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Globalização

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Por:   •  30/11/2014  •  Tese  •  1.393 Palavras (6 Páginas)  •  322 Visualizações

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GLOBALIZAÇÃO

A globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integração em caráter econômico, social, cultural e político entre diferentes países.

A globalização é oriunda de evoluções ocorridas, principalmente, nos meios de transportes e nas telecomunicações, fazendo com que o mundo “encurtasse” as distâncias. No passado, para a realização de uma viagem entre dois continentes eram necessárias cerca de quatro semanas, hoje esse tempo diminuiu drasticamente. Um fato ocorrido na Europa chegava ao conhecimento dos brasileiros 60 dias depois, hoje a notícia é divulgada em tempo real.

O processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo e, principalmente, os países desenvolvidos; de modo que pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno encontrava-se saturado.

A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do socialismo, o sistema capitalista tornou-se predominante no mundo. A consolidação do capitalismo iniciou a era da globalização, principalmente, econômica e comercial.

A integração mundial decorrente do processo de globalização ocorreu em razão de dois fatores: as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial.

As inovações tecnológicas, principalmente nas telecomunicações e na informática, promoveram o processo de globalização. A partir da rede de telecomunicação (telefonia fixa e móvel, internet, televisão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difusão de informações entre as empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo.

O incremento no fluxo comercial mundial tem como principal fator a modernização dos transportes, especialmente o marítimo, pelo qual ocorre grande parte das transações comerciais (importação e exportação). O transporte marítimo possui uma elevada capacidade de carga, que permite também a mundialização das mercadorias, ou seja, um mesmo produto é encontrado em diferentes pontos do planeta.

O processo de globalização estreitou as relações comerciais entre os países e as empresas. As multinacionais ou transnacionais contribuíram para a efetivação do processo de globalização, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes territórios.

Outra faceta da globalização é a formação de blocos econômicos, que buscam se fortalecer no mercado que está cada vez mais competitivo.

Desequilíbrios e Perspectivas da Globalização

A globalização promoveu uma série de avanços e melhorias técnicas em várias partes do mundo. Por outro lado, as desigualdades sociais persistem e muitas vezes ocorrem movimentos contrários à globalização fundamentados em regionalismo e xenofobia.

A globalização não necessariamente implica em melhoria das condições de vida da sociedade, sendo que os países pobres estão muito longe de conquistar os benefícios da globalização. A dependência dos países subdesenvolvidos em relação aos países desenvolvidos aumentou e seus graves problemas sociais não foram resolvidos. A velocidade de recepção e emissão de capitais transgride as fronteiras nacionais e agride a própria soberania de uma nação, impossibilitando a reação imediata a crises ocasionadas pela fuga de capitais, como a ocorrida no Brasil no ano de 1997 devido ao colapso econômico do sudeste asiático ou ainda na crise econômica mundial iniciada no ano de 2008.

Esses questionamentos tornam-se ainda mais desafiadores quando concebemos o Estado como regulador econômico. A capacidade de (não) gerir a informação que decorre dessas novas demandas da sociedade informacional redefine o papel do Estado, que aparece menos como regulador e mais como um mediador das questões presentes no cenário internacional. Na verdade, as formas de regulação não são mais as mesmas, já que o Estado é obrigado a se transformar, fato comprovado pela atual configuração da União Europeia, onde novas instituições supranacionais foram criadas a fim de gerir uma economia integrada.

Com relação ao capital produtivo, as empresas transnacionais possuem, em última hipótese, suporte institucional de seus países sede e se mobilizam de maneira a condicionar os países periféricos às suas prioridades. Em contrapartida, observamos que a modernização da produção, em diversas situações, ratifica a globalização das perdas. O aumento bruto da produção nos países periféricos não determina desenvolvimento local, apenas minimiza a problemática do desemprego, deslocando parte da população de países periféricos para serviços pouco qualificados. Mesmo os Estados Unidos, líderes da economia mundial, estão vulneráveis ao efeito do desemprego em escala global, ocasionado pelas constantes transferências de empresas transnacionais que procuram flexibilizar sua produção e direcionam etapas do processo produtivo para outras localidades.

Dessa maneira, são encontradas diferentes adaptações dos lugares, que podem gerar ações no sentido de uma melhor adequação às transformações, assim como podem ocasionar movimentos de repulsa e ódio à nova ordem vigente. Essas reações compreendem desde o espetáculo da diversidade cultural herdada de séculos de tradição e representado pelas mais belas e variadas manifestações artísticas às ações extremas de grupos e etnias que retomam tradições atávicas em defesa de um ideal neoconservador. É num contexto de incertezas políticas e econômicas que são originados alguns tipos de movimentos separatistas e xenofóbicos, assim como o que o ocidente convencionou a classificar como ameaça terrorista.

O fanatismo religioso, peça chave para a rede terrorista Al Qaeda realizar os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, oferece um modelo de sociedade onde os valores morais são apresentados como saída para a manutenção da identidade cultural de uma nação e um instrumento de defesa para os desafios que a globalização impõe. Não aceitar a globalização e estar preso às tradições não necessariamente precisa estar relacionado com autoritarismo e violência. É com base em valores culturais que a sociedade, em diferentes localidades, poderia alcançar uma nova representação da globalização, mais humana e vinculada aos interesses de suas populações

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