A Impotência Do Projeto Politico Pedagógico Para A Organização Escolar

ASSISTENTE SOCIAL: UM PROFISSIONAL A SERVIÇO DOS

DIREITOS, DA CIDADANIA E DA JUSTIÇA SOCIAL

O Artigo de Ana Cristina Nascimento Peres Albernaz e Valéria Gonçalves da Costa Silva Alunas do 7º período do curso de Serviço Social da Faculdade Católica de Uberlândia.

O artigo visa esclarecer o novo papel do Assistente Social na sociedade, a partir do movimento de reconceituação do Serviço Social iniciado na década de 1980, mostrando as diferentes funções que o profissional se submeteu, no contexto da história brasileira.

Percebe-se a preocupação das autoras com as idéias equivocadas que as pessoas ainda possuem com relação ao Assistente Social que são vistos como meros executores das políticas impostas pela instituição onde atuam, mantendo assim as desigualdades sociais. Elas tentam desmitificar a estigmatização do profissional, que são percebidos por muitos como aquele que têm “dó dos pobres” e distribuidores de cestas básicas, segundo elas diante de toda uma carga teórica acadêmica totalmente divergente e de postura, sentiram a necessidade de esclarecer o novo papel do Serviço Social.

O trabalho é dividido em dois tópicos, o primeiro aborda o histórico do Serviço Social no Brasil, mostrando que o Serviço Social no Brasil surgiu na década de 1930, por iniciativa da Igreja juntamente com as Leis Sociais, que na realidade tratava-se de leis trabalhistas de Getúlio Vargas. O trabalho dos agentes sociais foi implantado para atuar no controle social daqueles que só tinham a sua força de trabalho para vender. O crescimento do proletariado, a proliferação de cortiços onde pessoas se amontoavam, os baixos salários e a excessiva carga horária, levaram o Estado a promover algumas concessões que, na verdade, tinha na sua essência o controle das massas.

Os “agentes sociais” eram recrutados pela Igreja Católica dentre os membros da classe dominante, dando-lhes formação ideológica cristã, visando uma atuação baseada na caridade e na repressão. Esses agentes, na maioria jovens da sociedade, trabalhavam junto às mulheres e crianças com instruções sobre higiene, prendas domésticas, moral e valores normatizados pela doutrina cristã.

Seguindo a evolução histórica, comentam sobre a inauguração em 1932 do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS) de São Paulo como primeira iniciativa de formação de “trabalhadoras sociais”, baseado no método de ensino da Escola Católica de Serviço Social de Bruxelas, orientado para a formação técnica da ação social e difusão da doutrina social da igreja.

Aborda o surgimento em 1940 o Instituto de Serviço Social de São Paulo, outra escola de Serviço Social, só que destinada a homens e com a oferta de bolsas gratuitas, subsidiadas pelo Estado. Tinha como objetivo levar o trabalho social para os presídios masculinos, bem como para instituições de internação e correção de menores.

Em 1979 fortaleceu-se o movimento da categoria denominado Movimento de Reconceituação, movimento esse que teria sido abafado pela ditadura militar retornando num ambiente democrático e com orientação teórico científica.

Menciona também a influência da metodologia de ensino de Paulo Freire que dominava os fóruns de discussão em torno da educação; a criação do PT (Partido dos Trabalhadores); a campanha pelas “diretas já”; o crescimento dos movimentos grevistas, com o fortalecimento dos sindicatos por categorias e a união em centrais sindicais, espaços nos quais vários assistentes sociais já atuavam e ao mesmo tempo serviram de base para o movimento de reconceituação.

O segundo tópico aborda a orientação filosófica, crítica, ética e política do Assistente Social a questão da cidadania no contexto de conjunto de direitos sociais, políticos e civis para a convivência em sociedade e o seu processo de construção ao longo do tempo. Focando no Serviço Social no debate contemporâneo, leva em consideração as condições