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Alcolismo

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Por:   •  2/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  9.888 Palavras (40 Páginas)  •  277 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A violência contra a mulher apesar de não ser um tema atual é um tema bastante polêmico. Segundo pesquisa feita na l Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (2004) a violência que atinge as mulheres se mostra como algo estrutural, perpassando contextos nacionais em diferentes perfis socioeconômicos. Esta violência é um fenômeno mundial, atingindo os diferentes segmentos de mulheres e revela a permanência da cultura patriarcal centrada na idéia de sujeição das mulheres e do exercício do poder masculino, se necessário pela força.

As mulheres brasileiras são duplamente vítimas de situações de violências: como cidadãs se defrontam com as diversas formas de violência que atingem a sociedade brasileira; como mulheres se defrontam com a violência dentro do próprio lar, Segundo Edward (2006) no Brasil a violência contra a mulher na vida conjugal, atinge uma em cada cinco mulheres. Grande parte dessa violência ocorre no ambiente doméstico e, em geral, é praticada por homens com laços de intimidades com as vítimas. As delegacias de defesa da mulher recebem inúmeras denúncias sobre as violências sofridas pelas mulheres, entre as quais há um número altíssimo de agressões físicas.

É indiscutível, que a violência contra a mulher além de ser um problema sério de saúde é um problema social, que desperta a importância do direito à integridade física do ser humano. A Constituição Federal de 1988 em seu art. 5º diz que, homens e mulheres são iguais perante a Lei, mas o que se observa é que desde o advento da Lei 9.099/95, os crimes dolosos contra a mulher, são punidos com penas alternativas para condenações de até um ano, seria de vital importância se estas penas tivessem caráter realmente pedagógico o que na verdade não ocorre e os agressores retomam a convivência doméstica, ainda mais violentos pois, não possuem orientação e acompanhamento para que seja solucionado o problema.

Soares (2006) divulgou um estudo sobre violência doméstica revelando que no Brasil, 22% das mulheres que foram agredidas pelos maridos, companheiros ou namorados (ou seus ex) não contaram a ninguém. Ainda assim o quadro é impressionante. De acordo com a Organização Mundial de Saúde(OMS) 29% das

brasileiras relataram ter sofrido violência física ou sexual pelo menos uma vez, 16% classificaram a agressão como violência severa, 60% não abandonaram o lar sequer por uma noite por causa da violência. E 20% saíram de casa uma vez – depois voltaram.

No Rio de Janeiro, pesquisa do Instituto de Segurança Publica mostra 47.770 casos de lesão corporal doloso contra mulheres registrado no ano passado. Em 87,3% as vítimas eram casadas ou mantinham algum envolvimento amoroso com o agressor.

Em Manaus, 4.281 são números divulgados de agressões contra a mulher, registrados na Delegacia Especial de Crimes Contra a Mulher, 850 denuncias é a média mensal de registros e uma média de 60 casos de denúncias durante o dia, os casos mais comuns são as lesões, ameaças e as vias de fato.

Não existe um perfil típico do agressor, no entanto foi importante levantar os seguintes questionamentos, ou seja, quais os fatores que levam os maridos a espancarem suas esposas, a mulher encontra respaldo legal e social para opor-se a impunidade existente? Para tanto se definiu como objetivo geral Analisar a questão da violência contra a mulher na vida conjugal, a partir do atendimento às famílias da instituição Lar Fabiano de Cristo e como objetivos específicos Investigar os casos de violência contra a mulher ocorridos na instituição Lar Fabiano de Cristo, levantar os aspectos sócios econômicos das mulheres que são agredidas, identificar quais as políticas recomendadas para tratar do problema da violência contra a mulher.

O método empregado na pesquisa foi Dialético, que segundo Gil (1987, p.32) é “um método de investigação da realidade pelo estudo de sua ação.” Deduz-se que o método dialético é contrário a todo conhecimento rígido, tudo é visto em constante mudança, daí um dos princípios de método: a negação da negação, pois sempre há algo que nasce e se desenvolve, e algo que se desagrega e se transforma.

Neste processo foi pesquisada a Violência Contra a Mulher na Vida Conjugal, onde ocorreu um levantamento, junto às famílias que fazem parte do programa familiar na Instituição Lar Fabiano de Cristo. Buscando dados concretos para análise através da pesquisa bibliográfica e de campo, pesquisa documental e aplicação de instrumental, questionário didático publicado, sobre o assunto da pesquisa, onde então extrairá as indagações da pesquisa.

Foram entrevistadas as mulheres das famílias da Instituição escolhidas através da amostra aleatória simples, para responderem um questionário com perguntas abertas ou fechadas, bem como técnica de pesquisa, observação participante e pesquisa.

A Instituição Lar Fabiano de Cristo foi escolhida pelo fato de ser a que melhor pode oferecer respostas do ponto de vista da construção desse estudo e objeto de analise.

O primeiro capítulo, denominado: Antecedentes históricos da opressão feminina, proporciona uma visão do processo de violência contra a mulher perpetrada pelo homem através da história, apresentando como subitens 1.1 Evolução social da mulher na história que enfocando a subordinação e opressão da mulher que nasce com a propriedade privada no patriarcado com o advento da família monogâmica, baseia-se no predomínio do homem e sua finalidade expressa é a de procriar filhos cuja paternidade seja indiscutível; 1.2 O papel da mulher na sociedade capitalista onde apresenta a trajetória da violência e discriminação contra a mulher na realidade brasileira, em função da raça, etnia e camada social. A exploração da mulher enquanto burguesa ou operária branca, negra, mãe ou filha, ou seja, em todas as dimensões imagináveis do capitalismo. E por último 1.3 O movimento Feminista e seus precursores mostrando as relações das mulheres contra a discriminação e a violência articulada pelo movimento feminista, desde suas raízes no contexto geral da organização das mulheres nos Estados Unidos e na Europa, até os seus reflexos na realidade brasileira; as lutas e direitos conquistados, como também as diferenças concepções que têm orientado as lutas das mulheres.

No segundo capítulo denominado: Dominação masculina contra a mulher no âmbito familiar, mostra como a dominação masculina tem se perpetuado à custa de uma vivência conflituosa entre homens e mulheres, relações que tem profundas raízes na subjetividade dos agentes sociais e

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