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Gasometria

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Por:   •  22/9/2014  •  Tese  •  1.867 Palavras (8 Páginas)  •  391 Visualizações

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GASOMETRIA

A avaliação do estado ácido-básico do sangue é feita na grande maioria dos doentes que são atendidos em UTI, qualquer que seja a doença de base; essa avaliação é fundamental, pois, além dos desvios do equilíbrio ácido-base (EAB) propriamente dito, pode fornecer dados sobre a função respiratória e sobre as condições de perfusão tecidual.

O diagnóstico das alterações do EAB é feito pela análise dos valores obtidos pela gasometria sangüínea.

Definição: A gasometria consiste na leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue. A leitura é obtida pela comparação desses parâmetros na amostra com os padrões internos do gasômetro.

Escolha da amostra: Essa amostra pode ser de sangue arterial ou venoso, porém é importante saber qual a natureza da amostra para uma interpretação correta dos resultados.

1. Para avaliação da performance pulmonar, deve ser sempre obtido sangue arterial, pois esta amostra informará a respeito da hematose e permitirá o cálculo do conteúdo de oxigênio que está sendo oferecido aos tecidos.

2. No entanto, se o objetivo for avaliar apenas a parte metabólica, isso pode ser feito através de uma gasometria venosa.

Como é realizado o exame: O exame é realizado por meio da coleta de uma amostra de sangue de uma artéria ou veia. Utilizando uma agulha pequena, a amostra pode ser coletada da artéria radial no punho, da artéria femoral na virilha ou da artéria braquial no braço.

Artéria Radial

Como se preparar para o exame: Não é necessária nenhuma preparação especial. Se a pessoa que vai se submeter ao exame estiver recebendo oxigênio, a concentração deste deve permanecer constante durante 20 minutos antes da realização do procedimento. Se o exame for realizado

sem

a administração de oxigênio, este deve ser desligado 20 minutos antes da coleta da amostra a fim de que se possa garantir resultados precisos para o exame.

É realizado a “Prova de Allen”.

1. Objetivo: Verificar a permeabilidade do arco palmar e seu enchimento pela artéria ulnar.

2. Método: Compressão das artérias radial e ulnar junto ao punho, orientando-se o paciente para abrir e fechar a mão cinco vezes, em média, observando-se a mudança de sua coloração, para palidez.

Material: seringa heparinizada 3 a 5 ml; agulha hipodérmica de pequeno calibre (22 a 25g); anti-séptico local.

Técnica:

1. Palpação e localização do pulso radial junto ao punho e próximo ao processo estilóide do radio;

2. Antisepsia do local;

3. Introduzir o bisel voltado para cima, num ângulo de 60 a 90° em relação à artéria radial, aprofundando a agulha até que haja fluxo fácil de sangue na seringa;

4. Compressão do local por 5 a 10minutos.

O que se sente durante o exame: Uma agulha será introduzida na artéria através da pele. Pode haver uma ligeira cãibra ou latejamento no local da punção.

Parâmetros e valores normais

* Gasometria Arterial: retirado do sangue arterial (portanto rico em O2); exame indicado aos portadores de doenças pulmonares e cardiológicas, auxilia no diagnóstico de acidoses e alcaloses metabólicas e sistêmicas, tendo indicação aos pacientes com problemas crônicos e agudos respiratórios, pacientes com problemas crônicos e agudos cardiológicos e também aos pacientes nefropatas (doentes renais).

Parâmetros Valor de referência

pH 7,35 a 7,45

PaCO2 35 a 45 mmHg

PaO2 80 a 100 mmHg

HCO3 21 a 28 mEq/L

BE -2 a + 2 mEq/L

SaO2 (saturação de oxigênio) 95 a 100%

1. pH : Alteração sugere desequilíbrio no sistema respiratório ou metabólico.Um pH normal não indica necessariamente a ausência de um distúrbio ácido-básico, dependendo do grau de compensação. O desequilíbrio ácido-básico é atribuído a distúrbios ou do sistema respiratório (PaCO2) ou metabólico.

2. PaO2: Pressão parcial de oxigênio no sangue; exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares pulmonares.

3. PaCO2: A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar. Se a PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está hiperventilando, e se o pH estiver maior que 7,45, ele está em Alcalose Respiratória. Se a PCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está hipoventilando, e se o pH estiver menor que 7,35, ele está em Acidose Respiratória.

1. HCO3: Quantidade de bicarbonato encontrado no sangue arterial. As alterações na concentração de bicarbonato no plasma podem desencadear desequilíbrios ácido-básicos por distúrbios metabólicos. Se o HCO3 estiver maior que 28 mEq/L com desvio do pH > 7,45, o paciente está em Alcalose Metabólica. Se o HCO3 estiver menor que 22 mEq/L com desvio do pH < 7,35, o paciente está em Acidose Metabólica.

2. BE (Base excess): Sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas no plasma sanguíneo.

3. SaO2 (%): Conteúdo de oxigênio / Capacidade de oxigênio; corresponde à relação entre o conteúdo de oxigênio e a capacidade de oxigênio, expressa em percentual.

Alterações gasométricas

Acidose Respiratória Alcalose Respiratória Acidose Metabólica Alcalose Metabólica Acidose Mista Alcalose Mista

↓ pH ↑ pH ↓ pH ↑ pH ↓ pH ↑ pH

Retenção de CO2 ↓ de CO2 Bicarbonato (HCO3) baixo Excesso de Bicarbonato ↑ PaCO2 ↓ PaCO2

Hipoventilação Pulmonar Hiperventilação Pulmonar Reserva de bases diminuída Reservas de base aumentada ↓ HCO3 ↑ HCO3

Estímulo do centro respiratório Freqüência respiratória elevada - - - -

Exemplos: obstrução das VA; atelectasia; pneumonia; VM inadequada; SARA; fibrose Exemplos: dor; hipoxemia; VM inadequada; ansiedade; lesão SNC Exemplos: administração excessiva de

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