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A Polícia Comunitária e Sociedade

Por:   •  4/6/2015  •  Resenha  •  9.364 Palavras (38 Páginas)  •  204 Visualizações

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Curso de Formação de Sargentos 2014/2015

Disciplina: Polícia Comunitária

  1. Polícia Comunitária e Sociedade.
  1. Problemas da sociedade atual

O nível de desigualdade social é enorme. Os índices indicam que quanto maior a desigualdade social, maior a violência. Isso resulta na fragmentação de costumes e valores, ressurgindo ódios ideológicos, segregação física e moral de migrantes ou pessoas pobres, causando o isolamento desses mesmos indivíduos nos centros urbanos, somado à impossibilidade do cidadão atender as suas necessidades básicas, em virtude da complexidade da cidade grande.

A pobreza por si só não gera violência; mas a desigualdade social, associada aos valores apresentados e à injustiça social sim. Dessa forma, acentuam-se as diferenças sociais e familiares, prejudicando todas as estruturas sociais que contribuem para o estabelecimento da sociedade como um todo, dando a sensação que o caos está muito próximo.

Daí surge o fenômeno anomia social, no contexto brasileiro, que pode ser entendido não apenas como ausência de processos normativos, mas também na descrença daquilo que regulamenta a vida em comum dos seres sociais. Com isso, torna-se claro ao individuo que o que é certo passa a ser “questionado ou duvidoso”, e o que era “incorreto”, pode ser considerado “vantajoso e seguro”.

  1. Principais causas da violência
  • Falta de iluminação pública;
  • Carência de saneamento básico;
  • Transporte público deficiente;
  • Vias públicas sem condições de trafegabilidade;
  • Ausência dos poderes públicos;
  • Ensino público de baixa qualidade
  • Inexistência de espaços públicos de esporte, lazer e cultura;
  • Venda e consumo de drogas;
  • Esconderijos de meliantes: procurados e foragidos;
  • Roubos e furtos: celulares, bicicletas, veículos de lojas;
  • Aluguel de armas;
  • Efetivo policial insuficiente para a demanda de serviços.

  1. Diretrizes para a integração com a comunidade
  1. Parcerias

Como isso pode ser feito?

- Participação da Comunidade

- Envolvimento de outras agências públicas

Deve-se, para incentivar esta parceria, fortalecer dois grupos essencialmente:

  1. A comunidade (a quem se dirige o serviço público);
  2. Os policiais de ponta de linha (contato imediato com o cidadão).

- Reconhecimento do potencial que a comunidade pode oferecer às organizações responsáveis pela segurança pública na resolução de problemas que afetam diretamente a vida de ambos: comunidade e polícia.

  1. Mudança Gerencial

Voltar-se para comunidade implica em:

  • Reconhecer a necessidade de mudanças;
  • Ter clareza do tipo de mudança necessária visando a SEGURANÇA CIDADÃ, reatualizando antigas estruturas administrativas para uma nova mentalidade;
  • Isto implica em:
  • Mudança de uma administração burocrática para gerência de resultados;
  • Adoção de estilo flexível de administração;
  • SEGURANÇA CIDADÃ (Polícia Comunitária) exige iniciativas, decisões rápidas e divisão de responsabilidades.
  • Definição dos objetivos organizacionais;
  • Definição clara de metas para toda a instituição;
  • Planejamento com previsão de ações para curto, médio e longo prazo;
  • Critérios de avaliação.

  1. Resolução de problemas

Problemas

Pichações/assaltos;

Problemas no trânsito;

Arrombamentos de estabelecimentos públicos e residências;

Problemas urbanos: falta de luz, saneamento etc.

Como solucionar

Trabalho conjunto com a comunidade e outras agências públicas especializadas;

Trabalhos educacionais: escola, trânsito, etc.

Serviço de inteligência das instituições de segurança pública;

Centros para drogados;

Programas educacionais de combate às drogas.

Melhoria das condições urbanas: iluminar ruas, remover crescimento de matagais.

CONSEQUÊNCIAS:

  • Satisfação da comunidade;
  • Melhora efetiva da segurança;
  • Impacto na segurança subjetiva;
  • Diminuição da ansiedade;
  • Preservação da ordem;
  • Fortalecimento dos laços entre as instituições de segurança pública e a comunidade;
  • Minimização das ações coercitivas.

O fim último da instituição é promover segurança à população através do policiamento ostensivo. Logo, ela tem de ser medida pela sua capacidade de realização de seu principal serviço: segurança.

Vale lembrar para finalizar: a melhor solução é aquela que satisfaz a comunidade, melhora a segurança, diminui a ansiedade, aumenta a ordem, fortalece os laços entre polícia e comunidade e minimiza ações coercitivas.

  1. Integração com entidades representativas da comunidade.

O sucesso da Polícia Comunitária, na visão de TROJANOWICZ, e indicado por diversos pesquisadores, depende de segmentos representativos da comunidade que irão participar diretamente da melhoria da atividade policial naquela localidade. Estes órgãos são identificados em seis grandes grupos (os seis grandes).

  1. Organização Policial;

A organização policial exerce papel fundamental no sistema de Polícia Comunitária, pois ela tem que assimilar e se querer comprometer com o novo sistema, criando um consenso que envolva do mais importante comandante até o soldado que está na linha de frente. A organização tem que construir laços de confiança com a comunidade, fortalecendo os cidadãos em geral no processo de parceria, e o lugar onde vai aperfeiçoar essas habilidades é dentro da Polícia Comunitária.

  1. A comunidade;

A comunidade é a grande beneficiada no processo ao receber um Policial comunitário, e os grandes perdedores são os marginais.  Há necessidade de educar e preparar a comunidade para ajudar os policiais e esclarecê-la para entender o sistema e o estabelecimento de prioridades, para, de um lado, não efetuar criticas destrutivas, e, de outro, auxiliar na melhoria a qualidade do serviço.

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