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GESTÃO E ORÇAMENTO EMPRESARIAL

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Por:   •  23/2/2015  •  3.904 Palavras (16 Páginas)  •  336 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO 4

2 CONCEITO DE ORÇAMENTO 5

2.1 Orçamento Geral 5

2.2 Orçamento Flexível 5

3 PONTOS POSITIVOS DO ORÇAMENTO PARA A GESTÃO 5

3.1 As questões tributárias para o orçamento 6

3.2 Isenção e imunidade tributária 6

4 BALANÇO PATRIMONIAL 6

5 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 10

6 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 11

7 A COMPARAÇÃO DO ORÇADO COM O REALIZADO COM A UTILIZAÇÃO DOS MÉTODOS QUANTITATIVOS 14

CONCLUSÃO 16

REFERÊNCIAS 17

INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta uma análise do orçamento empresarial como um elemento fundamental no processo de gestão. Evidenciando de forma ampla os principais conceitos, características e tipos de orçamento para conhecimento geral do processo. Aborda o impacto dos principais orçamentos na tomada de decisão do empresário. Para uma implantação bem sucedida é necessária a organização dos dados e parametrizações para que o orçado seja alcançado. Isto porque é uma ferramenta importante para a tomada de decisão.

Neste trabalho serão relatados os tópicos importantes sobre a Gestão e Orçamento empresarial estudados no semestre atual.

CONTABILIDADE COMERCIAL

2 – ORÇAMENTO GERAL

O conceito de orçamento é um projeto em detalhe dos resultados de um programa oficial de operações, com base em uma eficiência razoável. Embora o âmbito de “eficiência razoável” é indeterminado e depende da interpretação da diretiva política, deve-se afirmar que um projeto não deve ser confundido com um orçamento, enquanto não tenha prevista a correção de determinadas situações para obter a economia e redução de custos excessiva.

Os orçamentos são demonstrações financeiras projetadas. Quando bem elaborados têm a finalidade de melhorar o controle das receitas e das despesas. O controle é alcançado pelo fornecimento das provisões orçamentárias e pela medição da eficácia com que os custos são controlados durante certo período, às chefias departamentais. Assim se fornece objetivos de receitas e de despesa às gerências setoriais.

De acordo com a grandeza da empresa, os orçamentos podem ser aplicados em todos os departamentos, como produção, vendas, administração, etc. Porém é necessário que haja certa flexibilidade nos instrumentos de preparação dos orçamentos.

O orçamento flexível identifica como e em que medida cada item de despesa de um departamento é influenciado pelo volume de produção e trabalho realizado nesse departamento; de que modo cada item de despesa deve variar com as alterações de volume, produção ou atividade. São valores de diversas despesas a diferentes volumes e não um volume específico ou fixo. O orçamento flexível expressa a relação entre o custo e o volume, em curto prazo. O seu ponto chave é a flexibilidade na sua técnica, que fornece uma base dinâmica de comparação, que destacam as variações favoráveis e, também, as desfavoráveis. No último caso nada indica que o orçamento seja ineficiente, pois há influências internas e externas, que atuarão de alguma maneira nas variações.

A idéia de Orçamento Flexível ajuda os administradores a explicar por que o orçamento não foi cumprido. As variações são, comumente, segregadas em variações de comercialização, de preços de venda dos produtos, de volume, de desempenho no consumo dos recursos ou de preços de aquisição dos recursos. Na prática, os fatores de eficiência são mais importantes porque estão mais sujeitos a uma influência direta da administração que os preços de materiais e da mão-de-obra.

3 – PONTOS POSITIVOS DO ORÇAMENTO PARA A GESTÃO

Inicialmente, deve-se ter em conta que o orçamento não é um procedimento isolado, feito pelo departamento financeiro. É um conjunto de esforços que tem o objetivo de maximizar os resultados, dentro dos parâmetros da ciência e da lei. Pode-se até mesmo questionar o procedimento e até mesmo a lógica científica de Finanças. Porém, após entender e compreender é fundamental colocar em prática esses conceitos e práticas reconhecidos no mundo inteiro.

No âmbito da tributação, o orçamento empresarial surge como ferramenta poderosa e lícita para redução da carga tributária – o que é evidenciado na escolha cuidadosa da forma de apuração tributária: por lucro real ou presumido. Assim, mediante conhecimento legislativo e estudo cauteloso do quadro empresarial, pode-se amortecer o valor devido de tributos sem incorrer em infração fiscal. Salienta-se a importância de se fazer a escolha certa, pois como a legislação não permite mudança de sistemática no mesmo exercício, a opção por uma das modalidades será definitiva: no caso de decisão equivocada, esta terá efeito por todo o ano.

