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Anita Malfatti

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Por:   •  23/3/2014  •  Tese  •  1.733 Palavras (7 Páginas)  •  559 Visualizações

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Anita Malfatti

Introdução

Anita Malfatti foi uma importante e famosa artista plástica (pintora e desenhista) brasileira. Nasceu na cidade de São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889 e faleceu na mesma cidade, em 6 de novembro de 1964.

Vida e obra

Anita Malfatti era filha de Bety Malfatti (norte-americana de origem alemã) e pai italiano. Estudou pintura em escolas de arte na Alemanha e nos Estados Unidos (estudou na Independent School of Art em Nova Iorque). Em sua passagem pela Alemanha, em 1910, entrou em contato com o expressionismo, que a influenciou muito. Já nos Estados Unidos teve contato com o movimento modernista.

Em 1917, Anita Malfatti realizou uma exposição artística muito polêmica, por ser inovadora, e ao mesmo tempo revolucionária. As obras de Anita, que retratavam principalmente os personagens marginalizados dos centros urbanos, causou desaprovação nos integrantes das classes sociais mais conservadoras.

Em 1922, junto com seu amigo Mario de Andrade, participou da Semana de Arte Moderna. Ela fazia parte do Grupo dos Cinco, integrado por Malfatti, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia.

Entre os anos de 1923 e 1928 foi morar em Paris. Retornou à São Paulo em 1928 e passou a lecionar desenho na Universidade Mackenzie até o ano de 1933. Em 1942, tornou-se presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1933 e 1953, passou a lecionar desenho nas dependências de sua casa.

Principais obras de Anita Malfatti

- A boba

A obra apresentada hoje é considerada um dos pontos mais altos da pintura de Anita, fruto de uma fase em que sua pintura, até então expressionista, absorve elementos cubo-futuristas. A Boba faz parte de um momento de "busca ativa" da pintora.

A tela é construída com o uso das cores, em uma orquestração de laranjas, amarelos, azuis e verdes, realçando dessa maneira as zonas cromáticas delineadas pelas linhas negras, na maioria diagonais - ordenação cubista. No primeiro plano, uma angulosa e assimétrica figura recebe a aplicação irregular da cor.

Na fisionomia da figura retratada, a expressão anormal e vaga da jovem é ressaltada por traços negros, segundo a estética expressionista do irracional e desarmônica. Já o fundo é elaborado com pinceladas rápidas, o que serve de contraponto

- A Estudante Russa

Em A Estudante, Anita Malfatti faz uso de certa deformação moderada, procurando fugir de modelos clássicos. A técnica, que contava com tintas diluidas aplicadas à tela, causou grande alvoroço na elite provinciana de São Paulo, incluindo até mesmo monteiro lobato.

O quadro foi pintado logo que Anita conheceu o escritor Mário de Andrade, que a incentivou a "pintar com a alma". Por esse motivo, A Estudante apresenta uma deformação mais terna, já que o escritor havia, de certa maneira, despertado paixão no coração da artista.

Além da aura mais calma e terna que o quadro reflete, o estilo usado pela artista é considerado mais acadêmico, ou seja, tentava manter com rigor as regras formais, estéticas e técnicas do estilo das academias de arte.

- O homem das sete cores

Anita Malfatti foi uma das artistas mais incompreendidas do Brasil. Em sua viagem para Alemanha, Berlim, em 1910, teve contato com diversas vanguardas. A que mais lhe agradou foi o Expressionismo, estilo dinâmico que deforma as imagens e refletia a emoção do artista.

Em O Homem de Sete Cores, Malfatti aplicou as cores diretamente na tela. Elas não as misturava na paleta. A grande inovação da artista está em como ela usa as cores para exprimir sua emoção.

Como já dito, a pintora foi a maior representante do Expressionismo no Brasil. Por isso, através de obras deformadas e cores intensas, ela expressa toda a sua emoção pintando a figura que mais gostava de retratar: a humana.

Esta obra O Homem de Sete Cores despertou grande admiração de Mário de Andrade, um dos maiores poetas modernistas do Brasil, e ele nem conhecia Malfatti ainda. Mais tarde, eles se tornariam grande amigos.

Devido as diversas viagens que realizou (a Berlim, aos Estados Unidos e à Paris), Anita Malfatti foi influenciada por outras vanguardas e estilos de pintura, como Fovismo, Cubismo, Abstracionismo. Isso faz dela uma pintora realmente moderna, tendo incorporado diversas influências; embora seja claramente mais expressionista.

Porém, mesmo com todas estas influências, Anita Malfatti não deixou de ser brasileira. Ela trouxe estes estilos ao Brasil e deu seu toque pessoal de brasileira a eles. A prova disto é a pintura homenageada de hoje. Repare que, no fundo da tela, encontram-se elementos da natureza, como um girassol e folhas de bananeira; típicas da nossa natureza.

- Nu Cubista

Anita nasceu com um defeito físico no braço direito e apesar de passar por cirurgia ela continuou com esse defeito pelo resto da vida, motivo pelo qual obteve auxílio de vários professores para desenvolver habilidades com o braço esquerdo.

"A impressão inicial que produzem seus quadros é de originalidade e de diferente visão. As suas telas chocam o preconceito fotográfico que geralmente se leva no espírito para as nossas exposições de pintura. (...) Anita Malfatti é um temperamento nervoso e uma intelectualidade apurada, a serviço do seu século".3

- O homem amarelo

"Paranóia ou Mistificação" foi o termo colocado como tema por Monteiro Lobato na coluna do jornal, apesar da forte crítica que ele teceu ao expressionismo de Anita ele também elogia no final a ousadia da menina, criando assim no artigo uma dualidade.

A crítica foi crucial, causando recolhimento na pintora e fazendo com que ela voltasse a estudar pintura acadêmica com Pedro Alexandrino onde conheceu Tarsila do Amaral.

Apesar da crítica ela não estava sozinha teve o suporte de grandes intelectuais da época; Oswald de Andrade defendeu

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