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Argiloterapia. Melanogênese

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Por:   •  12/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  5.924 Palavras (24 Páginas)  •  535 Visualizações

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Discente – Telma Sanches

Jeane Ortega

Docente – Sandra Lessa

Curso Técnico em Estética

INTRODUÇÃO

A cor da pele normal é dada pela mistura de quatro biocromos: carotenoides (amarelo), hemoglobina reduzida (azul), oxi-hemoglobina (vermelho) e melanina (marrom).

A melanina é o principal determinante da coloração da pele, sendo que variações geneticamente controladas na sua quantidade e distribuição determinam as diferentes cores da raça humana.

A alteração da cor da pele é uma preocupação constante entre os indivíduos e os profissionais da área de cosmetologia e estética. A variação da cor da pele depende da origem racial, estação do ano, sexo, hormônios, distúrbios endócrinos e traumas.

Considerando as pessoas, individualmente, nota-se que elas não exibem a mesma cor em todas as partes do corpo, sendo que a quantidade de melanina produzida pelos melanócitos determina cor. Os melanócitos são altamente dentríticos. Cada melanócito fornece o pigmento para vários ceratinócitos, na epiderme estabelecem estreita relação, transferindo-lhes os melanossomas. Esta associação melanócito-queratinócito é denominada unidade epidérmico- melânica e é constituída por um melanócito e trinta e seis queratinócitos.

As discromias são patogenias caracterizadas por alteração da cor da pele, devido a alterações na pigmentação cutânea causada de modo geral pela alteração na produção, na transferência ou na perda de melanina da pele. As discromias apresentam-se de forma localizada, difusa, regional ou circunscrita no corpo.

A cor da pele resulta de vários fatores. Os de maior importância são: seu conteúdo em melanina e caroteno, a quantidade de capilares na derme e a cor do sangue nesses capilares. A melanina é um pigmento de cor marrom-escura, produzido pelos melanócitos, que se encontram na junção da derme com a epiderme ou entre os queratinócitos da camada basal da epiderme.

A palavra melasma se origina do grego, onde melas significa preto, no qual se faz uma referência à sua apresentação clínica. Apresenta-se como hipermelanose comum, adquirida, caracterizada por máculas acastanhadas, mais ou menos escuras, de contornos irregulares e limites nítidos. Surge em áreas mais expostas ao sol, especialmente na face e região cervical e, de forma menos comum, nos braços e região esternal.

Melasma é considerado uma hiperpigmentação adquirida pela pele que acomete áreas fotoexpostas principalmente na face. Apresenta manchas simétricas de tonalidade variável, de marrom-acinzentada. Dessa maneira acomete regiões malares, lábio superior, mento e região frontal e, menos frequentemente em membros superiores e colo.

A etiologia não é inteiramente conhecida, mas vários fatores estão envolvidos na etiopatogenia, como exposição solar ou outras fontes de radiação ultravioleta, uso de contraceptivos, influência genética, gravidez ou reposição hormonal. Com relação aos fatores ambientais o de maior importância é a exposição aos raios ultravioleta.

Pela histopatologia o melasma pode ser considerado em epidérmico quando o depósito de melanina está localizado na epiderme e melasma dérmico quando o pigmento se encontra na derme e principalmente no interior de melanófagos.

Para visualizar a profundidade do pigmento melânico a lâmpada de Wood é utilizada emitindo a fluorescência. Vale ressaltar que um diagnóstico preciso sobre a profundidade do melasma possibilita uma abordagem terapêutica mais precisa contribuindo para o sucesso do tratamento.

Melanogênese

A melanina é um pigmento natural que serve de escudo contra o sol, absorve 90% dos raios ultravioleta (UV) que penetram na epiderme. Existem dois tipos de melanina, cuja mistura, geneticamente programada para cada individuo, dá origem à cor da pele e dos cabelos:

Melanina vermelha: majoritária nas pessoas loiras e ruivas, é pouco eficaz para filtrar os raios UVB; Melanina marrom: é majoritária nos indivíduos de pele morena ou negra, filtra quase a totalidade dos UV sem se degradar; A melanina marrom protege muito mais contra a ação dos raios solares do que a melanina vermelha, que se torna tóxica para a pele sob a ação dos raios UV. Os albinos não produzem melanina, o que causa risco de queimadura solar à menor exposição.

O aminoácido tirosina é transportado preferencialmente para os melanossomos, onde a tirosinase o converte em melanina, através de uma série de reações passando pela 3,4-diidroxi-fenilalanina (dopa, metildopa) e dopaquinona.

É interessante observar que a enzima tirosinase é ativada pela luz ultravioleta.

A melanina é sintetizada nos melanócitos com a participação da enzima tirosinase. Devido à ação desta enzima, o aminoácido tirosina é transformado primeiro em didroxifenilalanina (dopa).

A tirosinase também age sobre a dopa, produzindo dopa-quinona, que, após várias transformações, converte-se em melanina. A tirosinase é sintetizada nos polirribossomos, introduzida nas cisternas do retículo endoplasmático rugoso e acumulada em vesículas formadas no aparelho de golgi.

Exemplos de Melanogêneses

TIPOS DE MANCHAS (classificação, características e tratamento)

Hipomelanoses Congênitas ou Hereditárias

Doenças Classificação Características clínicas Tratamento

Albinismo

Melanopênica Ausência congênita total ou parcial de pigmento da pele, cabelos e olhos Não há tratamento efetivo; fotoproteção ocular e cutânea

Piebaldismo

Melanocitopênica Autossômico dominante. Poliose circunscrita (mecha frontal de cabelos brancos) associada à área acrômica triangular (frontal). Em alguns casos, podem ser encontradas máculas disseminadas, parte medial das sobrancelhas e cílios acrômicos. Associado à surdez, faz parte de algumas síndromes clínicas: Woolf, Waardenburg e Tietz. Não há tratamento efetivo; fotoproteção

Nevo acrômico

Melanopênica Autossômico dominante. Área hipocrômica circunscrita. Pode representar

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