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CARACTERIZAÇÃO DA CASA DE IDOSOS DE NOVA GRANADA

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Por:   •  18/4/2014  •  2.502 Palavras (11 Páginas)  •  551 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo de mudanças universais, pautado geneticamente para a espécie e para o individuo, que se traduz em diminuição da plasticidade comportamental, em aumento da vulnerabilidade, em acumulação de perdas evolutivas e no aumento da probabilidade de morte (YAMAMOTO, DIOGO, 2002).

A partir do momento em que um indivíduo é concebido, ele sofre constantes modificações. Este desenvolvimento segue uma linha, com a fase da concepção, do nascimento, da infância, da adolescência, da idade adulta, da velhice e da morte. Essa sequência de acontecimentos é definida como um processo universal, irreversível, heterogêneo, deletério e intrínseco chamado de “envelhecimento” (ROSSI, GROENWALD, 2005).

Verifica-se que do nascimento à adolescência a evolução se dá rapidamente em todos os níveis, ao passo que a partir da idade adulta essas mudanças vão se tornando mais lentas, sobretudo no aspecto físico. Isso se explica por que o crescimento físico estagna, sendo maior o desenvolvimento intelectual. Alguns sinais de envelhecimento já podem ser percebidos após os 35-40 anos, porém é a partir dos 60-65 anos que se podem notar a diminuição das capacidades físicas e mentais e as transformações na aparência física (MAZO, LOPES, BENEDETTI, 2004).

O envelhecimento populacional é uma conquista da humanidade, mas apresenta desafios a serem enfrentados pela sociedade e os formuladores de política. Em nível mundial, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais cresce de forma mais rápida que a de outras faixas etárias. Esperam-se que em 2050 haja dois bilhões de idosos, 80% deles nos países em desenvolvimento. A população de 80 anos ou mais é a que mais cresce e poderá passar dos atuais 11% para 19% em 2050 (FREITAS, 2004).

À medida que a idade avança, existe uma progressiva perda de recursos físicos, mentais e sociais, a qual tende a despertar sentimentos de desamparo. A velhice parece deixar o indivíduo impotente, indefeso, fragilizado para tomar suas próprias decisões, para enfrentar seus problemas, o cotidiano, não só diante dos familiares, mas também da sociedade como um todo. Sendo assim, o idoso tem sido visto como uma pessoa improdutiva, ultrapassada, e pouco se tem feito para recuperar sua identidade e elevar sua auto-estima. Além disso, nem sempre é amparado pelos familiares e, muitas vezes, são obrigados a morar em asilos ou albergues, forçados a viverem isolados, na solidão, longe de parentes e amigos (DAVIM et al. 2004).

Quanto às características das instituições asilares dirigidas ao idoso, normalmente são locais com espaço e áreas físicas semelhantes a grandes alojamentos. Raras são as que mantêm pessoal especializado para assistência social e à saúde ou que possuam uma proposta de trabalho voltada para manter o idoso independente e autônomo. Eles vivem, na maioria das vezes, como se estivessem em reformatórios ou internatos, com regras de entradas e saídas, poucas possibilidades de vida social, afetiva e sexual ativa. Na realidade, muitas vezes o que se encontra são depósitos de pessoas, que, fundamentados na idéia de amor ao próximo e amparo aos desabrigados, consideram que os abrigos, juntamente com os cuidados a eles prestados, são suficientes às pessoas que estejam em seus últimos dias de vida (DAVIM et al. 2004).

Segundo o Decreto nº 1.948, de 03 de julho de 1996, artigo 3°, existem formas distintas de atendimento aos idosos: a modalidade asilar, “atendimento, em regime de internato, ao idoso sem vínculo familiar ou sem condições de prover a própria subsistência, de modo a satisfazer as suas necessidades de moradia, alimentação, saúde e convivência social”, que rege a vida do mesmo por meio de normas específicas, e o ampara civil e socialmente; e a modalidade não-asilar, que se compõe de Centro de Convivência, Centro de Cuidados Diurno, Hospital-Dia, Casa-Lar e Oficina Abrigada de Trabalho e destina-se a atender o idoso por determinado período do dia.

No entanto o direito à cidadania para o idoso ainda é um sonho, pois a sua maioria vive como cidadão de segunda classe, sem condição de exercer sua cidadania. Assim, é drástica a situação do indivíduo asilado, afastado do convívio social, à mercê de uma vida padronizada, desprovida de prazer e de importância pessoal, levando-o à falta de perspectiva e à alienação (MARIM, ANGERAMI, 2002).

Diante do exposto, este estudo teve como objetivo, caracterizar a realidade dos idosos da instituição asilar, no município de Nova Granada/SP, e observar os problemas sociais e de saúde enfrentados por eles e as causas que os levaram à institucionalização.

2. OBJETIVO

Caracterizar a instituição asilar destinada aos idosos do município de Nova Granada, quanto aos seus residentes, recursos humanos, rotinas realizadas, e observar os problemas sociais e de saúde enfrentados por eles e as causas que os levaram à institucionalização.

3. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, com uma abordagem quantitativa, realizado na instituição asilar destinados os idosos do município de Nova Granada/SP. Após autorização dos dirigentes das instituições, visitamos as dependências do local e entrevistamos a enfermeira responsável pela instituição, buscando-se, na revisão de literatura, compreender o contexto social, econômico e de saúde a que esses indivíduos estão inseridos.

4. RESULTADOS

A instituição deu início após a idéia de uma determinada igreja católica da cidade, preocupada em fundar uma entidade com o fim de zelar pela velhice do município, dando a ela toda a assistência moral e material, socorrendo-o, asilando-o e promovendo os recursos indispensáveis ao seu bem estar com o objetivo principal de tomar a seu cargo, na medida do possível, a proteção e assistência moral e material à velhice desamparada. Fundada em 19 de setembro de 1971, localizada na Av. Hildeberto Albuquerque Ferreira, 1151, foi criado a Casa dos Idosos de Nova Granada. Com o passar do tempo, houve uma necessidade de mudar a política de atendimento, para adequar as orientações da Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso, e assim oferecer um tratamento mais humano aos nossos

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