Imunidade é uma proteção que a Constituição Federal confere aos contribuintes. É uma hipótese de não incidência tributária constitucionalmente qualificada.

As imunidades previstas no artigo 150 da Constituição Federal só existem para impostos, mas não podemos esquecer que existem imunidades espalhadas na Constituição em relação às taxas e contribuições especiais.

A imunidade só atinge a obrigação principal, permanecendo assim as obrigações acessórias.

Para alguns autores, isenção é uma hipótese de não-incidência legalmente qualificada. Para outros, é uma exclusão do crédito tributário, pois embora tenha acontecido o fato gerador do tributo (haja incidência), o ente tributante esta impedido de constituir e cobrar o crédito tributário.

As isenções não são extensíveis às taxas, a contribuições de melhoria e aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão (art. 177, I e II do CTN).

As isenções tributárias podem ser concedidas com prazo certo (isenções transitórias) ou com prazo indeterminado (isenções permanentes). De modo condicionado (bilateral ou onerosa) e incondicionado (isenção unilateral ou gratuita).

Exemplo de isenção com prazo certo de modo condicionado: Os médicos que se instalarem na periferia ficarão isentos de ISS por 5 anos. Se a lei que concede for revogada os que se instalaram terão direito adquirido durante os 5 anos, ou seja, a isenção pode ser revogada, mas a incidência não será imediata.

É indispensável que o orçamento empresarial encare as questões tributárias como assunto de alta relevância, uma vez que uma empresa já se encontra liquidando os impostos relativos a seu faturamento mesmo antes de recebê-lo. A não observação de possíveis irregularidades quanto à situação fiscal da empresa pode levá-la a sofrer sérias conseqüências, como contratempos oriundos de autuações fiscais, ônus financeiros na obtenção de empréstimos e descrédito.

4 – BALANÇO PATRIMONIAL

O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a posição contábil, financeira e econômica de uma entidade (em geral uma empresa) em determinada data, representando uma posição estática (posição ou situação do patrimônio em determinada data). O balanço patrimonial apresenta os Ativos (bens e direitos) e Passivos (exigibilidades e obrigações) e o Patrimônio líquido, que é resultante da diferença entre o total de ativos e passivos. Na Contabilidade e no Direito, a palavra "balanço" decorre do equilíbrio ou da igualdade expresso nas seguintes fórmulas contábeis:

Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido

Aplicações = Origens.

O balanço patrimonial é obrigatório para todos os empresários e sociedades com duas exceções previstas (empresários rurais e microempresas) e sua estrutura é uma conseqüência das partidas dobradas aonde para um ou mais crédito existirá um ou mais débito de mesmo valor. Os "pequenos empresários" são as empresas familiares onde a própria família trabalha nela e não tem empregados contratados, não os se confundindo com os donos de empresa de pequeno porte (EPP).

O balanço patrimonial é constituído pelo ativo, pelo passivo e pelo Patrimônio Líquido.

a) O ativo compreende as aplicações de recursos representadas por bens e direitos;

b) O passivo compreende as origens de recursos representadas por obrigações;

c) O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, ou seja, a diferença a maior do ativo sobre o passivo. Na hipótese do passivo superar o ativo, a diferença denomina-se "Passivo a Descoberto".

As contas do ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de realização, e as contas do passivo são dispostas em ordem crescente dos prazos de exigibilidade, estabelecidos ou esperados, observando-se iguais procedimentos para os grupos e subgrupos.

Os direitos e as obrigações são classificados em grupos do Circulante, desde que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações, estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

Os direitos e as obrigações são classificados, respectivamente, em grupos de Realizável e Exigível a Longo Prazo, desde que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações estabelecidas ou esperados, situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

Na Entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no Circulante ou Longo Prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Os saldos devedores ou credores de todas as contas retificadoras deverão ser apresentados como valores redutores das contas ou grupo de contas que lhes deram origem.

Os valores recebidos como receitas antecipadas por conta de produtos ou serviços a serem concluídos em exercícios futuros, denominados como resultados de exercícios futuros, na legislação, serão demonstrados com a dedução dos valores ativos a eles vinculados, como direitos ou obrigações, dentro do respectivo grupo do ativo ou do passivo.

Os saldos devedores e credores serão demonstrados separadamente, salvo nos casos em que a Entidade tiver direito ou obrigação de compensá-los.

Os elementos da mesma natureza e os pequenos saldos serão agrupados, desde que seja indicada a sua natureza e nunca ultrapassem, no total, um décimo do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de títulos genéricos como "diversas contas" ou "contas-correntes".

