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Contratando Um Ex-presidiário

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Por:   •  14/5/2014  •  699 Palavras (3 Páginas)  •  300 Visualizações

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A exclusão social é um tema bastante abordado em escolas, meios de comunicação, e na política dos países. Convivemos diariamente com os mais variados tipos de preconceito. Preconceito quanto à cor, a religião, a opção sexual, o tipo físico, a condição social, entre outros. O preconceito existe desde que a humanidade existe. Na Grécia antiga, por exemplo, as crianças que nasciam com problemas físicos eram mortas. Na Alemanha, o nazismo matou milhares de pessoas, tentando formar uma raça pura. Na Roma milhares de cristãos foram mortos a sangue frio. O nosso país foi palco de uma das maiores demonstrações de preconceito, durante o período da escravidão, no qual os escravos eram submetidos aos mais variados tipos de tortura. Atualmente ainda convivemos com o preconceito, mas de uma forma menos lícita, no entanto, não deixa de ser cruel. Os governos dos países fazem programas para

Promover a inclusão social, como leis, punições, etc. No entanto, nem sempre vemos a inclusão social funcionar na prática. Como um exemplo, temos os casos dos ex-presidiários, que são um dos que mais sofrem com o preconceito.

Diariamente, vemos em telejornais, revistas e nas ruas de nossas cidades, pessoas sendo presas pelos mais diversos tipos de crimes. Sabemos que são levados a delegacia, alguns são liberados, outros vão a julgamento e são absolvidos e outros vão direto para a cadeia. Os que vão para a cadeia, entretanto, um dia irão sair. E uma questão muito importante na qual a sociedade não pensa, é o que eles irão fazer após a sua saída. Quem passa pelo sistema prisional brasileiro, mesmo tendo cumprido toda a sua pena, ficará para sempre marcado como ex-presidiário. Com essa denominação, fica difícil para conseguir a ressocialização. O nosso sistema prisional possui um grau muito baixo de eficácia na reeducação dos detentos. Quando eles saem da cadeia, se deparam com um mundo no qual eles sentem não ter lugar. Após anos de encarceramento e sem uma atitude do Estado para que elas se tornassem aptas novamente a conviver na sociedade, os detentos não sabem o que fazer, já que possuem muita dificuldade para conseguir emprego e o medo de cair novamente. Esse medo é totalmente justificável, já que 42% dos ex-detentos voltam a praticar crimes e vão presos novamente. As manchetes dos jornais na maioria das vezes mostram ex-presidiários que deixam suas celas por terem cumprido suas penas ou por apresentarem bom comportamento e ganharem o direito de ver seus familiares em comemorações, acabam sendo reincidentes, fogem, roubam, ou cometem delitos piores do que os anteriores.

Elas enfrentam fora dos presídios as mesmas condições que os levaram a cometer os primeiros delitos. De acordo com o coordenador nacional do Mutirão Car¬¬cerário promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz federal Erivaldo Ribeiro dos Santos, é preciso dar oportunidade aos egressos. Mas é muito difícil isso acontecer no modelo atual tendo em vista o déficit de 180 mil vagas no siste¬¬ma penitenciário. “Em presídio superlotado”, diz ele, “não se consegue fazer curso de capacitação, de educação, alfabetização e muitos presos são analfabetos funcionais.”

É bem provável que o ex-detento seja o mais difícil de incluir na sociedade. No entanto, é um dos mais necessários e urgentes. A reintegração do presidiário deveria ser feita desde o seu primeiro

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