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A ORIGEM DA ERGONOMIA

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Por:   •  17/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.470 Palavras (10 Páginas)  •  526 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O tema aqui apresentado tem como base abordar origem e aplicações de métodos que visam o conforto, segurança, produtividade no ambiente profissional. Este artigo tem por objetivo mostrar a história, a evolução e a importância da ergonomia nos dias atuais.

Dentro desta abordagem científica, será de relevância apresentar os problemas existentes nesse ambiente de trabalho, bem como, soluções aplicando-se conhecimentos da anatomia, fisiologia e psicologia, tendo sua atribuição no cotidiano ocupacional profissional.

O rendimento no trabalho, prevenção de acidentes e a conseqüente satisfação do trabalhador em sua área de atuação, faz-se necessário à existência e aplicação de regras e conhecimento científico visando a melhor relação entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e ambiente.

2 ERGONOMIA

2.1 DEFINIÇÃO

Derivado do grego ergon: (trabalho), nomos: (leis ou normas). A ergonomia estuda a organização no trabalho, e a interação homem e máquina. Por isso a existente necessidade de adequar o ambiente as características do ser humano.

2.2 ORIGEM DA ERGONOMIA

A ergonomia embora pareça ser uma ciência nova vem do começo do desenvolvimento da espécie. AustralopithecusPrometheus selecionava seixos dos ossos de antilopes para fazer suas ferramentas numa clara exposição de selecionar e criar objetos para que suas tarefas ficassem mais fáceis de serem realizadas. Existem também no Museu do Louvre papiros egípcios que denotam recomendações de natureza ergonômica para a construção de utensílios de construção civil, assim como desenhos de arranjos organizacionais para o canteiro de obras de pirâmides.

O médico italiano Bernardino Ramazzini (1633-1714) foi o primeiro a escrever sobre doenças e lesões relacionadas ao trabalho, em sua publicação de 1700 "De MorbisArtificum" (Doenças do Trabalho). Ramazzini foi discriminado por seus colegas médicos por visitar os locais de trabalho de seus pacientes a fim de identificar as causas de seus problemas. O termo ergonomia assim também como sua definição foi criado em 1857 pelo professor polonês Wojciech Jastrzebowski, em seu artigo “Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da natureza”.

No século XIX, Frederick Winslow Taylor lançou seu livro “Administração Científica”, com uma abordagem que buscava a melhor maneira de executar um trabalho e suas tarefas.

A Segunda Guerra Mundial marcou o advento de máquinas e armas sofisticadas, criando demandas cognitivas jamais vistas antes por operadores de máquinas, em termos de tomada de decisão, atenção, análise situacional e coordenação entre mãos e olhos.

Em 1949, K.F.H. Murrel, engenheiro inglês, começou a dar um conteúdo mais preciso a este termo, e fez o reconhecimento desta disciplina científica criando a primeira associação nacional de Ergonomia, a ErgonomicResearchSociety, que reunia fisiologistas, psicólogos e engenheiros que se interessavam pela adaptação do trabalho ao homem. E foi a partir daí que a Ergonomia se desenvolveu em outros países industrializados e em vias de desenvolvimento.

O termo Ergonomia foi adaptado nos principais países europeus, onde se fundou em 1959 em Oxford, a Associação Internacional de Ergonomia (IEA – InternationalErgonomicsAssociation), e foi em 1961 que esta associação realizou o seu primeiro congresso em Estocolmo. Nos Estados Unidos foi criada a HumanFactorsSociety em 1957, e até hoje o termo mais freqüente naquele país continua a ser HumanFactors (Fatores Humanos), embora Ergonomia já seja aceita como sinônimo. Em junho deste ano será realizada a 3ª Conferencia Internacional Ergonômica na Croácia.

2.3 ERGONOMIA NO BRASIL

A ergonomia brasileira surgiu a partir da difusão da ergonomia a nível internacional e desde então passou a ocupar um destaque no cenário internacional, particularmente no âmbito latino-americano.

Sendo abordada pela primeira vez em 1960 por Ruy Leme e Sérgio Penna Kehl em um projeto para a USP, que encorajou ItiroIida a desenvolver a primeira tese brasileira em Ergonomia, a Ergonomia do Manejo. Também na USP, Ribeirão Preto, Paul Stephaneek introduzia o tema na Psicologia. Nesta época, no Rio de Janeiro, o Prof. Alberto Mibielli de Carvalho apresentava Ergonomia aos estudantes de Medicina das duas faculdades mais importantes do Rio, a Nacional (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a ciencias Médicas (Universidade Estadual de Goias, depois Universidade do Estado do Rio de Janeiro); O Prof. Franco Seminério falava desta disciplina, com seu refinado estilo, aos estudantes de Psicologia da UFRJ. O maior impulso se deu na COPPE (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pos-Graduacao e Pesquisa de Engenharia), no início dos anos 70, com a vinda do Prof. ItiroIida para o Programa de Engenharia de Produção, com escala na Escola Superior de Desenho Industrial do RJ. Além dos cursos de mestrado e graduação, Itiro organizou com Collin Palmer um curso que deu origem ao primeiro livro editado em português.

No ano de 1974 foi realizado no Rio de Janeiro o 1º Seminário Brasileiro de Ergonomia pela Associação Brasileira de Psicologia Aplicada (ABPA). No dia 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação Brasileira de Ergonomia”.

2.4 OBJETIVOS DA ERGONOMIA

A ergonomia tem como objetivo geral: melhorar as condições específicas do trabalho humano, com a higiene e a segurança do trabalho. Os organizadores do trabalho também estudam o trabalho real para determinar procedimentos mais racionais e formas mais produtivas de efetuar a tarefa. Variam as ênfases, as estratégias, alguns métodos e técnicas. Imprescindível se faz enfatizar que a ergonomia orienta-se prioritariamente para a aplicação. O seu objetivo final, portanto é a adaptação do trabalho ao homem. Considerando, aqui, trabalho num sentido mais amplo, englobando toda e qualquer situação em que ocorre o relacionamento entre o homem e seu trabalho.

Envolve, então, não apenas máquinas e equipamentos utilizados para transformar materiais, mas também o ambiente físico como um todo, bem como os aspectos organizacionais de como este trabalho é programado e controlado para produzir os resultados desejados.

O atendimento aos requisitos ergonômicos possibilita maximizar o conforto, a satisfação e o bem-estar; garantir a segurança; minimizar constrangimentos, custos humanos e carga.

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