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CUSTO DE MERCADORIAS

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Por:   •  10/10/2013  •  2.511 Palavras (11 Páginas)  •  753 Visualizações

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CUSTO DE MERCADORIAS

O termo Custo de Mercadorias entende-se que é o preço pago pela mercadoria, acrescido de outras despesas para movimentação do estoque, deduzido os impostos recuperáveis e o valor de mercado. O principio básico é que o custo das mercadorias adquiridas deve compreender todos os gastos que a empresa realiza para adquiri-las e colocá-las em condições de serem vendidas. Para uma empresa que compra e vende mercadorias, tais custos incluem o preço de compra e os gastos com transporte, recepção, inspeção e colocação nas prateleiras, além de custos administrativos associados ao controle dos estoques. (STICKNEY, 2001, P.340). Diante da existência do custo das mercadorias e do valor de mercado, surge a necessidade de escolher o menor valor para avaliar o estoque. O problema para se chegar a essa conclusão, prende-se ao fato da empresa ter em estoque o mesmo produto adquirido em datas distintas, com custos unitários diferentes. Se a empresa conseguir identificar qual unidade foi vendida e quais unidades ficaram em estoque no final do período, a mensuração do custo das mercadorias vendidas e do estoque final não apresenta problemas. A semelhança física entre unidades de alguns produtos, entretanto, cria dificuldades para a identificação de quais unidades foram vendidas e quais ficaram em estoque. Mesmo quando avanços na tecnologia permitem que a empresa acompanhe cada item de seu estoque, ela pode preferir não fazê-lo, dados os custos envolvidos. (STICKNEY, 2001, p.339). Desta forma, surge a duvida sobre qual preço unitário deve ser atribuído a tais estoques na data do balanç Favaro. H.L.ett all (1997, p.219), destaca que: “o importante é que de acordo com os princípios contábeis (do custo original como base de valor), deve se trabalhar com os valores de aquisição (entradas) das mercadorias, o que pode variar é o critério adotado para sua valoração”. Considerando esse ponto de vista são varias as possibilidades de atribuição desse valor. Porém, dar-se-á ênfase aos métodos PEPS, UEPS e CUSTO MÈDIO por serem os mais citados pelos autores. Qualquer um dos métodos de valoração dos estoques, quando utilizados nas mesmas condições de quantidades e preços, manterá a situação real das empresas nas mesmas igualdades, com a mesma quantidade de estoque, porém segundo Favaro. H.L. et all (1997, p.253), “os resultados são influenciados pelos diferentes critérios de valoração de seus estoques, que provocam diferença no CMV interferindo assim na obtenção do lucro bruto na Demonstração de Resultado do Exercício”. Isso quer dizer que os resultados obtidos são diferentes, em conseqüência dos critérios de atribuição de custos utilizados, embora todos tenham como base o mesmo custo de aquisição. A seguir analisá-se os três métodos citados acima. Antes disso, vale a pena ressaltar que o termo entrada e saída de mercadorias estarão sendo usados no sentido financeiro e não em sentido físico. No entanto, Iudicibus (2000, p.133), relata que “para fins de atender a Contabilidade pode até ocorrer um tipo de fusão entre o controle físico e o controle financeiro, mas é a partir deste último que são feitos o registro contábil”. De acordo com Favaro (1997, p.236), as empresas brasileiras utilizam principalmente o custo médio. Pois, por este critério o valor médio de cada unidade em estoque altera-se pelas compras de outras mercadorias por um preço diferente. Este método evita o controle de custos por lotes de compras, como no PEPS e no UEPS, mas implica um numero maior de cálculos ao mesmo tempo em que foge dos extremos, dando como custo de aquisição o valor médio das compras. Como observa Iudicibus (2000, p.118): "Por meio desse método, há uma fusão das quantidades decorrentes de novas compras com o custo total do que existia em estoque antes da compra. O novo custo unitário passa, então, a ser obtido pela divisão desse valor global pelo total de unidades existentes". O saldo indicará sempre as quantidades em estoque com seus respectivos valores médio, isto é, atualizados sempre em função das últimas compras. Ou seja, somam-se os custos anteriores com os da aquisição atual e divide-se o total pela quantidade de unidades, obtendo-se, assim, o custo médio. Baseando-se no UEPS para valoração dos estoques a empresa vai dando baixa nos estoques a partir das últimas compras o que equivale ao seguinte raciocínio: vendem-se ou consomem-se antes as últimas mercadorias compradas. Para Oliveira (1999, p.193), “o UEPS é o método ideal, sob o ponto de vista teórico, para períodos inflacionários, porque os resultados apurados através dele são mais recentes tornando os lucros menores e como conseqüência a carga de imposto de renda também diminui”. Poderia concluir-se, então que o UEPS implica um lucro com alta qualidade, mas essa conclusão seria incorreta, pois esse método não reflete o fluxo físico das mercadorias já que pode conter custo de itens adquiridos há muitos anos. Na suposição ultimo a entrar primeiro a sair (UEPS), as unidades vendidas são avaliadas pelos custos mais recentes, e, conseqüentemente, as unidades no estoque final são avaliadas pelos custos mais antigos. Alguns teóricos defendem que o UEPS leva a que as receitas correntes sejam confrontadas com custos correntes, implicando melhor medida do lucro. (STICKNEY, 2001, P.354). Esse é o principal motivo pelo qual no Brasil a legislação do Imposto de Renda na tem permitido o uso desse método para elaborações fiscais, pois de acordo com Favaro H.L.et all (1997, p.236), O UEPS proporciona um maior custo das mercadorias vendidas e, conseqüentemente, um menor resultado. Através desse método a administração tem oportunidade de manipular o lucro, pois se fizer compras no final do período por um preço menor do que o das mercadorias em estoque provocara uma diferença no lucro líquido da empresa postergando, assim, o reconhecimento do Imposto de Renda. Através do PEPS, a empresa vai dando baixa nos estoques a partir das primeiras compras. Esse ponto de vista é reforçado por Favaro H.L.ett all (1997, p.226), que pensa da seguinte maneira: “O PEPS refere-se ao critério de considerar o CMV correspondente ao custo da compra da mercadoria mais antiga, remanescente no estoque”. Isso equivale dizer que se vendem ou consomem-se antes as primeiras mercadorias compradas. Na suposição do Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair, atribuem-se custos mais antigos às unidades vendidas, e, conseqüentemente, custos mais recentes às unidades no estoque final. Em outras palavras, admite-se que mercadorias mais antigas são utilizadas em primeiro lugar. Essa suposição é compatível com a boa prática da administração do fluxo físico de mercadorias, especialmente no caso em que os itens se deterioram ou se tornam obsoletos. (Stickney,

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