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História da família de Klein

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Por:   •  14/5/2014  •  Seminário  •  1.832 Palavras (8 Páginas)  •  283 Visualizações

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História da Família Klein

O mascate que construiu um grande império no varejo polonês naturalizado brasileiro, Samuel Klein completou 89 anos em 2012. Quem esbarra com ele dificilmente vai associá-lo ao empresário que em seis décadas ergueu um dos maiores e mais sólidos empreendimentos do varejo brasileiro. Simples, de camisas pólo e chinelos franciscanos, boa conversa e um vibrante sotaque judaico, Samuel Klein pode ser facilmente confundido com o público – os fregueses, como ele costuma se referir aos milhões de clientes que freqüentam0 suas lojas.

Vendedor nato, Samuel Klein adora contar histórias do mundo dos negócios. Nem de longe deixa transparecer os horrores vividos durante a Segunda Guerra Mundial, quando abandonou uma Europa ameaçada por regimes autoritaristas e fincou raízes em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Sobre esse tempo, Klein parece ter uma memória seletiva. O passado deixou suas marcas, mas não dirige o futuro. “Eu vivo e deixo os outros viverem”, costuma dizer.

A origem humilde, Samuel Klein nasceu em Lublin, na Polônia, o terceiro de nove irmãos, filho de carpinteiro de família judaica. Aos 19 anos foi preso pelos nazistas e mandado com o pai para o campo de concentração de Maidanek, na Polônia. Sua mãe e cinco irmãos mais novos foram para o campo de extermínio de Treblinka, e Samuel nunca mais os viu. Ao lembrar desses tempos, Samuel afirma que sua sorte foi ser jovem e forte, pois isso fez com que os nazistas o mandassem para um campo de trabalhos forçados, onde sobreviveu com suas habilidades de carpinteiro, ofício que havia aprendido com o pai.

Sua sorte começou a mudar em 1944. Aproveitando-se de uma distração dos guardas, Samuel sumiu no mato a caminho da Alemanha, conseguiu fugir, permanecendo na Polônia até acabar a guerra. Em seguida foi para Munique, na Alemanha, em busca do pai.

Na Alemanha, Samuel fez de tudo para ganhar a vida vendendo produtos para as tropas aliadas. Em cinco anos juntou algum dinheiro e casou-se com uma jovem alemã, de nome Ana.

Em 1951, Samuel decidiu aventurar-se para a América do Sul. Primeiro, foi para a Bolívia, mas ao deparar-se com o país em plena guerra civil, rapidamente mudou o rumo e chegou no ano seguinte ao Brasil, onde, depois de uma rápida passagem pelo Rio de Janeiro, viajou para São Paulo, instalando-se em São Caetano do Sul, na região do ABC paulista. A esposa e o primeiro filho do casal, Michael, então com um ano de idade, o acompanharam. Na bagagem, além da família, trazia o sonho de prosperar em um país onde, principalmente, se podia viver em paz.

Com US$ 6 mil no bolso, Samuel comprou uma casa e uma charrete. Com a ajuda de um conhecido que transitava bem pelo comércio do Bom Retiro, reduto dos imigrantes judeus e árabes na década de 50, adquiriu uma carteira de 200 clientes e mercadorias – roupas de cama, mesa e banho. De porta em porta, começou a mascatear pelas ruas de São Caetano do Sul. Quando alguém dizia que não podia pagar, Samuel logo lhe oferecia condições: ficar com o produto e pagar em prestações, tudo no crediário.

Cinco anos depois, em 1957, já tinha capital suficiente para dar mais um passo em direção ao futuro. Comprou sua primeira loja, no centro de São Caetano do Sul, que chamou de “Casa Bahia” em homenagem aos imigrantes nordestinos que haviam se deslocado para a região em busca de trabalho na indústria automobilística.

No endereço de número 567, da Avenida Conde Francisco Matarazzo, Samuel aumentou a variedade de produtos e começou a negociar com móveis, colchões de algodão, entre outros itens. A clientela não demorou a freqüentar a loja para pagar suas prestações e, lógico, adquirir novas mercadorias. Era o início de um império que foi conquistando cada vez mais clientes e mercados até se transformar na potência dos dias de hoje.

Casas Bahia

Com 60 anos de atuação no mercado nacional, a Casas Bahia, com mais de 56 mil colaboradores, tem mais de 500 filais e presença em 15 Estados nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste (SP, RJ, MG, GO, PR, SC, MS, MT, TO, ES, BA, SE e CE), além do Distrito Federal.

A marca Casas Bahia, constantemente citada em pesquisas de lembrança de marca como a mais presente na mente dos brasileiros, abrange, por dia, cerca 54.1 milhões de domicílios com TV, anunciando em sete emissoras de TV aberta e, também, em 11 canais por assinatura. Além disso, complementam e reforçam o seu plano de mídia outras 548 emissoras de rádio, 116 jornais e diversas modalidades de mídia (Outdoor, mobiliário urbano, busdoor, taxidoor, propaganda aérea, TV Minuto (Metrô), Painel Metro, Painel Trem, TV em ônibus).

Novas mídias engrossam, ano a ano, o escopo publicitário da rede, como a inserção de novas emissoras de TV a cabo e ações inéditas na web.

Tecnologia de ponta - A Casas Bahia é benchmark em tecnologia da informação no varejo. As instalações do Centro de Tecnologia da empresa, localizado no complexo da matriz, em São Caetano do Sul, têm classificação de disponibilidade nível 3, de acordo com IBM Real Estate Engineering Group, ou classificação Tier III pelos critérios do Uptime Institute, que significa garantir operação 24 horas/dia, em sete dias da semana e 365 dias no ano, ou seja, disponibilidade de 99,99% ao processamento de dados da rede.

Logística - Quando se trata de logística, os números da Casas Bahia impressionam: frota com quase 3000 veículos no total, sendo mais de 2,4 mil caminhões, e mais de 8 milhões de m3 de área de armazenagem total. Essa grandiosa engrenagem contribui para a fidelização dos clientes, garante a entrega dos produtos e permite a continuidade do processo de expansão da rede no país. Hoje, a empresa realiza cerca de 1,3 milhões de entregas/mês, nos meses de pico.

Manter o padrão de qualidade e o controle absoluto de todo o processo de logística são premissas para a empresa. A venda não termina quando o cliente deixa a loja, portanto, é fundamental que se tenha o controle de todo o procedimento de entrega para que ele seja perfeito.

Toda a gestão da empresa é feita em tempo real por meio de um programa desenvolvido especialmente pela Casas Bahia para monitoramento de vendas, faturamento, produtos, reposição de mercadorias, controle de entregas, entre outras atividades. Além disso, uma nova tecnologia está sendo implantada na rede, o RFID, código eletrônico de produtos por meio de etiquetas inteligentes que trará melhorias significativas nos processos da empresa.

Tudo dentro da empresa era controlado pelo fundador e seus dois filhos, tendo uma gestão centralizadora e familiar, qualquer negociação

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