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Por:   •  10/10/2013  •  2.518 Palavras (11 Páginas)  •  299 Visualizações

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AVALIAÇÃO IDEB EM BUSCA DE RESULTADOS

Nas duas últimas décadas a avaliação tornou-se um tema em destaque no cenário da educação brasileira revelando-se um importante instrumento para a melhoria da qualidade da educação.Com isso, a avaliação tem o papel de orientar o aluno a tomar consciência de seus conhecimentos, terem posicionamento crítico e saber se está avançando na superação das dificuldades para continuar progredindo no processo de ensino aprendizagem.

Nesse contexto o ato de ensinar e de aprender está relacionado a realizações de mudanças e aquisições de conhecimento, tanto motores, cognitivos, quanto afetivos e sociais. Com base nesses preceitos, a avaliação, ou seja, o ato de avaliar consiste em verificar se os mesmos estão sendo realmente alcançados no nível exigido pelo professor servindo de suporte para que o aluno avance na aprendizagem e na construção do saber. Pois segundo Freitas (1995) “A avaliação não se restringe a instrumentos de medição, mas acaba sendo configurado como instrumento de controle disciplinar, de aferição de atitudes e valores dos alunos” (P.63).

O INEP Instituto Nacional de Educação e Pesquisa tem fornecido elementos para orientar as políticas na área educacional favorecendo a promoção de uma educação de qualidade para todos estimulando a busca de resultados efetivos na escola.

Hoje a educação de modo geral, principalmente nas escolas públicas tem uma grande preocupação com os resultados das avaliações externas dos educandos, e por esta razão nos últimos anos o Governo Federal tem destinado para as Secretarias de Educação, mais recursos tentando assim aproximar o máximo possível os resultados do IDEB com a média mundial.

Em razão disso, esse tipo de avaliação externa como Prova Brasil que vem sendo aplicada nas escolas, veio acompanhada com um objetivo de assegurar um processo avaliativo mais transparente, uma vez que, esse instrumento oportuniza evidenciar a real aprendizagem dos alunos de 2º, 5º e 9º ano matriculados nas escolas públicas brasileiras, subsidiando, desta forma o olhar avaliativo em relação à aprendizagem, com o intuito de melhorar cada vez mais os resultados da educação no Brasil.

Uma política pública que trabalha com metas deve levar em consideração a situação social e econômica da sociedade para estipular resultados de acordo com a realidade e com as possibilidades concretas de enfrentamento dos problemas e superação das dificuldades. Assim, é importante que a avaliação dos índices de desenvolvimento seja feita com muita cautela, com um olhar crítico sobre a sociedade e com os fundamentos teóricos e práticos que auxiliem na formação completa do cidadão.

O IDEB representa a iniciativa pioneira reunindo num só indicador dois conceitos importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médio de desempenho nas avaliações. É calculado a partir dos dados de aprovação escolar, no Censo Escolar e médias de desempenho nas avaliações do Inep, SAEB, e Prova Brasil,Foi estabelecido como meta, para o Brasil 2022 o IDEB de 6,0, média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos.

O IDEB amplia as possibilidades de mobilização da sociedade em favor da educação, uma vez que o índice é comparável nacionalmente e expressa em valores os resultados mais importantes da educação: aprendizagem e fluxo. A combinação de ambos tem também o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no SAEB ou Prova Brasil, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema.

O SAEB avalia a aprendizagem e o que os alunos são capazes de construir, em diversos momentos de sua vida escolar, porém não considera as condições de vida social e econômica dos mesmos e das escolas nas quais estão inseridos. As avaliações externas realizadas pelo SAEB e Prova Brasil, parte dos conteúdos previstos pelos sistemas de ensino e das opiniões dos especialistas para elaborar suas provas, não observando as características e adversidades regionais, pois nem sempre os alunos se encontram no mesmo nível de aprendizagem, devido aos fatores externos como condições sociais e econômicas.

O que ocorre quando a Avaliação torna-se padronizada nacionalmente e com caráter controlador é a desconsideração das especificidades enquanto aspectos: geográficos, sociais, econômicos estruturais e de formação dos profissionais da educação. Fatores que interferem no processo pedagógico e necessitam ser analisados e considerados no processo de avaliação das escolas de educação básica.

Esses diversos fatores afetam diretamente o rendimento escolar gerando dificuldades no processo de ensino aprendizagem por parte dos alunos e conseqüentemente influenciando índices das provas externas aplicadas pelas secretarias de educação e pelo MEC.

A Prova Brasil foi criada em 2005, a partir da necessidade de se tornar a avaliação mais detalhada, em complemento à avaliação já feita pelo SAEB. A Prova Brasil avalia todos os estudantes da rede pública urbana de ensino, de 2º 5º e 9º ano do Ensino Fundamental.

Por essa razão a Secretaria de Educação preocupou-se em rever a aprendizagem dos alunos fazendo o controle de conhecimento dos mesmos, com aplicação de simulados da Prova Brasil, e verificando se o índice de aprendizagem está no nível esperado.

Pois se sabe que esses baixos índices apresentados pelas as escolas têm sido motivos de preocupação tanto para os órgãos educacionais bem como para as mesmas, deixando os educadores apreensivos e sentindo se impotentes diante da situação. Segundo OLIVEIRA E CASTRO (2001),

A evidência de que somos um País de analfabetos e iletrados com uma pequena elite escolarizada é contundente. Os dados do SAEB, colhidos a partir de cinco avaliações ao longo da década de 90, revelam que a situação não está melhorando, e há fortes indícios de que esteja piorando, como sugerido pela avaliação realizada em 1999, [...], Esforços nessa direção, por louváveis que sejam [...], são relativamente caros, difíceis e de resultados muito modestos. (P.131)

A avaliação não é para punir ou premiar e sim para permitir que o educando, pais, professores e dirigentes tomem decisões pertinentes e revejam as metodologias utilizadas em sala de aulas, verificando se essa realmente está contemplando as necessidades de aprendizagem do aluno em face dos resultados das avaliações aplicadas

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