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Declaração de Ronaldo Nazario de Lima

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Por:   •  10/2/2015  •  Artigo  •  544 Palavras (3 Páginas)  •  149 Visualizações

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Outro dia escrevi que a declaração de Ronaldo Nazário de Lima de que brasileiro que quiser ganhar o troféu de melhor do mundo tem que ir para a Europa é pertinente para um agente de jogadores, mas pouco recomendável para quem é a cara do COL da Copa do Mundo no Brasil.

Um leitor escreveu dizendo “mas ele está errado? não, está certíssimo”.

Uma leitora lamentou que “talvez por isto jogadores brasileiros prefiram ir para clubes na falida Grécia”.

Na verdade, não se trata de ir para a Europa apenas, mas escolher a Espanha, Itália ou Inglaterra, talvez com uma pequena oportunidade para a Alemanha.

Mas com cinco títulos mundiais de seleções e diversos títulos mundiais de clubes, como (estou citando de cabeça) o Santos duas vezes, o São Paulo duas vezes, o Corinthians, o Grêmio, o Flamengo e o Internacional, o futebol brasileiro deveria aparecer um pouco mais alto na lista de possibilidades.

Afinal, nada há nas regras dizendo que o melhor jogador do mundo tem que necessariamente estar naqueles países. Mais precisamente, em times como o Barcelona. Real Madrid, Mílan, Inter de Milão, Manchester United.

São clubes ricos, é certo, embora no momento todos encalacrados financeiramente e disputando campeonatos em países onde a economia anda estagnada, sem perspectiva de crescimento nos próximos dois ou três anos.

O dinheiro de que dispõem vem sobretudo das televisões e porque ao longo dos anos desenvolveram um excelente trabalho de marketing. São populares não apenas em seus países mas pelo mundo inteiro, vendendo camisas e toda sorte de quinquilharias, enquanto agora por exemplo constatamos que o Santos é quase desconhecido no Japão.

Se nossos clubes fossem um pouco mais inteligentes na área de marketing, poderiam começar a reverter tal panorama, em prazo não muito longo, aproveitando exatamente o fato de que a próxima Copa do Mundo será no Brasil - e que continuaremos a atrair as atenções do universo esportivo com a Olimpíada, dois anos depois, no Rio de Janeiro.

Durante muito tempo tivemos um Campeonato Brasileiro do qual era melhor nem falar, com suas viradas de mesa e seu sistema “mata-mata”. Tal época parece superada, as regras começam a ser respeitadas e o Campeonato Brasileiro por pontos corridos, com turno e returno, é mais competitivo do que o campeonato inglês, do que o campeonato italiano e sobretudo do que o campeonato espanhol, onde só dá Barcelona ou Real Madrid, com um bando de outros times desempenhando o papel de meros extras em filme de mocinho e bandido.

A economia brasileira vem crescendo, ao contrário da europeia, e, segundo li, vão recriar o Clube dos Treze. Espero que, em sua nova encarnação, tenha condições de rever os contratos de televisão, para evitar que Flamengo e Corinthians fiquem com uma fatia tão grande do bolo que os levem a monopolizar os títulos brasileiros. Tal domínio de dois clubes não seria bom para ninguém, nem mesmo para eles, a longo prazo.

Será que, vendo as coisas de longe, tenho um ponto-de-vista errado? Quem sabe, estou pessimista porque escrevi esta coluna num computador que não conheço e do qual levei tremenda surra. Acho que os clubes brasileiros e o Campeonato Brasileiro deveriam

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