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ADOLESCÊNCIA E BEBIDAS ALCÓLICAS – ANÁLISE DO PERFIL PSICOLÓGICO DO ADOLESCENTE PRÉ DISPOSTO AO ALCOLISMO)

Por:   •  19/5/2022  •  Projeto de pesquisa  •  5.234 Palavras (21 Páginas)  •  90 Visualizações

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ADOLESCÊNCIA E BEBIDAS ALCÓLICAS – ANÁLISE DO PERFIL PSICOLÓGICO DO ADOLESCENTE PRÉ DISPOSTO AO ALCOLISMO1

Sebastião Barbosa Filho 2

Universidade Estácio de Sá – Campus R9

RESUMO

Este artigo interpõe a necessidade de pesquisar e compreender os Estudos da Psicologia sobre o equilíbrio emocional do adolescente e os fatores intervenientes, neste caso o uso de bebidas alcoólicas, no seu comportamento diante das mudanças no âmbito familiar-educacional e da convivência social. Nesse aspecto, conforme aponta Bock (2004)3, o ser humano é dotado de potencialidades intrínsecas, próprias de sua natureza e a sociedade como o lócus de desenvolvimento dessas potencialidades, contribuindo ou não com a plena realização de seu desenvolvimento. Porém a mesma autora é enfática ao dissertar que tanto o papel social ocupado pelo adolescente como a forma que é concebido pela Psicologia são passíveis de crítica; porque ao abordarem os sentimentos e comportamentos, nessa fase, como natural, não trazem a preocupação de explicar a gênese desse psiquismo.

PALAVRAS-CHAVES: Adolescência, Alcoolismo, Perfil Psicológico

ABSTRACT

This article interposes the need to research and understand the Psychology Studies on the emotional balance of the adolescent and the intervening factors, in this case the use of alcoholic beverages, in their behavior in the face of changes in the family-educational environment and social coexistence. In this aspect, as Bock (2004)3 points out, the human being is endowed with intrinsic potentialities, proper to his nature and society as the locus of development of these potentialities, contributing or not to the full realization of his development. But the same author is emphatic in saying that both the social role occupied by the adolescent and the form that is conceived by Psychology are subject to criticism; because when they approach the feelings and behaviors, at this stage, as natural, they do not bring the concern to explain the genesis of this psyche.

KEYWORDS: Adolescence, Alcoholism, Psychological Profile

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como objetivo a necessidade de pesquisar e compreender os Estudos da Psicologia sobre o equilíbrio emocional do adolescente e os fatores intervenientes, do uso de bebidas alcoólicas, no seu comportamento diante das mudanças no âmbito familiar-educacional e da convivência social. Nesse aspecto, conforme aponta Bock (2004)4, o ser humano é dotado de potencialidades intrínsecas, próprias de sua natureza e a sociedade como o lócus de desenvolvimento dessas potencialidades, contribuindo ou não com a plena realização de seu desenvolvimento. Porém a mesma autora é enfática ao dissertar que tanto o papel social ocupado pelo adolescente como a forma que é concebido pela Psicologia são passíveis de crítica; porque ao abordarem os sentimentos e comportamentos, nessa fase, como natural, não trazem a preocupação de explicar a gênese desse psiquismo.

A proposta é analisar se a pré-disposição ao alcoolismo pelo adolescente provem do seu perfil psicológico ou da convivência social como demonstra Pitombeira (2005)5 afirma: a naturalização da adolescência e sua homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria sociedade. Assim, as características “naturais” da adolescência somente podem ser compreendidas quando inseridas na história que a geraram. Mas não foi sempre deste modo que se falou da adolescência.

Cabe aqui destacar que a formação da identidade recebe a influência de fatores intrapessoais (as capacidades inatas do indivíduo e as características adquiridas da personalidade), de fatores interpessoais (identificações com outras pessoas) e de fatores culturais (valores sociais a que uma pessoa está exposta, tanto globais quanto comunitários).

O uso exagerado de álcool pelo adolescente tem sérias consequências para a sua saúde. Isso vai se refletir mais tarde em sua vida, como mostram os dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE). A porta de entrada da dependência é o álcool. O consumo de álcool entre os adolescentes de todas as classes provoca mais estragos entre os jovens do que as demais drogas.

2 ADOLESCÊNCIA – ABORDAGENS E CONCEITOS

Diante de uma sociedade em constante transformação, de conflitos entre os interesses políticos e os sociais, a ciência também reflete este momento da humanidade.

Nesse aspecto a conceitualização biológica, sociológica, psicológica tem diferentes observações, uma certa indefinição devido a dispersão de métodos e técnicas para estudar a adolescência, bem como a dispersão de teorias com concentração na psicanálise, e os assuntos tratados de forma fragmentada e ou focalizados em patologias.

Autores como Maurício Knobel, Arminda Aberastury, explicam a adolescência a como uma “verdadeira experiência clínica”, uma experiência dolorosa do indivíduo adolescente, por seus pais e pela sociedade.  Nessa abordagem psicanalítica a adolescência e definida e contextualizada como:

“... a etapa da vida durante a qual o indivíduo procura estabelecer sua identidade adulta, apoiando-se nas primeiras elações objeto-parentais internalizadas e verificando a realidade que o meio social lhe oferece, mediante o uso dos elementos biofísicos em desenvolvimento à sua disposição e que por sua vez tendem à estabilidade da personalidade num plano genital, “6 o que só é possível quando consegue o luto pela identidade infantil” (Aberastury & Knobel, p. 26,1981)6

Nessa abordagem há uma naturalização da adolescência, com caráter universal e abstrato, inerente ao desenvolvimento humano. A adolescência não só foi naturalizada como foi tomada como uma fase difícil. Uma fase do desenvolvimento, semipatológica, que se apresenta carregada de conflitos “naturais”.

Na evolução dos conceitos, significados e abordagens, os estudos de Becker (1989)7 e Calligaris (2000) trouxeram elementos culturais para a leitura da adolescência, mas não superaram a visão abstrata do conceito. Becker (1989) propõe que olhemos a adolescência como “a passagem de uma atitude de simples espectador para uma outra ativa, questionadora. Que inclusive vai gerar revisão, autocrítica, transformação”. Adolescência, concebida como uma fase de transformação, utiliza formas de expressão, tomadas da sociedade e da cultura.

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