hiroshima e Nagazaki, houve a rendição japonesa. O bombardeiro impediu a ação soviética no Japão e, portanto, impediu a participação soviética em áreas de influência japonesas. O bombardeio serviu para impor um recuo soviético na Europa. Dessa perspectiva, o emprego das bombas nucleares contra o Japão poderia ser considerado o marco inicial da Guerra Fria.

É inegável que a URSS tivesse tendências expansionistas na Europa, porém não representava uma ameaça militar à Europa. O país estava arrasado e sua principal tarefa era a auto-reconstrução. A principal ameaça soviética à Europa estava no campo ideológico, seduzindo as organizações de esquerda.

Ao contrário do que afirmaram os revisionistas a postura soviética não foi meramente defenciva, mas também não é possível a versão ortodoxa de que o conflito se deu porque os soviéticos ameaçavam a Europa, restando aos EUA a alternativa de lutar pela defesa da democracia. O conflito se intensificou quando os EUA adotaram uma política de consolidar sua hegemonia global, impondo recuos à influência soviética no continente.

Entre 1946 e 1948, a política anglo-norte-americana foi de pressionar a URSS (discurso de Churchill sobre a Cortina de Ferro,

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