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DESEMVOLVIMENTO ECONOMICO SOCIAL

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Por:   •  8/10/2013  •  4.205 Palavras (17 Páginas)  •  415 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SOCIAL

PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL

Trabalho apresentado ao Curso Administração da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Teorias da administração l – Comunicação e Linguagem – Sociologia - Filosofia

Prof. Samara Headley

Marcelo Silveira

Wilson Sanches

Márcia Bastos

Montes Claros

2012

1° PARTE:

A reestruturação capitalista é uma transformação nos processos de democratização, responsabilidades econômicas e sociais, também pode se entender por análise das relações concretas, socialmente construídas e territorialmente localizadas, ou seja, uma transição democrática com o final das ditaduras. A crise dos Estados nacionais se originou pela falta de conhecimento e de estudos locais e municipais, os estados por si só não tinham informações e detalhes de importância para a administração. A gestão de desenvolvimento era exercida de forma ampla, global, sem noção alguma de particularidades regionais ou de estratégias neste espaço.

A partir da década de 80 a classe trabalhadora sentiu um golpe significativo que redesenhou seu perfil. Uma gigantesca implantação de inovações tecnológicas possibilitou às fábricas uma diminuição considerável nos números de seus quadros de operários. Sofreram mais com tal mudança aqueles operários, homens e mulheres, cuja pouca capacitação os habilitava apenas ao desempenho de trabalhos braçais, trabalhos este que doravante seria atribuído às máquinas. Além disso, nos anos 80 a indústria mundial retraiu-se não mais repetindo aquele crescimento que a caracterizara nas décadas anteriores. Somando-se estes fatores tivemos como conseqüência imediata o desemprego e frente a isso a instabilidade profissional daqueles que apesar de tudo conseguiram manter seus postos de trabalho, postos estes que agora era almejado por um número cada vez maior de pretendentes.

Esta divisão da classe trabalhadora entre empregados e desempregados minou a histórica unidade que ela possuía, e mesmo no meio daqueles trabalhadores que conseguiram permanecer em seus postos surgiu uma classe privilegiada nos postos de chefia que marcava uma diferença até econômica em relação aos trabalhadores dos cargos subalternos. Estes dois fatores provocaram um enfraquecimento do sindicalismo e subseqüentemente a diminuição da representação política das classes trabalhadoras.

Tornou-se quase que um senso comum a afirmação de que a globalização tem levado os Estado nacionais a uma crise irreversível. Até pelo muito que contem de verdade, essa afirmação precisa ser completada com uma análise prospectiva e recheada com as necessárias mediações e particularidades de caráter histórico e político. Um elemento essencial deve ser a permanente referencia ao indissociável vínculo existente entre a dinâmica do capital e o poder político. Sem a compreensão de que o Estado, tal como o mercado, é um elemento material constitutivo da dinâmica do capital, não conseguiremos escapar do plano da generalidade extrema e a abordagem da crise e reformulação do Estado brasileiro no contexto da chamada globalização não poderá ao menos ser tangenciada.

É de todo conveniente recordar então que a origem dos modernos Estados nacionais encontra-se imbricada com a autonomização do capital mercantil como decorrência e via de superação da crise estrutural da ordem feudal ocorrida no século XIV, acompanhando seu lento declínio. Não podiam, no entanto, serem na origem chamados de Estados-nação, pois tendo sido conformados sobre comunidades autônomas forjadas na época feudal (cuja característica era a fragmentação da autoridade a relação hierárquica interpessoal), os Estados territoriais se definiam pela extensão da soberania exercida sobre os súditos.

A razão de ser desses Estados territoriais formados no Ocidente europeu, era complexa e contraditória. Significava a um só tempo a solução para a crise de representação sociocultural desdobrada da crise da instituição eclesial, projetando-se o rei como novo ser vinculante do céu com a terra, como também a solução para a crise da dominação da nobreza feudal, ameaçada pela rebelião camponesa e a desintegração das relações de trabalho servis. A força coerciva concentrada no poder soberano foi capaz de reconduzir os camponeses ao domínio da nobreza, agora intermediária da relação dos súditos camponeses e artesãos, com o poder soberano.

Mas os Estados territoriais cumpriram ainda um outro e fundamental papel, o de dinamizadores da acumulação mercantil do capital. Elemento constitutivo da ordem feudal, o capital mercantil encontra-se sediado nas cidades e submetido ao predomínio da produção agrícola. Com a crise feudal, o capital mercantil ganhou autonomia e transformou-se na força capaz de conduzir a recomposição da ordem. Para tal, o capital mercantil promoveu a conquista da América e a formação de um mercado mundial, cuja circulação de metais, especiarias e escravos, permitiu a portentosa acumulação originária do capital no núcleo do Ocidente. Mas isso só foi possível pelo vínculo com os Estados territoriais em formação que, ademais, se empenhavam em garantir o espaço para a alocação e a circulação de bens.

Nesses Estados territoriais, que, com a significativa exceção da Holanda, tomaram a forma de monarquias absolutas, as diversas frações da nobreza tiveram que encontrar um novo convívio com a burguesia mercantil, entrecruzando seus interesses numa economia agro-mercantil. As alianças e os conflitos entre os Estados, preservando a tradição feudal, ocorriam por relações interpessoais de caráter dinástico, de modo que Estados poderiam se unir ou se separar, a contiguidade territorial poderia ser recortada, e a legislação civil poderia ser diferenciada. Os conflitos interestatais com grande freqüência tinham respaldo em justificativas de caráter dinástico e religioso, embora redundassem em disputa por fontes de acumulação de capital e parcelas do mercado mundial.

O sistema capitalista revela em suas crises periódicas momentos especiais de profunda reestruturação. Nos anos 70 houve a crise do capitalismo que ocorreu devido as taxas de lucro estarem baixas, a inflação e o desemprego estavam a crescer

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