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Economia Pib

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Por:   •  11/3/2015  •  2.028 Palavras (9 Páginas)  •  476 Visualizações

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Óticas de medida do PIB

Afinal, como medir o PIB? Bem, primeiramente ao julgar se uma economia vai bem ou mal, mede-se a renda total obtida por todos os membros desta economia. Esta é a função do PIB. O PIB mede duas coisas ao mesmo tempo: a renda total de todas as pessoas da economia e a despesa total com os bens e serviços produzidos na economia, uma vez que a renda total e a despesa total têm na verdade o mesmo valor. Lembrando do fluxo circular da renda visto na aula 2, para a economia como um todo, a renda deve ser igual à despesa, uma vez que as famílias e as empresas transacionam bens, serviços e matérias-primas entre si.

A partir das transações comerciais ocorridas no mercado em um período de tempo, temos através das notas fiscais os valores das transações comerciais da economia. Outra maneira de se medir o que se ganhou e o que se gastou é através das declarações de imposto de renda de pessoas físicas (indivíduos ou famílias) e de pessoas jurídicas (fábricas, empresas, clínicas).

Assim temos duas das definições das óticas de medida do PIB: a ótica da renda e a ótica do consumo. A terceira é a ótica do produto, a qual calcula quanto se agregou de valor aos bens e serviços finais em todos os processos produtivos ocorridos no país durante o ano.

Esta relação de medida é chamada a identidade das contas nacionais e pode ser apresentada da seguinte forma:

Identidade das contas nacionais

Renda = Consumo = Produto

Esta identidade é lida da seguinte forma: em uma economia tudo o que se produz se consome e este valor revela a renda das empresas e das famílias.

A dupla contagem

O PIB inclui apenas o valor dos bens finais. A razão é que o valor dos bens intermediários já está incluído no preço dos bens finais. Por exemplo, se uma fábrica produz papel que a outra usará para fazer um cartão, o papel é chamado de bem intermediário, e o cartão é o bem final. A razão do PIB incluir apenas o valor dos bens finais é que o valor dos bens intermediários já está incluído no preço dos bens finais. Se somarmos o valor de mercado do papel ao valor de mercado do cartão estaremos fazendo a dupla contagem, ou seja, estaremos contando duas vezes o papel, de forma incorreta.

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O que se considera na medida do PIB

É importante considerarmos o produto interno bruto ou PIB de uma economia como o ponto de partida da macroeconomia devido ao seu significado.

O PIB de um país representa o valor agregado de todos os bens e serviços produzidos na economia em um período de tempo, normalmente um ano.

O PIB inclui tanto os bens tangíveis, como alimentos, roupas, carros, eletrodomésticos, utensílios, assim como os serviços intangíveis, como um corte de cabelo, uma faxina, uma consulta médica. Mas estes bens e serviços não são medidos em quantidades produzidas e sim no valor em moeda corrente do país. Desta forma é possível que se meça quanto se criou de valor na economia no período de um ano, somando-se o valor das consultas médicas, dos cursos educacionais, dos eletrodomésticos, das roupas, e de todos os bens e serviços produzidos.

Na teoria econômica denominamos contas nacionais o segmento responsável pela medida do produto da economia. A metodologia para o seu resultado foi desenvolvida pela

Organização das Nações Unidas (ONU) e é utilizada em todos os países do mundo de maneira igual. Assim, a comparação do resultado obtido pode ser feita ano a ano para uma economia, o que mede a porcentagem de crescimento da capacidade do país gerar valor e riqueza. Ou ainda a comparação pode ser feita considerando-se os PIBs de vários países, comparando-se o padrão de criação de valor e riqueza das economias do mundo. Esta é uma análise quantitativa.

O PIB comparado entre os anos é o indicador da economia que revela quanto o uso dos recursos produtivos gera de valor na transformação das matérias primas em mercadorias. Este é o chamado valor agregado da economia e pode ser observado na comercialização das mercadorias, seja no mercado interno do país ou nas transações comerciais internacionais (exportações). Portanto o valor do PIB revela quanto aquela economia produziu de renda e riqueza no ano.

A outra utilidade do PIB é permitir a análise qualitativa. Quando se calcula a divisão do PIB pelo número de pessoas na economia tem-se o resultado do PIB per capita, o que nos indica qual é a proporção de riqueza gerada correspondente a cada habitante do país.

A metodologia utilizada para se chegar ao PIB de uma economia nos permite observar também quanto cada setor da economia gerou valor através da sua produção, ou seja, qual foi a parcela de contribuição de cada setor da economia no valor agregado e no aumento da riqueza do país. Os setores são considerados o agrícola, o industrial e o de serviços.

No Brasil o responsável pela publicação do resultado oficial do PIB é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desenvolvimento do seu cálculo considera os valores declarados na Receita Federal das transações de compras e vendas entre as famílias, as empresas e o governo. O resultado obtido pela equipe do IBGE aponta aos governantes números que são utilizados no planejamento da política econômica futura do país, visando-se a melhoria do uso dos recursos produtivos para resultados mais efetivos do valor criado através da produção.

Uma observação importante a ser feita é sobre as transações comerciais no mercado informal. Por motivo de não se declarar os valores destas transações, não há como se obter os números oficiais da produção e do comércio dos bens e serviços feitos na informalidade. Então o cálculo do PIB considera apenas o lado formal da economia, ou seja, considera o que se declarou de resultado do processo produtivo e sua comercialização.

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A teoria macroeconômica

A evolução da ciência econômica teve definidas a microeconomia e a macroeconomia (ou teoria microeconômica e teoria macroeconômica) entre as guerras mundiais. Nesta época se observou na teoria econômica que a contribuição de Alfred Marshall através da teoria marginalista considerava as unidades de produção e as unidades de consumo individualmente. Mas foi pela publicação da obra de John Maynard Keynes,

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