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Funcionariode Restauração

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Por:   •  16/1/2013  •  1.003 Palavras (5 Páginas)  •  374 Visualizações

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Ricardo Reis

 Características temáticas

 Epicurismo - procura do viver do prazer;

 Estoicismo - crença de que o Homem é insensível a todos os males físicos e morais;

 Horacionismo - seguidor literário de Horácio;

 Paganismo - crença em vários deuses;

 Neoclacissismo - devido à educação clássica e estudos sobre Roma e grécia antigas;

 Características estilísticas

 Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita corresponde uma expressão perfeita;

 Forma métrica: ode;

 Estrofes regulares em verso decassílabo alternadas ou não com hexassílabo;

 Verso branco;

 Recurso frequente à assonância, à rima interior e à aliteração;

 Predomínio da subordinação;

 Uso frequente do hipérbato;

 Uso frequente do gerúndio e do imperativo;

 Uso de latinismos ( atro, ínfero, insciente,...);

 Metáforas, ufemismos, comparações;

 Estilo construído com muito rigor e muito denso;

O poema pode dividir-se em três partes lógicas:

• 1ª.: Desejo epicurista de fruir o momento presente (1ª. e 2ª. estrofes):

Mais do que da emoção de contemplar a natureza (fitemos), a atitude amorosa resulta da interpretação dela como símbolo de fugacidade, interpretação que a razão comanda (aprendamos, pensemos) na constante obsessão do nada que, se por um lado determina no poeta um desejo de fruir o presente e de aproveitar o fugaz momento, único bem que nos é dado possuir, por outro lado reveste o amor de uma gélida frieza, pelo calculado e pensado sentido que retira toda a espontaneidade ao mais simples gesto de ternura;

• 2ª.: Renúncia ao próprio gozo desse fugaz momento que é a vida (3ª. a 6ª. estrofes):

É nítido o afrouxar do impulso amoroso, a tal ponto que, do gozo do momento presente, mais não fica que uma contida emoção que aos poucos se anula para terminar numa atitude de quase indiferença e de irremediável incomunicabilidade (sentados ao pé um do outro). E mais uma vez essa recusa é símbolo mais amplo de um desencantado viver que nega qualquer paixão mais forte e todo o esforço que se sabe impotente para alterar a força do destino cruel, numa passividade à margem da vida, quase fora dela;

• 3ª.: Explicação dessa renúncia como única forma de anular o sofrimento causado pela antevisão da morte (7ª. e 8ª. estrofes):

Esse ideal de ataraxia que Reis bebeu em Epicuro (e que não contém outro prazer além da ausência de dor) é o remédio ilusório para a obsessão da morte que, no final do poema, ele antevê e disfarça em eufemísticas perífrases clássicas, mas que soa ininterruptamente em Reis como um dobre a finados. E é exactamente para superar a morte, ou superar-lhe pelo menos o cortejo de sofrimento e a saudade que a acompanha, que ele opta por essa vivência atrás definida, que nada deixe que se lamente ou se deseje. E dizemos remédio ilusório porque essa superação nos aparece, apesar de tudo, tingidla de mal disfarçado sofrimento, que sentimos no adjectivo sombrio, hipálage que, mais do que o aspecto do barqueiro, nos sugere o estado de espírito daquele que espera pela morte, o próprio poeta.

O rio, que sugere passagem, efemeridade e/ou morte e aparece já na filosofia de Heráclito.

O "barqueiro sombrio", Caronte, que, na mitologia grega, transportava as almas dos mortos que tinham sido incinerados ou enterrados através dos rios infernais (o Estige ou o Aqueronte), mediante um óbolo (pequena moeda grega), que a família do defunto Ihe colocava na boca para pagar a passagem.

O Fado e os deuses pagãos.

O enlaçar/desenlaçar das mãos.

As flores no colo e

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