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Iracema

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Por:   •  28/5/2014  •  Tese  •  1.463 Palavras (6 Páginas)  •  675 Visualizações

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Um dos mais belos romances da nossa literatura romântica, Iracema é considerado por muitos “um poema em prosa”. A trágica história da bela índia apaixonada pelo guerreiro branco é contada por José de Alencar com o ritmo e a força de imagens próprios da poesia.

Em Iracema, José de Alencar construiu uma alegoria perfeita do processo de colonização do Brasil e de toda a América pelos invasores portugueses e europeus em geral. O nome Iracema é um anagrama da palavra América. O nome de seu amado Martim remete ao deus greco-romano Marte, o deus da guerra e da destruição.

O autor demonstra, já a partir do título, um evidente trabalho de construção de uma linguagem e de um estilo que possam melhor representar, para o leitor, “a singeleza primitiva da língua bárbara”, com “termos e frases que pareçam naturais na boca do selvagem”.

O livro foi publicado em 1865 e, em pouco tempo, agradou tanto aos leitores quanto aos críticos literários, a começar pelo jovem Machado de Assis, então com 27 anos, que escreveu sobre Iracema no Diário do Rio de Janeiro, em 1866:

“Tal é o livro do Sr. José de Alencar, fruto do estudo e da meditação, escrito com sentimento e consciência… Há de viver este livro, tem em si as forças que resistem ao tempo, e dão plena fiança do futuro…Espera-se dele outros poemas em prosa. Poema lhe chamamos a este, sem curar de saber se é antes uma lenda, se um romance: o futuro chamar-lhe-á obra-prima.”

1) Em Iracema de José de Alencar, existe uma finalidade histórica. Como se pode constatar essa intenção na obra?

O próprio José de Alencar responde. Escreveríamos um poema, mas não um poema épico; um verdadeiro poema nacional, onde tudo fosse novo, desde o pensamento até a forma, desde a imagem até o verso. A forma com que Homero cantou os gregos não serve para cantar os índios; o verso que disse as desgraças de Tróia e os combates mitológicos não pode exprimir as tristes endeixas do Guanabara, e as tradições selvagens da América. Por ventura não haverá no caos incriado do pensamento humano uma nova forma de poesia, um novo metro de verso?” Desde as primeiras páginas de Iracema, fica claro que o seu autor procura colocar essas ideias em prática. Alencar adota o gênero do romance, mas o faz com um cuidado na construção das imagens e com a musicalidade da linguagem que levaram críticos como Machado de Assis a considerá-lo mais um “poema em prosa” do que propriamente um romance. E levaram Haroldo de Campos a afirmar que: “O maior poeta indianista (o único plenamente legível hoje…) foi um prosador: José de Alencar.”

2) Que tipo de linguagem é empregada por José de Alencar em Iracema?

A linguagem é extremamente poética, o que nos faz imaginar as belezas, os deslumbres da mata virgem, da natureza. Além disso, durante todo o enredo, há a utilização de símiles que nos fazem visualizar, com maior precisão, o que o autor quer passar para o leitor.

A técnica narrativa utilizada é a terceira pessoa. O narrador é onipresente e onisciente: sabe tudo que se passa ao seu redor. Focalizando uma época que revela o início da colonização do Brasil, a visão em terceira pessoa, é sem dúvida, a mais adequada e coerente.

3) Marque a alternativa correta sobre Iracema, pode-se afirmar que:

a) O autor dá forma ao herói a mal o gamando-o à natureza.

b) A obra representa a contestação política ao regime português.

4) Descreva como acontece o encontro de Iracema e Martim.

O primeiro encontro entre Martim e Iracema, a índia está dormindo após ter se banhado e acorda com um ruído que o deslumbrado Martim produzira. O amor do colonizador e da índia está sempre perto do sono – como na cena da perda da virgindade – e, nesse caso, duplamente próximo do sono, uma vez que Martim é flechado por Iracema e fica à beira da morte, entregue aos braços protetores da amada. Iracema é como a deusa Diana, que, ao ser flagrado nu por Ácteon, castiga violentamente o furtivo visitante. Mas é ainda uma Diana às avessas, uma vez que o castigo de Martim é também uma bênção. Um amor tão intenso só poderia nascer de forma equivalente. O platonismo da situação é evidente, e a flecha de Iracema é como a flecha de Cupido, símbolo de um amor fatal.

5) Qual a função que Iracema desenvolvia na tribo?

Iracema é a guardiã do "Segredo da Jurema" que era uma espécie de alucinógeno que conduz aquele que bebe a um estado de sonho. Essa bebida só poderia ser preparada pela virgem Iracema, que designada pelo deus Tupã, era a

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