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Classe na implementação do método

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Por:   •  27/1/2014  •  Tese  •  5.427 Palavras (22 Páginas)  •  211 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL

CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ESPANHOL COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA

DISCIPLINA DE ESTÁGIO 1

Acadêmica: Geisa Brum Schweinitz Polo: Cacequi

Linguagem e dinâmica na sala de aula

Nagore S. PRAHBU

Este texto, tradução de José Carlos Peas de Almeida filho e Rita de cássia Tardin Cardoso, aborda a dinâmica da aula de língua, a importante mudança do método de ensino em uso e suas diferentes dimensões tanto de parte do professor quanto dos alunos em questão.

Como tudo que acontece em sala de aula faz parte de uma rotina estável, de uma unidade curricular planejada e padronizada, os especialistas acreditam que seja em vão o implante de um novo método, pois isto desestabilizara a rotina de cada sala. Sendo assim é certo que essas inovações sejam rejeitadas como inviáveis ou até mesmo absorvidas por uma nova e estável de seu elemento conceitual. Por isso creio que a mudança só terá resoltado se for motivada e sustentada pela exploração de conceitos feitas pelos próprios professores, sendo eles seus próprios guias teóricos e especialistas de si mesmo na interação outros colegas teóricos.

O trabalho então é uma tentativa de explorar a natureza da aula de língua como um evento de sala de aula. O texto é teórico e exploratório no sentido de que representa um esforço para compreender um fenômeno complexo através da reflexão sobre as experiências vividas e da percepção de um padrão aceitável. Na primeira parte do trabalho, há uma tentativa de mostrar que a aula coletiva numa sala é, na verdade, um evento altamente complexo com muitas diferentes dimensões. A sugestão feita por Dick Allwright (1989), a saber, de que a aula não é somente um evento pedagógico e também social.

Na segunda parte do artigo, pode-se perceber as consequências dessa percepção da aula para as propostas de reforma pedagógica dos especialistas. Deste modo concordo que é uma ignorância imaginar que os especialistas possam formular um bom método de ensino e daí a melhorar professores que os ponham em prática nas suas salas. E certamente a sugestão que todo o ensino nas salas de aula melhora com um conjunto todo, alunos e professores, deve se levada em conta. Mas concordo que devem ser especialistas nas unidades de ensino, agindo como um todo como forma de alcançar um objetivo maior, e estando cada unidade do plano voltada para atingir objetivos menores. O que ocorre numa aula pode, desse ponto de vista, ser melhor compreendido através de referências a aulas anteriores e posteriores e da lógica da sequência global.

O processo educacional e progressão curricular estão subentendidos, a educação tem seu foco para a mente ou seja procura promover o desenvolvimento mental de seus aprendizes. Planejar a atividade educacional, o conceito de progresso psicológico é traduzido em progressão curricular, cabendo em ambos a metáfora da viagem. Se tudo isto for levado a sério, uma dada aula tem de ser aprendida e avaliada em relação ao seu ajuste ao estágio de desenvolvimento do aprendiz num ponto dado e não em relação a unidades anteriores e subsequentes. Um argumento pela qual isso não é feito é o fato de que a percepção do real estágio de desenvolvimento do aprendiz representa ser tarefa de extrema complexidade a cada estágio. Outra razão é a de que a atividade diária de ensino nas salas de aulas precisa ter sentido mais acessível e estável de direção. O fornecimento de uma sequência curricular equipa o professor a prever, sem ter de comprovar, que cada unidade de sequência combina com um ponto correspondente no progresso do aluno. Uma justificação séria para elaborar um currículo, portanto, é dar ao professor regente de um grupo uma alternativa viável para a difícil tarefa de seguir o verdadeiro desenvolvimento de seu aluno. Contudo, essa alternativa prática implica que o planejador de currículos tem muito melhor acesso do que o professor ao desenvolvimento mental dos aprendizes. O planejador curricular tenta prognosticar o processo de desenvolvimento antes que ele ocorra, enquanto o professor enfrenta a dificuldade de perceber esse desenvolvimento enquanto ele ocorre ao longo das aulas. Certamente os currículos sejam necessários e até mesmo indispensáveis nas atividades educacionais, mas é igualmente importante compreender que eles se sustentam uma suposição ampla e que a percepção de uma aula como uma unidade curricular representa confiar nessa suposição.

A aula como implementação de um método

A aula como ponto de vista está demonstrada pela realização de um método de ensino,colocado em dois aspectos: um aspecto conceitual e outro ocupacional. O aspecto conceitual consiste basicamente de uma teoria de como ocorre a aprendizagem, ou de como melhor pode ocorrer, já o aspecto operacional equivale à especificação do que deveria ser feito na sala de aula dentro de cada unidade de ensino.

Um método é o que está por trás de um plano de aula ou seja, o que guia o professor na decisão de quais atividades deverão ser empreendidas em que ordem no decorrer de uma aula.

A aula como implementação de um método se refere a procedimentos de ensino e a uma etapa numa sequência periódica. Na condição de unidade curricular, a aula precisa ser vista em relação a outras unidades do mesmo currículo; como método em fruição ela precisa ser vista em relação à teoria de ensino que corresponde a ela. Apontamos acima que, ao seguir a progressão curricular, o professor está pressupondo que essa progressão é um indicador confiável do crescimento psicológico do aprendiz. Ao adotar um método como um padrão de atividade, o professor estará assumindo a premissa de que a teoria de aprender que informa essa forma de atividade é de fato uma teoria válida. Ainda terei ocasião de voltara esse ponto mais adiante nesta discussão.

A aula como evento social

Visualizar a aula em relação a um currículo ou a um método de ensino é ver como um evento pedagógico e é assim que as aulas são vistas a maior parte das vezes nas discussões sobre ensinar e aprender levadas pelos especialistas. Defino tudo isto com a psicologia sócio-histórica, que tem como base a teoria de Vygotsky, concebe o desenvolvimento humano a partir das relações sociais que

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