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A Normatização do Racismo no Dia a Dia

Por:   •  10/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  555 Palavras (3 Páginas)  •  127 Visualizações

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Centro Universitário Senac – Santo Amaro

Erick Augustus Trigo Ferreira Santos

A normatização do racismo no dia a dia

São Paulo

2018

Erick Augustus Trigo Ferreira Santos

Bacharelado em Fotografia – 2ºSemestre

A normatização do racismo no dia a dia

2018, século 21, e crianças negras seguem sofrendo com o racismo disfarçado de ato/frases normais do cotidiano. Por séculos e mais séculos nos comunidade negra sofremos com o racismo de forma explicita e dolorosa, e isso ainda não mudou pelo contrário o racismo ainda se faz presente nas entranhas da nossa sociedade, porém agora de forma implícita, mas não menos dolorida. Atos, frases, olhares, toques tudo isso dói, não uma dor física e sim uma dor sentimental.

O Brasil um dos maiores países do mundo, onde 55% de sua população é negra, é também o mesmo pais onde 80% das mortes de negros são resultado de racismo, mas vale lembrar que o racismo não se dá apenas pela agressão física que gera esses números absurdos, mas palavras, olhares e toques também são formas de racismo, e nos dói tanto quanto agressões físicas. Quando crianças nós negros não entendemos o porquê de olhares tortos sobre nós, que geralmente são escondido pela nossa mães e parentes com frases como “é porque você é muito bonito” ou “não é nada”, acabamos deixando passar, ai crescemos e os olhares tortos se tornam olhares de medo e desconfiança, que fazem com que pessoa se afastarem de nós, como se fossemos marginais ou pessoas extremamente perigosas, mas daí o olhar se torna o toque sobre nossa pele ou cabelos e a frase que antes era “cabelo de sarará”, se torna “nossa que cabelo diferente, eu posso tocar?” ou até mesmo “você é tão exótica(o)”, Mas nós somos 55% da população como nós poderíamos ser exóticos, só porque nossa pele é mais pigmentada que a sua?

As frases também se tornam mais frequentes e corriqueiras em nossas vidas, e frases como “mas você não é negra(o), você é morena, parda”, “alisa seu cabelo, vai ficar mais bonito” e nós aprendemos a cada vez mais relevar, mas até quando nós seremos obrigados a relevar atitudes de pessoas que nem se quer tiveram a disposição de pesquisar sobre o que é o racismo e como ele pode ser propagado, ou apenas chegar em uma pessoa negra e perguntar “como você se sente ao ouvir essa frase ?”, e insistem em usar frases como essa, como se fosse algo normal, ou até mesmo como “elogio”, mas elogios não são algo positivo/construtivo? então porque alguém usaria de uma frase que diminui, machuca o outro, e porque a outra pessoa deve levar frases que a põe pra baixo como elogios.

Nós negros somos pessoas feitas de carne e osso, temos uma vida como a sua, saímos cedo para trabalhar, estudamos, e assim como você temos sentimentos, sentimentos esses que são como os seus, podem ser feridos facilmente com essas atitudes e falas, essas ditas como normais ou como atitudes não racista. Isso é racismo, e deve ser combatido ainda quando crianças, ensinar sobre o racismo deve ser feito por todos, pois racismo machuca e mata.  

Então antes de olhar pense, antes de agir pense, e principalmente, antes de falar pense, mas pense muito, pois o que você fala para um negro pode doer muito mais que um murro ou até mesmo mais que uma chicotada.

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