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Fatos Administrativos

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Por:   •  13/6/2014  •  1.379 Palavras (6 Páginas)  •  344 Visualizações

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1.0 INTRODUÇÃO

Apesar da vasta literatura referente empresas como organizações sociais, observa-se que a conceituação dos dois termos tem sido

apresentada de forma confusa e algumas vezes até contraditória. A partir da

pesquisa bibliográfica sobre o conceito de responsabilidade social corporativa e

de cidadania empresarial, este artigo busca identificar semelhanças e

divergências nas diferentes abordagens do tema, de forma a contribuir para o

seu tratamento teórico e aplicação prática.

1.1 Evolução do Conceito Responsabilidade Social Corporativa

Pela perspectiva dos direitos da propriedade, argumenta-se que

a direção corporativa, como agente dos acionistas, não tem o direito de fazer

nada que não atenda ao objetivo de maximização dos lucros, mantidos os limites

da lei. Agir diferente é uma violação das obrigações morais, legais e institucionais

da direção da corporação. Por outro lado, o ponto central do argumento da

perspectiva pela função institucional está em que outras instituições, tais como

governo, igrejas, sindicatos e organizações sem fins lucrativos, existem para

atuar sobre as funções necessárias ao cumprimento da responsabilidade social

corporativa.

Gestores de grandes corporações não têm a competência técnica, o

tempo ou mandato para tais atividades, as quais constituem uma tarifa sobre o

lucro dos acionistas, nem foram eleitos democraticamente para tal, como o são

os políticos.

Quanto aos argumentos a favor da responsabilidade social corporativa, eles

partem, principalmente, da área acadêmica conhecida como Business and

Societyii, destacando-se, nos últimos dez anos, os trabalhos de Carroll (1979,

1991, 1994), Donaldson e Dunfee (1994), Frederick (1994,1998) e Wood (1991).

Jones (1996) faz uma abordagem crítica ao conceito de responsabilidade social

corporativa, concluindo que o conceito e discurso da responsabilidade social

corporativa carecem de coerência teórica, validade empírica e viabilidade

normativa, mas que oferecem implicações para o poder e conhecimento dos

agentes sociais. Considera que os argumentos a favor se enquadram em duas

linhas básicas, as quais ele classifica como linhas ética e instrumental.

Os argumentos éticos derivam dos princípios religiosos e das normas sociais

prevalecentes, considerando que as empresas e pessoas que nelas trabalham

deveriam ser conduzidas a se comportar de maneira socialmente responsável,

por ser a ação moralmente correta, mesmo que envolva despesas improdutivas

para a empresa.

Os argumentos, a favor, na linha instrumental consideram que há uma relação

positiva entre o comportamento socialmente responsável e a performance

econômica da empresa. Justifica-se esta relação por uma ação proativa da

empresa que busca oportunidades geradas por:

• Uma consciência maior sobre as questões culturais, ambientais e de

gênero;

• Uma antecipação e evitação de regulações restritivas à ação empresarial

pelo governo;

• E uma diferenciação de seus produtos diante de seus competidores menos

responsáveis socialmente.

O conceito de responsabilidade social corporativa vem amadurecendo quanto à

capacidade de sua operacionalização e mensuração, subdividindo-se em

vertentes de conhecimento. Entre essas vertentes estão: responsabilidade social

corporativa, responsividade social corporativa, rectitude social corporativa,

performance social corporativa, performance social dos stakeholders, auditoria

social e inovação social.

1.2 ANALISE COMPARATIVA DOS CONCEITOS DE RESPONSABILIDADE

SOCIAL CORPORATIVA E CIDADANIA EMPRESARIAL

Observamos inicialmente que, a literatura sobre responsabilidade social

corporativa vem considerando a corporação vista como centro de referência para

a reflexão sobre o tema. Frederick (1998) questiona tal centramento,

comparando-o ao período pré-Copernicano, em que há a visão da sociedade

girando em torno da corporação, apontando a necessidade de um paradigma de

referência cósmica para tudo que acontece em nossa existência.

Na linha de descentramento da corporação é significativo o papel do trabalho de

Kang (1995), o qual aponta uma vertente predominante da literatura acadêmica

e não-acadêmica que considera a responsabilidade social corporativa uma

atividade pós-lucro, ou seja, um foco na necessidade da corporação de realizar lucros para sobreviver e tornando, assim, a responsabilidade social corporativa

uma ação instrumental.

Kang (1995) propõe a discussão

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