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COMO LIDAR COM A FRUSTRAÇÃO

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Por:   •  2/6/2014  •  2.239 Palavras (9 Páginas)  •  639 Visualizações

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COMO LIDAR COM A FRUSTRAÇÃO

(Por Jordan Augusto)

Sem dúvida alguma, todo ser humano que se dedica a um caminho ou busca realizar seus sonhos, já teve que lidar com frustração. De uma forma geral, além da frustração interior, o nosso caminho também é recheado de frustrações alheias que nos fazem tão mal quanto.

Em 1934 Saúl Rosenzweig apresentou a sua "Teoria Geral da Frustração". Segundo este autor a frustração pode ser entendida segundo dois tipos:

• frustração primária ou privação (tensão e desprazer provocados pela ausência da situação final necessária ao apaziguamento da necessidade ativa)

• frustração secundária (caracterizada pela presença de obstáculos no caminho que conduz à satisfação de uma necessidade).

As necessidades que mais nos interessam são as "necessidades de defesa" relacionadas com a proteção do organismo contra a perda, privação ou conflito das estruturas e funções.

O obstáculo frustrador pode ser:

• origem interna ou externa

• tipo ativo ou passivo.

As frustrações podem ser do tipo:

• passivo externo (ex: um objeto inanimado que esteja colocado entre o indivíduo e a sua meta)

• ativas externas (ex: um perigo físico que separe a pessoa do seu objetivo)

• passivas internas (ex: as próprias inaptidões do indivíduo)

• ativas internas (ex: os conflitos intrapsíquicos resultam das necessidades contravalentes)

Rosenzweig chamou a atenção para a resistência à frustração "a capacidade do indivíduo em contrariar a frustração sem o uso de modos inadequados de resposta"

As respostas são adequadas quando apropriadas à situação. As respostas são inadequadas quando o indivíduo parece demasiado consistente nas respostas à frustração, sem a devida atenção às exigências do ambiente.

Sendo assim, a frustração é um fenômeno originado pela privação, não satisfação ou conflito envolvendo estados impeditivos ou criadores de obstáculos à consumação de um impulso ou de uma necessidade.

A frustração provoca freqüentemente choques ou experiências traumáticas mobilizadoras de defesas e traduzidas em tipos específicos de reações. As reações são a resposta a uma ameaça que visa à específica necessidade, assim frustrada, ou à ameaça implícita contra a própria personalidade.

A frustração é um estado de tensão contra o qual o indivíduo afetado canaliza a sua energia, de forma mais ou menos determinada, para o eliminar ou mesmo para o evitar.

A frustração pode dar-se por ausência de um objeto e encontro de um obstáculo na via da satisfação dos desejos

Quem de nós nunca se sentiu massacrado em seu ambiente de trabalho ou no campo profissional?

De uma forma geral, nós nos sentimos frustrados no trabalho quando não conseguimos atender as nossas próprias necessidades e exigências ou não conquistamos aquilo que estamos buscando. "Toda pessoa deseja realizar-se profissionalmente, ter seu talento reconhecido, ser admirada, considerar-se capaz, ter o apoio dos colegas de escritório e sentir-se segura no emprego".

Agora imagine se você estiver no emprego errado, cercado pelas pessoas erradas e alimentando sonhos impossíveis de ser alcançados. O resultado disso? Frustração em estado bruto. É claro que há pessoas mais suscetíveis a esse sentimento do que outras. Saber encarar esses problemas de forma madura é a única maneira de impedir que sua vida vá se transformando numa coisa amarga a cada dia. Mas isso não é nada fácil, principalmente se levarmos em conta a competitividade existente hoje no ambiente de trabalho e as exigências cada vez maiores das empresas em relação ao desempenho do seu pessoal. Não é de estranhar, portanto, que responsabilizar a empresa ou o chefe direto por algum tipo de frustração seja a atitude mais comum por parte dos funcionários.

Um profissional que esperava assumir um determinado cargo pode ficar frustrado ao saber que a oportunidade foi dada a outro. Se estiver de cabeça quente, é provável que acuse a organização de não enxergar seu verdadeiro talento ou não valorizá-lo. A primeira reação que temos nessas horas normalmente é mais emocional do que racional. O ideal, quando isso ocorre, é procurar manter a calma. Você não pode deixar de responder a perguntas do tipo: Tenho realmente as competências necessárias para assumir o cargo? Procurei de alguma forma ampliar meus conhecimentos nos últimos meses? Correspondi às expectativas da organização? Gerei os resultados que esperavam de mim? Se após esses questionamentos você achar que estava pronto para o desafio, então aí, sim, sua frustração é mais do que justificada. Mas, se a conclusão for a oposta, então o problema está em você.

Segundo os caminhos mencionados nos estudos da filosofia empregada no Bugei, enquanto o homem não se convencer de que lhe é necessário conquistar as paisagens íntimas, suas realizações externas deixá-lo-ão em desencanto, sob frustrações que se sucederão, tantas vezes quantas sejam as glórias alcançadas no mundo de fora.

Muitas vezes, as dificuldades que o desafiam são fatores propiciatórios para o desabrochar dos elementos adormecidos, e para que sua destinação gloriosa seja alcançada.

O homem de bem, que reúne os valores expressivos da honra e da ação edificante, faz-se caracterizar pelo esforço, pelo empenho que desenvolve, realizando o programa essencial da vida que é sua iluminação íntima.

Somente essa identificação com o si profundo facultar-lhe-á a tranqüilidade, meta próxima a ser conseguida. Partindo dela, novas etapas surgirão, convidativas, ensejando o crescimento moral e intelectual proporcionador da felicidade real.

Todas as conquistas externas - moedas, projeção social, objetos raros, moradia, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos - não

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