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A Infância E Sua Singularidade

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Por:   •  25/4/2014  •  1.190 Palavras (5 Páginas)  •  3.752 Visualizações

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KRAMER, Sônia. A infância e sua singularidade. In: BRASIL. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. MEC/SEB. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006.

Resumo por Gilvan Basílio do Nascimento.

A INFÂNCIA E SUA SINGULARIDADE

Este texto tem como objetivo refletir a infância e sua singularidade, mostrando a infância como categoria social e como o período da história de cada um, entendendo que ela começa ao nascer e vai até aos dez anos de idade. Bem como, discutir a infância, a escola e os desafios colocados para a educação infantil e o ensino fundamental de nove anos dentro de um contexto de interações, tensões e contradições com os adultos.

Infância, História e Cultura Contemporânea

Várias questões são levantadas em relação à infância e juventude. Desafios são enfrentados por profissionais do ramo das políticas sociais e educacionais, diante de situações políticas e econômicas de nossa população, a qual nos leva há questionar o papel da infância e qual seu significado nas diferentes culturas.

A literatura do historiador francês Philippe Ariés mostra que a visão sobre a infância são construídas social e historicamente e que não existiu sempre, ao contrário, surgiu com a sociedade capitalista. Com seus escritos aprendemos: a condição e natureza histórica e social da criança; a necessidade de pesquisas que aprofundem o conhecimento sobre as crianças; e, a importância de atuar considerando-se essa diversidade. Outro teórico francês que também ajudou a compreender o significado ideológico da criança e o valor social atribuído à infância,foi o sociólogo Bernad Charlot que diz que a dependência da criança em relação ao adulto é fato social e não natural.

O desaparecimento da infância preocupam alguns pensadores do tema. A imagem de pobreza de crianças e o trabalho infantil retratam uma situação em que o reino encantado da infância teria chegado ao fim, o que levam esses pensadores a indagar se é a idéia de infância que entra em crise ou a crise é a do homem contemporâneo e de suas idéias. Crianças são sujeitos sociais e históricos, marcadas, portanto, pelas contradições das sociedades em que estão inseridas; crianças são cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela produzidas, seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura, isso é o que as caracteriza.

As crianças e a cultura infantil

A literatura de Walter Bejamim nos dar uma grande contribuição, pois ela mostra uma visão peculiar da infância e da cultura infantil oferecendo importantes eixos que orientam outras maneiras de ver as crianças.

Ele nos mostra essas peculiaridades em quatro eixos a primeira intitulada A criança cria cultura, brinca e nisso reside sua singularidade, para ele as crianças “fazem história a partir dos restos da história”, o que as aproxima dos inúteis e dos marginalizados. As crianças com suas imaginações e criatividades estão mais próxima do artista, do colecionador e do mágico, do que do pedagogo bem intencionado. A cultura infantil é, pois, produção e criação As crianças produzem cultura e nelas são produzidas no espaço em que são inseridas, cabendo assim a pergunta se as políticas públicas, os espaços educacionais e as propostas curriculares estão preparados para garantir esse tipo de ação e interação de nossas crianças em suas produções culturais. Bejamim critica a pedagogização da infância e faz cada um de nós pensarmos: é possível trabalhar com crianças sem saber brincar sem ter nunca brincado?

O segundo eixo, A criança é colecionadora, dá sentido ao mundo, produz história, para ele a criança em sua tentativa de conhecer e descobrir o mundo, atuam sobre os objetos e os libertam de suas obrigações de ser úteis. Isto é, dar significados diversos às coisas, fatos e artefatos. Como colecionadoras as crianças buscam, perdem e encontram, separam os objetos de seus contextos, colecionam diversas coisas. Assim como nós, através de seus objetos colecionados e guardados, elas vão escrevendo a sua história, evocando situações vividas, conquistas ou perdas, pessoas ou lugares, que no futuro, quando não mais criança, acionar e desvelar a narrativa de sua história.

O terceiro eixo, A criança subverte a ordem e estabelece uma relação crítica com a tradição, para ele olhar o mundo a partir do ponto de vista da criança pode revelar contradições e uma outra maneira de ver a realidade. Isto é, agir com a própria condição humana, com a história humana desvelar o real subvertendo a aparente ordem natural das coisas.

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