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Juntas De Movimentação Na Alvenaria

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Por:   •  19/9/2013  •  1.082 Palavras (5 Páginas)  •  1.583 Visualizações

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4.3.8 Juntas de movimentação (ou de controle) na alvenaria

A função principal de uma junta de movimentação é limitar as dimensões da parede de alvenaria, evitando concentrações de tensões que ocorrem devido a deformações intrínsecas das mesmas. Tais deformações têm sua origem por movimentações higroscópicas, variações de temperatura ou processos químicos. O primeiro caso ocorre devido à capacidade dos materiais em absorver e liberar água, o segundo devido aos gradientes térmicos que agem sobre as diversas faces das paredes ao longo dos dias e estações climáticas e, o último por reações de expansão de materiais constituintes das juntas de assentamento e dos blocos estruturais.

Como as paredes apresentam restrições e, muitas vezes, de difícil quantificação, se torna complicado estimar o efeito real do movimento. Isto se dá uma vez que devido ao grau de restrições, forma geral do prédio, movimentações térmicas, variações de umidade, deformações impostas, fluência, ou qualquer outro fator envolvido, não se consegue estabelecer magnitudes de deformações e suas conseqüências sobre o painel de alvenaria.

Vilató (1998) enfatiza que uma das características particulares do projeto de prédios em alvenaria estrutural é a necessidade de se projetar juntas de movimentação. Porém é necessário que se estabeleçam critérios que devam ser considerados na definição deste importante detalhe construtivo, uma vez que perguntas de porque, como e onde especificar juntas de movimentação, ocorrem a cada nova situação de projeto.

Existem soluções simples e eficientes, porém devemos adotar uma solução que apresente garantia da capacidade resistente do elemento, bem como uma racionalização construtiva de sua execução. A normalização brasileira se omite quanto a valores no espaçamento das juntas de movimentação, fixa apenas o espaçamento de juntas de dilatação (20 metros), como nas estruturas de concreto armado (nestas, 30 metros). A normalização estrangeira apresenta inúmeras recomendações quanto à definição de juntas de movimentação, porém em todas é enfatizada a execução de um número significativo delas numa edificação em alvenaria estrutural. Desta forma, projetistas e construtores oferecem restrições quanto ao seu emprego, o primeiro alegando possível falta de qualidade na execução (porque projetar uma junta que na obra não será executada conforme especificado?), e para o segundo sua execução é algo difícil e de processo moroso (produtividade).

Para Franco (1992) a alvenaria estrutural é conceituada como um processo construtivo que se caracteriza pelo emprego de paredes de alvenaria (e lajes enrijecedoras), como estrutura principal de suporte dos edifícios, dimensionadas segundo métodos racionais de cálculo, sendo sua confiabilidade determinável. Para Vilató (1998), um dos aspectos de maior importância para prevenir futuros problemas patológicos em prédios de alvenaria estrutural, é a definição correta do local de execução das juntas de movimentação entre elementos de alvenaria, ou entre a alvenaria e outros elementos da estrutura, caso do encontro de paredes com a laje de cobertura, ponto extremamente crítico que necessita de uma ação mais eficaz na inibição de futuros inconvenientes aos proprietários deste andar.

4.3.8.1 Juntas verticais em paredes

Na alvenaria estrutural executada empregando-se blocos de concreto a principal observação a ser feita é a sua tendência fundamental de, nas primeiras idades, sofrer retração irreversível e, ao longo do tempo, sofrer retração reversível. Para a alvenaria produzida a partir de blocos cerâmicos, os cuidados quanto a movimentações devem ser tomadas em virtude das expansões (irreversíveis) que os mesmos sofrem por variações de umidade, principalmente logo após a retirada dos fornos de queima. Assim, o critério para relacionar espaçamentos de juntas de movimentação deve ser selecionado segundo o tipo de componente utilizado. A distância máxima, entre juntas verticais, deve impedir que a deformação longitudinal introduzida na parede não seja maior que sua capacidade de deformação, sem ruptura por tração ou compressão.

A Norma britânica BS 5628: Part 3: 1978 – Code of practice for structural use of masonry preconiza para alvenaria de blocos cerâmicos, que paredes sem ou com pouca restrição, podem expandir

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