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BRICS - Agrupamento Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul

Tese: BRICS - Agrupamento Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/9/2013  •  Tese  •  1.709 Palavras (7 Páginas)  •  477 Visualizações

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Etapa 2

Passo 1 e 2

BRICS - Agrupamento Brasil-Rússia-Índia-China-África do Sul

A ideia dos BRICS foi formulada pelo economista-chefe da Goldman Sachs, Jim O´Neil, em estudo de 2001, intitulado “Building Better Global Economic BRICs”. Fixou-se como categoria da análise nos meios econômico-financeiros, empresariais, acadêmicos e de comunicação. Em 2006, o conceito deu origem a um agrupamento, propriamente dito, incorporado à política externa de Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2011, por ocasião da III Cúpula, a África do Sul passou a fazer parte do agrupamento, que adotou a sigla BRICS.

Há trinta anos não se imaginava a mudança geopolítica e econômica que a ascendência dos países que compõe o grupo denominado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) provocaria no cenário internacional. O Brasil vivenciava fortemente a estagnação econômica que levou os anos de 1980 a serem conhecidos como “a década perdida”, a Rússia ainda vivia sob um regime comunista, a Índia engatinhava em sua busca pelo comércio externo, e a China iniciava reformas para abrir seu imenso mercado consumidor às empresas capitalistas.

Três décadas depois estes países lideram a retomada do crescimento econômico global após uma severa crise, entre 2008 e 2009, ter abalado as estruturas financeiras dos países mais desenvolvidos. Para consolidar este novo posicionamento e importância no cenário mundial, os países do BRIC (acrônimo criado pelo economista chefe do banco Goldman Sachs, Jim O´Neill, em 2001) se articularam buscando formas de aumentar sua participação nos rumos econômicos do planeta, bem como uma maior inserção na política internacional, seja por meio de uma participação mais relevante em organismos multilaterais, seja reforçando entre si posicionamentos e parcerias comerciais e tecnológicas. Neste sentido, realizou em 2009, na Rússia, a primeira cúpula dos BRIC, encontro cujo ponto central foi à busca de uma maior representatividade dos países emergentes no processo decisório no campo das relações internacionais. Um ano depois, o Brasil sediou a II Reunião de Cúpula dos países que formam o BRIC, ocorrida no Palácio do Itamaraty em Brasília, no dia 15 de abril, na qual o presidente Luís Inácio Lula da Silva recebeu seus colegas Hu Jintao (China) e Dmitri Medvedev (Rússia) e o primeiro-ministro Manmohan.

Singh, da Índia. Em paralelo, o Ipea promoveu, entre os dias 14 e 15 de abril, um encontro entre representantes de alguns dos principais centros de estudo econômicos da Rússia, China e Índia, para discutir o papel dos BRIC na transformação global pós-crise.

A Quarta Cúpula do BRICS aconteceu no dia 29 de março de 2012, na cidade de Nova Déli (Índia). Participaram da reunião os cinco chefes de estados dos países integrantes. O tema do evento foi: "BRICS Parceria para a Estabilidade Global, Segurança e Prosperidade".

BRICs: NÃO MAIS EMERGENTES.

A força coletiva das economias do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) é de crescente importância para a economia global. Enquanto as economias maduras em todo o mundo lidam com os déficits orçamentários elevados, crescimento anêmico e aumento do desemprego, os países do BRIC estão se expandindo rapidamente, tirando as pessoas da pobreza e impulsionando a economia global. A maneira pela qual os líderes da conturbada zona

do euro recentemente pediram recursos a estes mercados para ajudar aliviar a crise da dívida soberana marca mais um passo definitivo na transição de poder econômico do ‘oeste’ para o ‘leste’.Em uma recente conferência de mercados com alto crescimento organizada pela The

Economist, o homem que cunhou a sigla BRIC há aproximadamente uma década atrás, Jim O’Neill, agora presidente da Goldman Sachs Asset Management, descreveu como “idiotice e um insulto” o uso da expressão “mercados emergentes” em relação aos BRICs. Ele argumenta que essas economias “cada vez mais conduzem tudo de positivo na economia mundial” e que eles devem ser agrupados ao lado da Indonésia, México, Coreia do Sul e Turquia como “mercados em crescimento”. Claro que, quando medido em uma base per capita, o PIB destas economias ainda fica atrás das do G7. No entanto, em termos absolutos, eles se recuperam rapidamente. Estima-se que os BRICs vão significar 37% do crescimento global no período de 2011-16, sendo que a China sozinha contribuiria com 22%. Isto aumentará a quota do BRIC na produção mundial de 19% para 23%. Enquanto isso, a proporção mundial gerada pelas potências tradicionais das economias G7 cairá de 48% a 44% durante o mesmo período.

OPERAÇÕES

A confiança das empresas nas economias do BRIC estende-se às suas expectativas para impulsionar o desempenho dos negócios nos próximos 12 meses. 72% dos líderes empresariais dos BRICs esperam que as receitas cresçam em 2012, comparado com 37% no G7 e 43% globalmente. Da mesma forma, 58% dos executivos nos BRICs esperam que seus

lucros aumentem, acima dos G7 (26%) e da média mundial (31%). Enquanto isso, as expectativas para as exportações nos BRICs ficam em 24%, ligeiramente acima do G7 (17%). Os empresários na Índia são os mais otimistas em relação ao aumento das receitas em 2012, 82% esperam ver um crescimento, acima dos 78% no Brasil , 74% na China e 43% na Rússia.

Considerando a lucratividade, a China lidera com 61% dos executivos prevendo um aumento dos lucros em 2012, ligeiramente à frente do Brasil (60%), Índia (57%) e Rússia (42%). Enquanto isso, as perspectivas de exportação são muito maiores na Índia (36%) e na China (28%) do que no Brasil (16%) e na Rússia (6%)

INFLAÇÃO

A inflação continua sendo um desafio fundamental para as economias dos BRICs. Na Índia, o Banco Central elevou as taxas de juros 13 vezes em 19 meses para tentar conter aumentos de dois dígitos nos preços ao consumidor. No Brasil, apesar de recente flexibilização, a taxa de inflação permanece em 6,6%, bem acima da meta de 4,5%. Na China, a inflação atingiu um pico de 6,4% em junho, mas desde então caiu para 4,2%, embora o esperado afrouxamento da política monetária possa causar um novo aumento. Na Rússia, com o gasto fiscal pesado antes das eleições do próximo ano é provável que se mantenha a taxa bem acima de 6%.

A maioria dos líderes de negócios nas economias dos BRICs está preocupada com o impacto da inflação sobre suas respectivas economias. 68% citam a elevação de preços como uma preocupação nos quatro países, variando de 94% na Índia a 58% na China. Estes dados têm como base o IBR,

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