As contas que compõem o ativo devem ser agrupadas, segundo sua expressão qualitativa, em:

I – Circulante

O Circulante compõe-se de:

a) Disponível

São os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da Entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata.

b) Créditos

São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os outros direitos.

c) Estoques

São os valores referentes às existências de produtos acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em andamento e outros valores relacionados às atividades-fins da Entidade.

d) Despesas Antecipadas

São as aplicações em gastos que tenham realização no curso do período subseqüente à data do balanço patrimonial.

e) Outros Valores e Bens

São os não relacionados às atividades-fins da Entidade.

II – Realizável a Longo Prazo

São os ativos referidos nos itens I b), c), d), e) anteriores, cujos prazos esperados de realização situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

III – Permanente

São os bens e direitos não destinados à transformação direta e meios de pagamento e cuja perspectiva de permanência na Entidade ultrapasse um exercício. É constituído pelos seguintes subgrupos:

a) Investimentos

São as participações em sociedades além dos bens e direitos que não se destinem à manutenção das atividades-fins da Entidade.

b) Imobilizado

São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das atividades-fins da Entidade.

c) Diferido

São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais um exercício social.

As contas que compõem o passivo devem ser agrupadas, segundo sua expressão qualitativa, em:

I – Circulante

São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

II – Exigível a Longo Prazo

São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos estabelecidos ou esperados, situem-se após o término do exercício subseqüente à data do balanço patrimonial.

As contas que compõem o Patrimônio Líquido devem ser agrupadas, segundo sua expressão qualitativa, em:

I – Capital

São os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de incorporações de reservas de lucros.

II – Reservas

São os valores decorrentes de retenções de lucros, de reavaliação de ativos e de outras circunstâncias.

III – Lucros ou Prejuízos Acumulados

São os lucros retidos ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não compensados, estes apresentados como parcela redutora do Patrimônio Líquido.

5 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Demonstração do resultado do exercício (DRE) é um relatório contábil elaborado em conjunto com o balanço patrimonial, que descreve as operações realizadas pela empresa em um determinado período.

No Brasil a DRE deve ser elaborada obedecendo ao princípio do Regime de Competência. Segundo o Manual de Contabilidade Empresarial “Por este princípio, as receitas e as despesas devem ser incluídas na operação do resultado do período em que ocorreram, sempre simultaneamente quando se correlacionam, independente de recebimento ou pagamento”.

Nota-se, assim, que a DRE é elaborada ao mesmo tempo em que se define o balanço patrimonial e que não é possível conceber este relatório dissociado deste outro instrumento contábil.

A DRE apresenta grande utilidade aos investidores, aos bancos financiadores, ao governo e aos administradores das empresas, que podem avaliar através dela sua capacidade e, quando necessário, modificar a administração da empresa. Quando a DRE retrata a real situação da empresa torna possível uma administração voltada para a eficiência e a competência, e é flexível aos interesses dos usuários de maneira geral.

Seu objetivo é demonstrar a formação do resultado líquido em um exercício através do confronto das receitas, despesas e resultados apurados, gerando informações significativas para tomada de decisão.

Segundo Marion (2003, p. 127) “A DRE é extremamente relevante para avaliar desempenho da empresa e a eficiência dos gestores em obter resultado positivo. O lucro é o objetivo principal das empresas”.

De acordo com Gonçalves (1996, p.315) “A Demonstração do Resultado do Exercício apresenta, de forma resumida, as operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, demonstrada de forma a destacar o resultado líquido do período”.

Para Iudícibus (2004, p.194) “A Demonstração do Resultado do Exercício é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período. É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo)”.

Conforme legislação brasileira (Lei nº 6.404, de15 de dezembro de 1976, Lei das Sociedades por Ações) as empresas deverão discriminar na Demonstração do Resultado do Exercício: A receita bruta das vendas e serviços, as devoluções das vendas, os abatimentos e os impostos; a receita líquida das vendas e serviços; o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; o resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a provisão para tal imposto; as participações, empregados, administradores e partes beneficiarias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; o lucro ou prejuízo liquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

A DRE assim como outras demonstrações contábeis é um procedimento de suma importância para avaliar a saúde financeira da empresa. Por ser um relatório relativamente detalhado a DRE fornece aos administradores importantes elementos que são fundamentais para tomada de decisão. Sem as informações fornecidas pela DRE o administrador não será capaz de avaliar a verdadeira realidade da empresa.

