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ABEN E REDE FEMINISTA DE SAÚDE: PROTAGONISMO LIBERTÁRIO

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Por:   •  14/11/2014  •  1.120 Palavras (5 Páginas)  •  388 Visualizações

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ABEN E REDE FEMINISTA DE SAÚDE: PROTAGONISMO LIBERTÁRIO

Marta Giane Machado Torres

INTRODUÇÃO - Uma questão de extremada relevância é abraçada pela enfermagem junto a todas as outras que igualmente já vinham sendo firmadas ao longo de sua compromissada trajetória de luta no campo da saúde no tempo dos seus 90 anos. Ter firmado parceria com o movimento social cuja bandeira prima pela defesa incondicional da vida e saúde das mulheres conduz fortalecimento da categoria de enfermagem e de toda a sociedade. Posicionar-se diante do patriarcado, questionando seus fundamentos ideológicos e políticos, possibilita romper suas correntes retratadas nos rituais da tradição, da lei, da linguagem, dos hábitos, da etiqueta, da educação e da divisão do trabalho. Garante que a liberdade e justiça social se estabeleçam por uma vida sem misogenia. ABEn e Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos em foco. DESENVOLVIMENTO - A literatura produzida pela enfermagem vem cada vez mais explorando e colocando em cena toda a sabedoria feminista, dando eco e reverberando entendimento e a compreensão da situação das mulheres no contexto da profissão majoritariamente exercida pelas mulheres que dentro deste campo vivenciam a prática de, para e com as mulheres, em grande parte alvo dos seus cuidados e atenção. É crescente escrituras produzidas pelas mulheres enfermeiras que margeiam ou até mesmo apoiam-se na teoria feminista trazendo para si o arcabouço da construção da outra como sujeita dominada no sistema patriarcal. Enfatizando que o patriarcado é constituído de múltiplas facetas que se observadas detalhadamente podem parecer insignificantes, porém juntas reforçam-se umas às outras conformando uma estrutura sistêmica onipresente e quase inabordável pelos pressupostos e categorias hegemônicos no pensamento. Focam precisamente que o feminismo da igualdade luta para que as mulheres tenham chance de construir uma nova subjetividade que não seja a do patriarca civil ou religioso, e nem tão pouco a da dominação e da exclusão. As observações vão de encontro ao cenário onde a enfermagem possui raízes refletindo o cerne da sua existência. Um estudo contundente evidencia a perspectiva de que a enfermagem viveu por muito tempo sobre o domínio religioso, em Educação e ideologia da enfermagem no Brasil, sobre as publicações existentes na Revista Brasileira de Enfermagem, do que falavam e escreviam as enfermeiras, além de constatar a presença do exagero de religiosidade como condição primordial ao bom desempenho da enfermagem, aponta que a questão social era compreendida de forma superficial, sem a dimensão de que a enfermagem não se processa num espaço abstrato, mas na concretude da sociedade, com seus determinantes econômicos, políticos e Ideológicos. Outras incisivas literaturas na enfermagem contextualizam aportes que sustentavam esta forma de submeter o sexo feminino ao total desvalor. Hegemonia médica na saúde e enfermagem é outro esforço magnânimo de pesquisa que projeta e revela esta realidade. Identifica passagens que moldaram o jeito de ser e estar no mundo do trabalho enfermático. O momento em que Nightingale cria a profissão de enfermagem na Inglaterra coincide com as transformações evidenciadas por Foucault no ambiente hospitalar, estabelecendo o vínculo entre o saber de enfermagem e o saber médico, numa situação de subordinação. O fato desta relação se estabelecer entre gêneros diferentes, com a predominância específica do gênero feminino para a enfermagem e até bem pouco tempo do gênero masculino para a medicina, tem um peso significativo na forma como se relacionam esses profissionais. Outras reflexões igualmente reveladoras, vão abrindo portas e janelas, trilhando caminhos que possibilitam maior autonomia de pensamento e atitude, protagonizando outros sentidos questionantes: conflitos de relação de poder e de hierarquia, moralidade, competência, feminilidade, maternagem, gestão da intimidade, cuidados dos corpos. Debate intenso no ocorrido congresso brasileiro de enfermagem sob o lema O poder invisível da enfermagem, com aprofundamentos em rodas e oficinas que versavam sobre a construção social do gênero no contexto da profissão. Muitos outros momento e espaços afloraram com mais intensidade o papel da mulher e da enfermeira como protagonista de sua própria vida e para com a vida e saúde das demais mulheres. Em 2008, data importante na aliança entre enfermagem e Rede Feminista de Saúde. ABEN firma compromisso,

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