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Consciencia Corporal

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Por:   •  21/3/2015  •  522 Palavras (3 Páginas)  •  270 Visualizações

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Consciência Corporal

Conforme Moreira (1995:22), “Olhar sensivelmente os corpos que passam pela aula de Educação Motora é ir buscar não mais a disciplina, mas a consciência corporal, mesmo porque o ato de conhecer não é mental; ele é, antes de tudo, corpóreo.”

Para Olivier (1995), todo conhecimento inclusive o de si mesmo passa pelo corpo. Merleau Ponty, aput Olivier (1995:72), escreve que: “O homem é um ser encarnado: é consciente de ter um corpo e todos os seus atos de autoconsciência são filtrados através do corpo.” Este mesmo autor, ao abordar a relação consciência e corpo, afirma: “... toda consciência é consciência perceptiva, mesmo a consciência de nós mesmos” (p.73).

Castellani, apud Olivier (1995:22), conceitua consciência corporal como: “sua compreensão a respeito dos signos tatuados em seu corpo pelos aspectos socioculturais de momentos históricos determinados. É fazê-lo sabedor de que seu corpo sempre estará expressando o discurso hogemônico de uma época e que a compreensão do significado desse ‘discurso’, bem como de seus determinantes, é condição para que ele possa vir a participar do processo de construção de seu tempo e, por conseguinte, da elaboração dos signos a serem gravados em seu corpo”

Olivier (1995) entende que a consciência do corpo, em seus determinantes psicológicos, sócio-históricos, biológicos os quais não são distintos e nem distinguíveis na práxis humana, é condição fundamental à liberdade.

A visão que Régis de Morais (1992) nos passa sobre consciência corporal é um tanto quanto diferente daquela que nós já nos reportamos. Este autor, primeiro diferencia o corpo delineado em laboratórios em suas estruturas anatômicas e fisiológicas (necessário para estudos objetivos) dos corpos que somos e vivenciamos no complexo horizonte da existencialização. Após, demonstra as duas facetas do corpo, ou seja, corpo problema (desafio na condição de sujeito cognoscente, possível de equacionamento, e eventual solução) ; e corpo-mistério (envolve, carrega o mistério da vida que escapa aos argumentos médicos). Ambos abrangem o corpo do homem. A seguir, o autor demonstra o dualismo que distingue o corpo da consciência, o organismo físico da alma. Já neta visão, ele associa a consciência à inteligência que obviamente não se resume no córtex cerebral (é por isso que considero uma visão diferenciada). Discordando da posição dualista, embora ciente de que nossa linguagem não possui argumentos que expliquem a unidade do homem, o autor coloca que somos (e não temos) um corpo. Somos um corpo como forma de presença mais apropriadamente vinculada ao nosso comportamento, torna-se inverídica ou, no mínimo, inacessível no vivente a dicotomia consciência e corpo.

“Veremos que o corpo é consciente e, por isso, devemos falar em corpo/consciência; afinal, já não é lícito reduzirmos a noção de consciência à de raciocínio, uma vez que o corpo apresenta claramente uma sabedoria que não precisam de raciocínio. Inexiste qualquer atitude humana que seja puramente interior ou da subjetividade puramente pensante; toda atitude do ser humano é atitude corporal. Podemos mesmo dizer que, mediante nossas relações neuromusculares, é que nos damos conta (pensamento) ne nossos conteúdos pessoais até aqui

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