6 – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

A demonstração de fluxos de caixa é uma das demonstrações financeiras exigidas pelas normas internacionais de contabilidade, nomeadamente pela IAS 1, e cujas características e conteúdo são definidas pela IAS 7. Segundo esta última, a demonstração de fluxos de caixa deve relatar os movimentos de caixa durante o período, classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento, de forma a proporcionar informação que permita aos utentes das demonstrações financeiras determinar o impacto dessas atividades na posição financeira da empresa e nas quantias de caixa e seus equivalentes.

A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela contabilidade para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).

Esta obrigatoriedade vigora desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, e desta forma torna-se mais um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais.

A Deliberação CVM 547/2008 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03, que trata da Demonstração do Fluxo de Caixa.

De forma condensada, esta demonstração indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa em determinado período e, ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro. Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e também está contida no balanço patrimonial.

A Demonstração do Fluxo de Caixa irá indicar quais foram às saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo.

Os benefícios de uma demonstração de fluxos de caixa prendem-se com o fato de, quando usada juntamente com as restantes demonstrações financeiras, proporcionar informação que facilita aos seus utentes a avaliação das alterações nos ativos líquidos de uma determinada entidade, a sua estrutura financeira e a capacidade de afetar as quantias e a tempestividade dos fluxos de caixa. Por outro lado, a informação sobre os fluxos de caixa é útil na determinação da capacidade da empresa de gerar dinheiro e seus equivalentes e facilitar o desenvolvimento de modelos para determinar e comparar o valor presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes entidades.

Essa demonstração tem a característica de evidenciar as transações que efetivamente movimentam o caixa. O que poderia ser uma característica controvertida. O registro de movimentações de caixa é muito dinâmico; a demonstração de fluxo de caixa, tal quais as demais demonstrações, é estática, ou seja, reflete um determinado momento ou, mais propriamente dizendo, um determinado saldo disponível e reportado.

As informações sobre os fluxos de caixa de uma empresa são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações financeiras uma base para avaliar a capacidade da empresa em gerar caixa e valores equivalentes ao caixa e às necessidades da empresa para utilizar esses fluxos.

A demonstração de fluxo de caixa propicia aos analistas financeiros uma fonte segura para melhor elaborar seus planejamentos financeiros, como também serve a outros usuários a forma com que a empresa gerou o caixa, ou até mesmo como utilizou os recursos e valores equivalentes ao caixa.

A empresa quando utiliza essa demonstração com as demais, supre de forma completa os usuários e, principalmente, os habilitam à avaliação nas mudanças de ativos líquidos de uma empresa e sua estrutura financeira, que podem ser exemplificadas nas questões de liquidez e solvência. E não obstante a esse fato, ainda temos a melhora significativa no conhecimento dos prazos inerentes aos fluxos de caixa, proporcionando adaptação às circunstâncias e às oportunidades.

Projeção visando a antecipar sobras de caixa (para aplicar) ou falta de caixa (para financiá-la), por exemplo, com bancos, também é mostrar as aplicações de recursos efetuadas pela empresa no período e quais as fontes de financiamento utilizadas. Sob o ponto de vista analítico, evidenciará o grau de eficiência da administração dos recursos da empresa.

Se há aplicações demasiadas em ativos não-operacionais e como a empresa está conseguindo recursos para essas aplicações. Se seus endividamentos são renováveis e se estão crescendo em face de novos investimentos ou em função de valorizações monetárias. Quais as alternativas que a empresa utilizou para solucionar ou agravar o problema financeiro.

Se uma mudança na política de estocagem ou de crédito teve resultados favoráveis ou desfavoráveis, como também se um determinado ganho de margem de lucro foi realmente benéfico, tendo-se em vista o volume investido em giro. Dessa forma, conseguiremos examinar as habilidades da empresa em gerar lucros futuros para liquidar empréstimo por meio do fechamento tranqüilo e contínuo do ciclo de operações da empresa.

À medida que o balanço patrimonial é composto de ativos e passivos, estes representam aplicações, que são uso/origens, fontes/recursos.

Os termos que são utilizados nessa demonstração têm o seguinte significado:

• Caixa: compreende numerário em mão e depósito bancário disponível;

• Equivalente à caixa: são investimentos a curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em valores conhecidos de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor;

• Fluxos de caixa: são entradas e saídas de caixa e equivalentes ao caixa;

• Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da empresa e outras atividades diferentes das de investimento e financeiras;

• Atividades de investimento: são as aquisições e venda de ativos de longo prazo e outros investimentos não inclusos nos equivalentes ao caixa;

• Atividades de financiamento: são atividades que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital e empréstimo a pagar da empresa.

Definir o fluxo de caixa parece ser uma tarefa razoavelmente fácil, contudo a indústria financeira e os profissionais de contabilidade têm desenvolvido numerosos métodos para descrever o procedimento.

