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INVESTIGAÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA: INDICADORES E METODOLOGIA NUMA APROXIMAÇÃO MODERNA

Projeto de pesquisa: INVESTIGAÇÃO SOCIAL E ECONÔMICA: INDICADORES E METODOLOGIA NUMA APROXIMAÇÃO MODERNA. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/5/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.448 Palavras (6 Páginas)  •  257 Visualizações

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO: INDICADORES E METODOLOGIA NUMA

ABORDAGEM CONTEMPORÂNEA

Maria Inês Gândara Graciano1

Neide Aparecida de Souza Lehfeld2

RESUMO

Este artigo objetiva a atualização dos indicadores e da metodologia para a realização do

estudo socioeconômico construídos nas últimas três décadas por Graciano (1980), e

Graciano; Lehfeld; Neves Filho (1996,1999). Pretende ainda contribuir com os

profissionais da área de Serviço Social oferecendo subsídios técnicos para a realização

do referido estudo, visando ao conhecimento da realidade social e à viabilização de

direitos, em consonância com o projeto ético-político.

PALAVRAS-CHAVE: Indicadores Sociais, Estratificação Social, Metodologia,

Serviço Social

1. INTRODUÇÃO

O interesse sobre a temática − estudo socioeconômico − ocorreu no sentido

de disseminar conhecimentos sobre a construção de uma metodologia própria que

instrumentalizasse o agir profissional e servisse de referência para os assistentes sociais,

no processo de efetivação, garantia e ampliação de direitos.

Segundo a lei que regulamenta a profissão de assistente social, uma de suas

competências é realizar estudo socioeconômico com os usuários para fins de benefícios

e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas

1 Diretora de Divisão de Apoio Hospitalar do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da

Universidade de São Paulo (HRAC-USP), Bauru-SP e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo. E-mail: graciano@usp.br

2 Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e Professora

Titular da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Franca/SP. E-mail:

nlehfeld@unaerp.br

Revista Serviço Social & Saúde. UNICAMP Campinas, v. IX, n. 9, Jul. 2010

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privadas e outras entidades (BRASIL, 1993b). Nesse sentido, entendemos que podemos

contribuir com a profissão na definição de indicadores e critérios avaliativos a serem

utilizados na realização do estudo socioeconômico em consonância com o projeto éticopolítico

da profissão.

É nesta perspectiva que o estudo socioeconômico se destaca como uma

possibilidade de conhecer a realidade dos usuários, visando sua compreensão e

intervenção sob a ótica da equidade e justiça social de forma a assegurar a

universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais.

Destaca Mioto (2009, p. 482), que:

Abordar o tema – estudos socioeconômicos – no âmbito do Serviço

Social, remete a pensá-lo, inicialmente, enquanto parte intrínseca das

ações profissionais dos assistentes sociais. Afinal de contas o

desenvolvimento das ações profissionais pressupõe o conhecimento

acurado das condições sociais em que vivem os sujeitos aos quais

elas se destinam, sejam indivíduos, grupos ou populações.

Nossa primeira contribuição com a temática ocorreu em 1980, quando foi

publicado o artigo na Revista Serviço Social & Sociedade (GRACIANO, 1980), que

abriu caminhos para a socialização dos conhecimentos relacionados aos critérios de

avaliação socioeconômica. A partir daí, outras publicações surgiram nas revistas

Serviço Social & Realidade (GRACIANO; LEHFELD; NEVES FILHO, 1996, 1999) e

Construindo o Serviço Social (LOURENÇÃO; GRACIANO; MENDES, 1998,

PEREIRA; GRACIANO, 1998 e GRACIANO et al,1997).

Constatamos nestas publicações que o instrumental construído pelo Serviço

Social do HRAC/USP tem servido de referência à profissão, destacando-se como um

meio aproximativo de conhecimento da realidade da população.

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Na prática profissional, no âmbito do HRAC/USP, a metodologia do estudo

social visa instrumentalizar os assistentes sociais para o conhecimento das condições de

vida dos usuários, implementar programas e serviços, bem como traçar o perfil dos

sujeitos de amostras de pesquisa, relacionando os estratos socioeconômicos com

diferentes indicadores para maior conhecimento da realidade.

A motivação e compromisso com a temática justificam-se ainda, pois nós,

assistentes sociais, não podemos adotar metodologias de estudos sociais com outros

objetivos e/ou interesses a exemplo do Critério de Classificação Econômico Brasil

(ASSOCIAÇÃO, 2007), sem mediações ou interlocuções com o projeto ético-político

da profissão, e desprovidas da defesa dos direitos

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