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Desmatamento No Brazil

Trabalho Universitário: Desmatamento No Brazil. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/10/2014  •  9.054 Palavras (37 Páginas)  •  323 Visualizações

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Desmatamento no Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Imagem de satélite mostrando o desmatamento em uma região do Mato Grosso, o estado brasileiro que sofre com as perdas recentes mais agudas.

O desmatamento é um dos grandes problemas ecológicos enfrentados pelo país na atualidade. Várias são suas causas, e elas têm peso distinto nas diversas regiões, sendo as mais importantes a conversão das terras para a agricultura ou para a pecuária, a exploração madeireira, a grilagem de terras, a urbanização e a criação de infraestruturas como pontes, estradas e barragens.1 2 O estado do Mato Grosso é o mais atingido pelo desmatamento, seguido pelo Pará e Rondônia.3

Desde que o homem chegou ao atual território do Brasil, há milhares de anos, passou a produzir impacto ambiental em ciclos repetidos de desmatamento. Mudanças climáticas também devem ter provocado importantes rearranjos nas composições florestais de amplas regiões, mas o conhecimento do processo em épocas tão recuadas é muito incompleto.4 5 6 7 A partir da conquista portuguesa em 1500 os dados começam a ser mais abundantes, atestando que muitas florestas caíram, especialmente no litoral, para retirada de madeiras e uso agropecuário da terra. De lá para cá o problema se agravou profundamente.5 8 Estima-se que o país tinha originalmente 90% de sua área coberta por formações florestais variadas, o restante constituído de campos,9 mas em 2000 a proporção total havia baixado para 62,3%.1 Regionalmente a situação é ainda mais preocupante. Alguns biomas tiveram reduções muito maiores, especialmente a Mata Atlântica, uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo, da qual hoje resta menos de 13%, e em estado altamente fragmentário, o que acentua sua fragilidade.10 Segundo dados da FAO anunciados em março de 2010, nos últimos anos o Brasil vinha apresentando uma nítida tendência de redução na taxa anual de perdas, e reduziu a área líquida desmatada em 20 anos. No entanto, continua líder mundial, seguido pela Indonésia e a Austrália,11 12 e em 2013 o ritmo da devastação voltou a crescer.13

Desde os anos 70 o desmatamento vem ganhando crescente evidência nas mídias e vem sido combatido por crescente número de personalidades insignes, entre as quais se contam cientistas, artistas, filósofos, juristas e educadores de mérito amplamente reconhecido, desencadeando uma vasta polêmica pública que nos últimos anos se exacerbou de maneira intensa.14 15 O declínio no ritmo das perdas na última década tem sido saudado no país e no mundo como altamente positivo, em toda parte se multiplicam as pesquisas científicas e as iniciativas independentes para um desenvolvimento ecologicamente seguro,16 15 o governo tem investido muitos recursos no setor e tem grandes planos para o futuro,17 3 mas isso tem sido considerado muito pouco para assegurar uma mudança definitiva em direção à sustentabilidade, e o governo em sido duramente criticado por desencadear retrocessos graves em vários níveis que anulam os ganhos.18 1 19 15

O desmatamento não é um impacto ambiental isolado. Ele está intimamente ligado a outros danos ecossistêmicos, como a poluição, a invasão de espécies exóticas e o aquecimento global, reage com eles e essa integração os reforça mutuamente, gerando efeitos negativos maiores do que a simples soma de seus componentes, efeitos que são muitas vezes irreversíveis.5 O problema é grave no Brasil, tem raízes culturais antigas e profundas e muitas ramificações, produz sérios prejuízos ecológicos, sociais, econômicos e culturais, e não parece estar perto de uma solução definitiva, enfrentando maciça pressão de setores conservadores e do agronegócio.1 8 20 15 21 22 Os especialistas que o estudam afirmam que são necessárias medidas muito mais enérgicas de combate, que levem em consideração os dados científicos antes do que os interesses políticos e econômicos, e que incluam uma educação da sociedade em larga escala, pois grande parte do problema deriva da escassa informação do público em geral, especialmente das populações mais pobres, sobre a decisiva influência de seus hábitos e formas de pensamento na degradação das florestas e de todo o meio ambiente.1 15 5

Índice [esconder]

1 Síntese histórica

1.1 Panorama recente

2 Causas e interações

3 Impactos

4 Monitoramento

5 Perspectivas

6 O desmatamento nos diferentes biomas

6.1 Amazônia

6.2 Cerrado

6.3 Mata Atlântica

6.4 Caatinga

6.5 Pampa

6.6 Pantanal

7 Referências

8 Ver também

9 Ligações externas

Síntese histórica[editar | editar código-fonte]

Derrubada do pau-brasil com a ajuda de índios no século XVI.

Colonos italianos no Rio Grande do Sul no final do século XIX transportando toras de araucária. Ao fundo, a mata já devastada

Há indícios de que o homem vem provocando o desmatamento desde que chegou ao atual território do Brasil, há milhares de anos, mas é difícil estimar o ritmo e a extensão do processo naqueles tempos remotos. As evidências correspondentes a algumas regiões amazônicas indicam que áreas extensas sofreram clareamento, que depois foi revertido por recuperações espontâneas da mata, quando as terras foram abandonadas. Isso parece ter acontecido em ciclos repetidos. Modificações importantes na composição e cobertura florestal de muitas regiões também ocorreram por virtude de mudanças climáticas, até a relativa estabilização do clima por volta de 4 mil anos atrás.6 7 4 5 23 A partir da chegada dos portugueses, em 1500, iniciou-se um novo ciclo de desmatamento, que até o presente não cessou. Um dos primeiros recursos naturais do país que eles exploraram foi o pau-brasil, árvore cuja madeira produz um corante vermelho muito apreciado naquele tempo. Abundava no litoral, mas a sua procura foi tão intensa que a espécie quase foi extinta.8 1

No entanto, segundo estudo de Shawn William Miller, o sistema português de exploração madeireira nos séculos seguintes se revelou muito ineficiente,

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