Suas definições sobre o que constitui o fluxo de caixa variam amplamente, dependendo da técnica que é utilizada e em qual empresa foi adotado, haverá variações enormes. Antes que o analista financeiro comece a executar sua função, o procedimento de fluxo deverá ser meticulosamente definido em relação à técnica a ser utilizada.

Nenhuma medida exata de fluxo de caixa pode ser efetuada de tal forma que satisfaça toda a necessidade da análise financeira do usuário.

Especialistas em Ciências Contábeis e Finanças têm tentado fazer isso por anos, mas o problema analítico básico é que os elementos do fluxo de caixa estão envolvidos em todos os aspectos da performance operacional da empresa.

O que ocorre também é que por mais experiente que seja um analista financeiro, ele poderá ser confundido por analisar uma demonstração financeira sem conhecer efetivamente o negócio da empresa. Pois as receitas de vendas de uma empresa podem ser aumentadas a uma taxa alta e conduzidas a um crescimento dos níveis de lucros reportados, e esse analista pode ser induzido pelos números a assumir que sejam igualmente convertidos em altos níveis de fluxo de caixa líquido, e isso não é necessariamente o que ocorre.

7– A COMPARAÇÃO DO ORÇADO COM O REALIZADO COM A UTILIZAÇÃO DOS MÉTODOS QUANTITATIVOS

Apesar de inúmeras técnicas disponíveis para o controle de custos, despesas e receitas, em termos de eficiência no controle administrativo, o orçamento é o melhor instrumento porque, segundo Passarelli e Bomfim (2003a, p. 216), “provê o mais detalhado e completo instrumento de controle até hoje disponível”

As variações controláveis do orçamento devem ser separadas das variações não controláveis, para que se possa apurar responsabilidades quando da avaliação de desempenho individual do gestor e, também, para que se possa evidenciar quais áreas da empresa necessitam ser estudadas, para se corrigir ou compensar essas variações.

A partir dos custos orçados e realizados é possível o acompanhamento da evolução da participação dos diferentes itens de custos no conjunto das atividades empresariais, a ordenação e a definição de estratégias específicas para a administração dos principais grupos, o nível estimado do resultado econômico obtido através dos métodos quantitativos. A utilização de métodos quantitativos, conforme Iudícibus (1988, p.17), quando bem estruturado, pode provocar vantagens e gerar benefícios no sistema de informações contábil da empresa. Estes, afinal, auxiliam na monitoração do item de custo denominado variável dependente e o item de atividade, custo ou demanda que explicaria a mudança desta variável e é denominado de variável independente.

CONCLUSÃO

Pode-se dizer que o orçamento sozinho não é suficiente para fazer a empresa atingir seus objetivos, mas quando acompanhado de controle, avaliação permanente e distribuição de responsabilidades com os gerentes executores, convencendo-os de que o orçamento está ali para os auxiliar, identificando e corrigindo distorções eventuais, torna-se ferramenta indispensável para se atingir as metas e os objetivos empresariais.

Portanto, observa-se que há uma maior utilização dos instrumentos contábeis gerenciais pelas empresas com maior número de empregados, principalmente no que diz respeito ao Sistema Orçamentário e ao Fluxo de Caixa. A menor freqüência de utilização desses instrumentos pelas empresas com menor número de funcionários pode ser motivada em razão de, muitas vezes, serem constituídas de empresas familiares, com baixo nível de profissionalização na administração.

Conclui-se que as quase totalidades das empresas utilizam a Contabilidade de Custos e boa parte o Orçamento de Produção. Observa-se a preocupação das empresas com os custos e com a programação da produção, o que é fundamental no ambiente competitivo em que estão inseridas. Destaque-se, também, a importância do Fluxo de Caixa no auxílio à gestão financeira da empresa, haja vista às elevadas taxas de juros de captação de recursos financeiros no País.

REFERÊNCIAS

FILHO, Alcides José da Costa; PROENÇA, Fábio Rogério. Estrutura das demonstrações contábeis. Ed.2013.

BAZOLI, Thiago Nunes; SANTOS, Joenice Leandro Diniz dos. Administração financeira e orçamentária. Ed. 2013.

MARION, José Carlos, Contabilidade Empresarial. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.

GONÇALVES, Eugênio Celso; BAPTISTA, Antônio Eustáquio, Escrituração. In_ Contabilidade Geral. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 1996.

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos, Contabilidade Comercial. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.

http://www.fijo.org.br/publicacoes/Iciclo_itinerante/Gestao_Contabil_Fiscal.pdf

http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/demonstracao-do-resultado-do-exercicio/31134/

http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ademonstracaodosfluxos.htm

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