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Interpretações

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Por:   •  1/9/2014  •  Tese  •  360 Palavras (2 Páginas)  •  347 Visualizações

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Interpretações

As teorias de Hobbes nem sempre foram bem aceitas no seu tempo, sobretudo entre os pensadores ainda vinculados à orientação cristã. Não lhes agradava a descrição hobbesiana do ser humano egoísta, belicoso, nem suportavam a defesa de um Estado Leviatã, que se distanciava da idéia do bom governante. Não lhes agra- dava também os seus pressupostos materialistas e naturalistas que, segundo eles, levariam ao ateísmo e ao determinismo.

No século XX, diversos estudiosos se de- buscaram sobre os textos de Hobbes, buscando interpretações as mais diversas, inclusive recuperando elementos que o aproximassem do pensamento medieval e escolástico. Para outros, ao contrário, como o professor canadense C. B. Macpherson, embora Hobbes defendesse o poder absoluto do Estado, e sob esse aspecto estivesse distante dos interesses da burguesia, é possível descobrir na sua teoria alguns elementos que representam as características liberais que prevalecerão daí em diante: o individualismo, a garantia da propriedade e a preservação da paz e segurança indispensáveis para os negócios. Nessa linha de raciocínio, Macpherson desenvolveu a teoria do individualismo possessivo, segundo a qual o contrato decorre da atribuição de uma qualidade possessiva à pessoa que, por natureza, tem medo da morte, anseia pelo viver confortável e pela segurança e é movida pelo instinto de posse e pelo desejo de acumulação.

No entanto, diversos comentadores discordam da tese de Macpherson. Alguns consideram que as riquezas, embora sejam valorizadas por Hobbes, não constituem um fim, mas um meio, entre outros, pelo qual o indivíduo busca a glória, o reconhecimento. Além disso, ainda que Hobbes valorize o direito à propriedade, admite que, para evitar o lucro desmedido e prejuízos ao Estado, "compete ao soberano a distribuição das terras do país, assim como a decisão sobre em que lugares, e com que mercadorias, os súditos estão autorizados a manter tráfico com o estrangeiro". Seria preciso esperar por Locke para que os burgueses tivessem voz na defesa da propriedade.

Pensamentos divergentes

A noção de Estado moderno começa a se configurar mais claramente no Renascimento tendo sido exaltado o Estado como potência plena desde Maquiavel até Hobbes, passando por Bodin e Grócio. No entanto, outros autores elaboram um contra discurso que denuncia os pe- rigos do poder absoluto.

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