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Historia Dos Direitos Humanos

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Por:   •  28/11/2014  •  3.062 Palavras (13 Páginas)  •  277 Visualizações

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Introdução

A Indústria Cultural é o nome dado as instituições que trabalhavam com a produção de projetos e outras formas de desconstrução,baseados na cultura, visando o lucro.Sua origem se deu através da sociedade capitalista que transformou a cultura num produto comercializado.

A principal forma cultural construída por essas indústrias é a televisão que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo.Nela podem-se observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário ou idade. Os conteúdos nelas existentes possuem mensagens subliminares que conseguem escapar da consciência o que tende a provocar alienação. Diante disso, pode-se perceber este meio cultural como um produto bom que é capaz de mostrar conteúdos reveladores e contribuir para o desenvolvimento humano e um produto ruim capaz de alienar uma pessoa, levando a pensar e agir como lhe é proposto sem qualquer tipo de argumentação.

A produção realizada pela Indústria Cultural é centralizada no interesse lucrativo,o que impõe um padrão a ser mostrado que transforma o espectador numa pessoa de crítica rebaixada e de mente narcotizada.

DESENVOLVIMENTO

A Indústria Cultural impede a formação de indivíduos, independentes, capazes de ajudar e de decidir conscientemente. Com palavras do próprio Adorno, podemos compreeder o porque das suas reflexões acerca desse tema.

Theodor Wiesengrund-Adorno, em parceria com os outros filósofos contemporâneos, estão inseridos num trabalho muito árduo: pensar filosoficamente a realidade vigente. A realidade em que vivia estava sofrendo várias transformações, principalmente, na dimensão econômica . O comércio tinha se fortalecido após as revoluções industriais, ocorridas na Europa e, com isso, o capitalismo havia se fortalecido definitivamente, principalmente, com as novas descobertas cientificas e, conseqüentemente,com o avanço tecnológico . O homem havia perdido a sua autonomia. E conseqüência disso, a humanidade estava cada vez mais se tornando desumanizada. Em outra palavras, poderíamos dizer que o nosso caro filósofo contemplava uma geração de homens doentes, talvez gravemente. O domínio da razão humana, que no Iluminismo era como uma doutrina, passou a dar lugar para o domínio da razão técnica. Os valores humanos haviam sido deixados de lado em troca do interesse econômico. O que passou a reger a sociedade foi a lei do mercado e com isso, quem conseguisse acompanhar esse ritmo e essa ideologia de vida , talvez, conseguiria sobreviver ; aquele que não conseguisse acompanhar esse ritmo e essa ideologia de vida ficava a mercê dos dias e do tempo , isto é, seria jogado à margem da sociedade. Nessa corrida pelo ter, nasce o individualismo, que , segundo o nosso filósofo,é fruto de toda essa Indústria Cultural.

Segundo Adorno, na Indústria Cultural, tudo se torna negócio. Enquanto negócios ,seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programa de exploração de bens considerados culturais. Um exemplo disso,dirá ele, é o cinema. O que antes era um mecanismo de lazer, ou seja, uma arte , agora se tornou um meio eficaz de manipulação.

Portanto, podemos dizer que a Indústria Cultural traz consigo todos os elementos característicos do mundo industrial moderno e nele exerce um papel especifico, qual seja, o de portadora da ideologia dominante, a qual outorga sentido a todo o sistema.

É importante salientar que , para Adorno, o homem, nessa Indústria Cultural, não passa de mero instrumento de trabalho e de consumo, ou seja, objeto. O homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho .Portanto , o homem ganha um coração-máquina. Tudo que ele fará , fará segundo o seu guia a racionalidade técnica esclarecida,prepara as mentes para um esquematismo que é oferecido pela indústria da cultura¬ – que aparece para seus usuários como um “conselho de quem entende”. O consumidor não precisa se dar ao trabalho de pensar, é só escolher.É a lógica do clichê. Esquemas prontos que devem ser empregados indiscriminadamente só tendo como única condição a aplicação ao fim a que se destinam. Nada escapa a voracidade da Indústria Cultural. Toda a vida torna-se replicante. Dizem os autores:

Ultrapassando de longe o teatro de ilusões não deixa mais fantasias e ao pensamento dos espectadores nenhuma dimensão na qual estes possam sem perder o fio, passear e divagar no quadro, da obra fílmica permanecendo, no entanto, livres do controle de seus dados exatos e, é assim precisamente que o filme adestra o espectador imediatamente com a visão reduzida a mecanismos psicológicos. Os próprios produtos... paralisam essas capacidade em virtude de sua própria constituição objetiva (ADORNO & HORKHEIMER, 1997:119).

Fica claro portanto a grande intenção da Indústria Cultural: obscurecer a percepção de todas as pessoas, principalmente, daqueles que são formadores de opinião. Ela é a própria ideologia. Os valores passam a der regidos por ela. Até mesmo a felicidade é influenciada e condicionada por essa cultura. A obra conjunta de Adorno e Horkheimer já citada realizou essa crítica da informação histórica do real em diversos âmbitos: na gênese da subjetividade, na razão científica, na moralidade, na ideologia do anti-semitismo e na própria Indústria Cultural. Cada um desses momentos é equacionado através de sua inserção no processo de desenvolvimento da racionalização ocidental. O capítulo que nos interessa tem exatamente como subtítulo “o esclarecimento como mistificação das massas”. Trata-se de um longo sistematicamente impingido aos consumidores da cultura de massa, tratados como se fossem sujeitos na fruição das obras, quando na verdade não passam de encruzilhadas de tendências do movimento capitalista cada vez mais globalizado. Há várias formas de mostrar o caráter substancialmente ilusório da cultura de massa. Aqui vou me deter na idéia de Adorno de que toda a cultura de massa é narcisista, pois suas produções visam a glorificar a imagem que o indivíduo faz de si mesmo. Esse tema geral será dividido em três partes: a regressão mimética, as relações entre o universal e o particular no estilo da Indústria Cultural e a apropriação do trágico, com a conseqüente eliminação do indivíduo.

A cultura de massa é um tipo de produção cultural que sua força devida ao fato de que seus consumidores, de alguma forma, precisam de algo que ela está disposta a oferecer como um dos ingredientes de seus produtos. Essa necessidade tem várias origens, e seria inviável perscrutar

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